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Capítulo 4

DOCE. APERTADO. MEU.

 

Xiao Zhan


Nunca tinha entendido a necessidade das pessoas que tinham milhares  de  guarda-costas  até  enfrentar  a  parede  de  paparazzi esperando  do  lado  de  fora  do  portão  principal  do  meu  bairro  na segunda-feira de manhã.

— Oh, puta m... — Yibo diz, de onde está sentado ao meu lado  no  meu  Range  Rover,  enquanto  o  portão  se  abre  e  os  flashes disparam como centenas de raios de uma só vez. O efeito é ofuscante, e  embora  o  sol  não  tivesse  surgido  ainda,  eu  tive  que  pegar  meus óculos  de  sol  no  console  para  poder  passar  por  eles  na  estrada principal.  Rezo  que  não  atropele  ninguém  no  processo,  embora  eu não possa dizer que ficaria devastado se isso acontecesse.

Pequenos idiotas invasivos.

Manobro o carro lentamente pela multidão gritando perguntas para nós, e tudo em que posso pensar é:  Por que eles se incomodam?

Eles acreditam que eu vou baixar a minha janela para respondê-los?

Apenas um desperdício de respiração.

Do canto dos meus olhos, Yibo puxa o boné para baixo e sinto uma pontada de culpa. Eu não posso culpar o cara se ele quiser fugir depois das últimas vinte e quatro horas. Deus, é isso mesmo? Vinte e quatro horas? Parece uma eternidade.

Quando passamos pela multidão, tiro os óculos de sol e depois pego a mão de Yibo.

— Desculpe-me. — digo.

Um sulco profundo se forma entre suas sobrancelhas. — Pelo quê  você  está  arrependido?  Não  é  como  se  você  tivesse  pedido  por isso.

— Não, e você também não. Eu sei que vem com o trabalho, mas lamento que você esteja sendo arrastado para isso.

—  Eu  não  quero  ouvir  mais  nenhuma  desculpa  sua,  você entende?  Eu  estou  com  você,  e  todos  irão  embora  eventualmente.
Certo?

Talvez. Possivelmente. Espero que sim.  Em vez de respondê-lo, pergunto:  

— Então Ziyi conseguiu pegar tudo o que você precisava de sua  casa  ontem  à  noite,  ou  precisamos  fazer  uma  parada  no caminho?

— Não, tenho tudo o que preciso até hoje à noite. Diga-lhe obrigado novamente por mim.

— Tudo bem. — quando percebemos que uma saída na noite passada provavelmente causaria um frenesi, liguei e pedi um favor para Ziyi.  Ao  contrário de Xuan Lu,  que  a  imprensa  reconheceria desde o ano anterior, Ziyi conseguiu entrar e sair do apartamento de Yibo para pegar alguns itens pessoais sem causar um alarme.

A viagem ao estúdio é silenciosa, como costumava ser antes dos demais moradores de Los Angeles acordarem, exceto por alguns carros que ficam no nosso encalce durante todo o percurso. Quando finalmente passamos pelo portão da Warner Bros, estamos livres. Por um período de horas, pelo menos.

Quando estaciono na minha vaga, Yibo solta a minha mão.

— Parece que estamos quebrando sua regra. — ele diz com diversão.
—  Você  não  me  avisou  que  é  proibido  namorar protagonistas?

—  Essa  regra  ainda  está  em  vigor.  A  menos  que  seja  eu  o protagonista. — inclinando-me sobre o console, agarro a parte de trás do pescoço dele e puxo-o para beijá-lo. Seus lábios estão hesitantes no  começo,  como  se  estivesse  nervoso,  outros  estavam  observando afinal, mas então se suavizam nos meus e ele me beija ansiosamente.

"Casual Affair" O Romance (livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora