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- Olha só quem temos aqui - era claro o tom de provocação na voz - não vai me dar um abraço Park Jimin?

Mas que merda de dia! Se já não bastasse ter um pervertido infernizando minha vida, meu irmãozinho resolveu dar as caras, já perdi as contas de quantos irmãos tenho, as vezes nem consigo lembrar os nomes deles, mas jamais conseguiria esquecer de Park Woo, bom ele é filho do mesmo pai que eu, o que nos torna completamente irmãos, mas ele saiu de casa, não queria morar com Hefestos pois o mesmo não o acolhia como filho, e não se aguentava de inveja que sentia de mim.

- Já faz tanto tempo, não sabia que mamãe ia te deixar sair daquela prisão. - Zombou um pouco enquanto olhava por cima dos ombros de Jimin procurando por algo. - Onde estão suas asas maninho? - Park Woo sabia perfeitamente o que havia acontecido as assas do irmão, afinal ele que influenciou a mãe a fazer tal ato.


Não podia acreditar no que estava ouvindo, e para piorar estavam formando uma rodinha ao redor de nos dois, achavam que aconteceria uma briga, e eu já estava começando a cogitar essa ideia, em minha cabeça só se passava uma coisa, Mate Woo, por mais que eu fosse dócil e meus encantos influenciassem em minhas ações, ultimamente estava bem fora do papel, o papel de ser o filho perfeito, o anjinho do amor que refletia pureza, eu me encontrava muito longe disso, ainda mais com meu irmão ao lado, Woo sabia que me tirava do sério e sempre usava isso ao seu favor, sempre fora assim, querem saber como perdi minhas asas? Vou contar de uma forma mais leve, um conto de fadas

Era uma vez uma mulher muito bonita, tão bela que todas as mulheres queriam um pouco de sua beleza. Essa mulher era casada, mas isso não a impedirá de trair seu marido diversas vezes, ocasionando por ter vários filhos.

Um dia a bela mulher se apaixonou por um camponês que fazia visita ao reino, então ela o persuadiu, e conseguiu o levar para a cama, e assim foi por diversas vezes, tendo um filho com o homem, e com o tempo acabara por engravidar novamente. Mas o homem já não a amava mais, então ele voltou para seu país de origem deixando a bela mulher grávida, então quando ela voltou para casa jurou que se vingaria do homem, o fazendo pagar por tê-la abandonado, ninguém ousava fazer isso, sempre era ela que os deixava e agora estava sentindo na pele o que vinha fazendo com os homens.

No seu oitavo mês o bebê nasceu, era tão pequeno e frágil um bebê adorável, sua mãe se apaixonou por ele, pela beleza reluzente que o bebê carregava, o homem que por diversas vezes fora traído amou o neném e o adotou para que ele fosse seu filho, mas seu irmão o odiava, odiava ele por ter roubado sua atenção, ainda não havia provado para mãe que era digno do valor da mulher, já que a mesma sempre dizia que ele não valia, que não era belo suficiente para ser seu filho, e o marido da mulher nem se quer o olhava, tinha um rancor tão grande pelo menino, ele era o fruto de mais uma traição, o menino não conseguia entender o porquê de não ser considerado um filho também.

Com o passar dos anos o mais novo já estava com seus três anos, enquanto o mais velho tinha seus sete anos, tinham acabado de voltar do parque junto de sua mãe, que parecia bastante abalada, quando o mais velho perguntou o que havia acontecido, ela simplesmente disse que mataria o filho mais novo, ele era muito belo para viver, ao ouvir isso o mais velho nunca esteve tão grato por ser "feio" O mesmo sabia que era belo, só não era o suficiente para atingir a mãe o que era perfeito, e com isso ao seu favor faria de tudo para se livrar de seu irmão, empurrar ele dos brinquedos, espanca-lo quando não tinha ninguém perto, o xingar e o frustrar psicologicamente não era o suficiente, o queria morto, e sua mãe faria isso por ele, não podia estar mais feliz. Foi quando ele disse a mãe 'Mamãe ouvi hoje no parquinho uma senhora dizendo que meu irmão é mil vezes mais belo que a senhora', deixa eu contar um segredinho a mãe não machucaria seu filho mesmo ouvindo que ele era bonito, mas a inveja, fúria, e carência, do filho mais velho acabou por amaldiçoar a mãe por isso ela tenta o matar, acaba não enxergando que é seu próprio filho, seu filho amado, e sim uma pessoa que pode roubar seu posto, e quando o mais velho disse aquelas palavra ela foi com tudo para cima do mais novo, que voltava do andar de cima com uma linda pintura da mãe dizendo que a amava com suas letrinhas tortas, mas ele nem conseguiu entregar a ela seu presente já que o pequeno foi arremessado contra a escada perdendo todo a ar de seus pequenos pulmões, mas graças as assas que o pequeno tinha o impacto não foi tão grande, mas acabará por quebrar uma de suas asas, e quando sua mãe se aproximou dele novamente, com muito medo o pequeno a agarrou em um abraço e deixou um selar em sua testa deixando ali a pequena marca de seu beijo, de alguma forma ele sabia que aquela não era sua mãe e o mesmo só a queria de volta, e tentou usando seu poder do amor, que pareceu funcionar pois a mesma desabou em lágrimas enquanto se castigava com palavras duras de mais, depois de se recuperar a mãe cuidou de cada ferimento de seu filho enquanto se desculpava, mas o mais velho não gostou nem um pouco disso já que seu irmão mais novo não havia morrido.

Meu Querido AfroditeOnde histórias criam vida. Descubra agora