Lena não sabia como tinham chegado aquilo.Num momento, Kara estava em cima do palco, cantando uma música que lhe deixou extremamente excitada.
No outro, a loirinha estava sendo chamada pela alienígena, que salvará do pequeno inconveniente anterior, para alguns drinks.
Esta aceitou meio encabulada no início, sendo empurrada por Alex até a mesa da moça em questão, com suas bochechas rosadas e alguns sorrisos tímidos.
Para então voltar levemente embriagada, o que fora realmente fofo de se ver a princípio, ela toda animada, com sua fala em língua arrastada e olhos pequenos.
Então existia o momento de agora.
Em algum instante daquele momento, Lena ficou enciumada, Alex tirando onda com a irmã, sobre o fato da garota estar sendo o centro das atenções sobre como metade da população feminina daquele bar a estava desejando e foi aí que a morena acabou falando algumas coisas que não pensará direito ao dizer, logo após uma risada irônica que chamou atenção de toda mesa, incluindo a loirinha.
- Não é de se impressionar não é mesmo? - olhando desdenhosa para a garota de aço. - A doce e inocente Kara Danvers Zorel, sempre tão aérea, tão pura e tão ingênua. - Kara a olhou Confusa e meio duvidosa,ainda sobre a neblina da bebida que tomará.
- Lena, é melhor você parar agora! - disse Sam tentando lhe conter,sabendo exatamente o que sairia dali, segurando seu braço, Só que sem sucesso, pois a Luthor conseguiu se soltar.
- Me deixa Sam! Eu tenho muitas coisas pra falar. - se aproximando de sua ex melhor amiga. - Você nunca me enganou, posando de Santa para todos, quando não passa de uma hipócrita do caralho. Quando o assunto é você tudo machuca, tudo é demais, mas quando é os outros, é só uma tentativa de Manter a salvo. Patético, se quer saber, fazendo os outros pensarem que é boazinha quando não liga para os sentimentos alheios. - despejou.
Mas agora sua fala deixava um silêncio constrangedor na mesa onde estavam, seus amigos intercalando os olhares preocupados entre elas, aguardando o desfecho.
E havia ela.
Lhe olhando tão,mas tão decepcionada, levemente desacreditada de suas palavras, para balançar a cabeça desapontada e então lágrimas escorreram de seus olhos.
- Você não faz a mínima ideia de quem realmente sou. - Séria, de repente ficando sóbria até demais. - Não sabe missa metade das coisas pelas quais eu passei e tive de enfrentar desde sempre. Você por acaso sabia que devido a minha passagem de 24 anos na zona fantasma, ainda quando criança, me deixou um belo de um medo de lugares fechados? - olhando em seus olhos fixamente. - Pois é, eu era apenas uma menina trancada dentro de um POD minúsculo, vagando pelo espaço tempo, revivendo todos os dias a explosão do meu planeta natal,onde milhares dos meus morreram, enquanto o tempo não passava pra mim. Eu fiquei 24 anos da minha vida sem ninguém, sem um abraço ou carinho ou compaixão,na imensidão do espaço,tendo apenas a mim mesma como companhia e quando finalmente minha nave ganhou um cursor, eu caí aqui, sendo socorrida pelo meu único parente vivo, para ser abandonada por ele na casa dos Danvers no mesmo dia. - Lena arquejou, vendo o sorriso dolorido que ela deu. - Irônico não? Eu não pensei duas vezes antes de entrar naquele POD para seguir ele pelas galáxias, deixando minha vida, minha família, para cuidar dele e ele não me deu nem mesmo algumas horas de sua vida.
Então me desculpa se esse " pequeno" episódio da minha vida, me fez ficar com um medo monstruoso de ser abandonada pelas pessoas que amo, ou de perder elas e que isso me faz ser zelosa demais e também muitas vezes omitir coisas pesadas demais para não preocupar e nem machucar nenhuma delas, pois apenas o fato de um dia não as ter ao meu lado me mata, me corrói e me desgasta todos os dias. - mais lágrimas correndo por seus olhos, mas ela em momento algum se importou com isso. - E mesmo assim, sendo tudo isso que você disse, a hipócrita aqui, nunca mediu esforços para manter tudo e todos seguros, incluindo você e todo o resto da raça humana, pois pra mim, se um dia eu tiver que me sacrificar para manter cada um neste mundo vivo e bem, não pensarei duas vezes, assim como nunca pensei, quando isso diz respeito ao bem estar alheio.
Eu fui pra uma maldita crise nas infinitas terras, perdi amigos que eu amava como se fossem minha família,perdi um dos meus melhores amigos e não pude nem mesmo me despedir direito dele, perdir meu primo e mesmo com tudo contra eu ainda consegui dar a volta por cima e trazer a paz para a humanidade, sofrendo um dano colateral irreparável. Eu tenho pesadelos constantes sobre tudo o que aconteceu lá, eu revivo todos os dias Argo e a Terra 38 serem dizimadas, eu ainda ouço os gritos de súplica e desespero de cada um que deixou de existir, então não, eu não me importo apenas com os meus sentimentos! - nenhum som saia de seu choro, apenas suas lágrimas correndo como rios por sua linda face. Deixando uma última lágrima cair,enquanto Lena se sentia a pior das pessoas por vê-la quebrar tão silenciosamente e saber que era a causa.Olhares se sustentando até o último instante,feridos,magoados.
Nenhuma delas ousou desconectar ou desviar em momento algum, até aquele instante.
Kara foi a primeira a ceder, baixando os olhos agora avermelhados e não eram pelos raios lasers, secando cada gota que molhou seu lindo rosto e se afastou dela.
- Sammy, você pode me levar para casa? Acho que não serei capaz de voar. - a voz rouca como nunca se ouviu antes,tendo um balançar de cabeça da outra como resposta. - Essa noite já deu o que tinha que dar. - lhe olhou uma última vez. - Tchau pessoal, vejo vocês amanhã! - então abraçou cada um dos outros. - Tchau Senhorita Luthor, até um dia. - virando lhe as costas e indo embora sendo amparada pela outra Kriptoniana, sem nunca lhe tocar.
E Lena nunca se sentiu tão mal como estava agora, Kara nunca lhe chamou de Luthor com tanto rancor como havia dito e o que queria dizer esse até um dia?
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You Always Be my Family!
FanficApós a evacuação da Terra 38, Alex, Nya,Brainnie,Lena, John e os agentes do DOE estão se dirigindo a Terra 1 quando algo inesperado acontece envolvendo as irmãs Danvers e todos presenciam dolorosamente o desfecho final.