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Capítulo 2


EU QUERO SEGURAR SUA MÃO

 


—  Sinto  muito,  Sr.Xiao,  e  se  houver  algo  que  possamos fazer...

Eu bato a porta no rosto do gerente, irritado com as inúmeras desculpas  que  ele  deu  na  porta  da  minha  suíte  nos  últimos  dez minutos.  A  polícia  também  veio  e  tomou  nossas  declarações,  mas como nada parecia estar faltando - e o filho da puta havia se afastado  não havia nada que pudessem fazer.

É muito cedo para um maldito drink?

— Então? Como foi? — Yibo pergunta quando entra na suíte principal com as nossas malas feitas e as deixa na poltrona.
— Vocês encontraram um plano de ação?

Antes da conversa desnecessária com o gerente do Syn, eu tive uma longa e prolongada conversa com Roger e Martina sobre o que deveria ou não acontecer em seguida. E uma vez que nenhum deles concordaram com nada, como sempre acontecia, eu acabei decidindo o meu próprio e maldito plano.

— Eu vou dizer fodam-se eles. — digo.

— Fodam-se eles, quem? O que significa... isso, exatamente?

— Isso significa que já estamos no TNZ agora, e como Martina acha que nesse ponto não podemos negar, então não tem como nos escondermos mais. Entende?

— Eu acho que não.

— Então, vamos sair pela porta da frente e vamos deixá-los tirar as fotos que eles precisam.

— Espere, o quê?

— É isso ou a outra alternativa, e eu preferiria que as fotos fossem de nós dois vestidos, e não fotos nossas de toalha.

Yibo olha para mim e então balança a cabeça como se tivesse algo errado.

— Então... Você quer que nós saiamos daqui e passemos por todas essas pessoas lá? Juntos?

Enquanto eu ando de um lado para o outro na frente do sofá, não  foi  perdido  para  mim  que  esse  era  o  momento  que  eu  estava tentando evitar por tanto tempo. O fato de estar aqui agora tinha uma mistura  de  emoções  movendo  por  mim.  Raiva.  Frustração. Ressentimento.  Aceitação.  Tristeza.  Mas  em  algum lugar  abaixo de todas essas coisas, eu também sentia o primeiro gosto da liberdade, e foi isso que solidificou a minha decisão.

— Sim. — digo. — Se isso estiver bem para você, pois eu acho que  o  que  disse  sobre  enfrentá-los  de  frente  com  os  dedos  médios erguidos é a melhor opção.

Yibo solta  uma  risada  surpresa.

—  Então,  literalmente, vamos  sair  daqui  e  dar  um  foda-se  com  o  dedo  erguido  para  a imprensa. Certo. Bom plano.

—  Ok,  então  talvez  possamos  sair  de  mãos  dadas,  mas  o sentimento é o mesmo.

A expressão divertida no rosto de Yibo cai e ele olha para a calça desbotada e a camiseta verde-clara. Antes que ele possa dizer alguma coisa, eu digo a ele:  

— Nem pense em mudar de roupa.

— Mas... Eu sou uma bagunça quente. Não posso sair desse jeito.

Deixo meus olhos percorrerem seu corpo.

— Com certeza você está gostoso.

— Eu acho que preferiria as fotos de nós usando toalhas.

"Casual Affair" O Romance (livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora