Só sei dançar com você!

Clarena

Me deixa cuidar de vocês.

Entro no quarto do Rafa e Sinto o cheiro forte de bebida, olhando o estado em como o seu quarto está me sinto presa no chão, não consigo reagir de imediato.
Seu quarto estava todo revirado, um porta retrato quebrado no chão, sua cama toda bagunçada, objetos jogados por todo canto e um das sua câmeras quebrada em sua mão.

- Rafa? Quando finalmente analiso a situação e vejo que ele também não estava bem.

Ele fica parado com a câmera na mão e consigo vê seu rosto vermelho e sua mão tremendo, penso em sair e chamar a Clara mas penso, que ela precisa tanto descansar e não acho que seja a melhor opção agora, sei que ela é a mãe e provavelmente ela iria ficar brava comigo mas no momento preciso pensar nele.

-

Rafael, consegue me ouvir. Digo chegando perto dele com calma.

- Rafa consegue me ouvir. Digo mais uma vez vendo que o mesmo balança a cabeça em resposta.

Vou chegando perto com calma para não assustar ou invadir seu espaço pessoal. Quando vejo que ele me permite, chego mais perto dele, seguro em sua mão e o levo até a sua cama.

- Respira comigo. Digo ainda segurando a sua mão e vendo o mesmo tentar respirar com mais calma, não acho que seja uma crise grave de ansiedade ou um ataque de pânico, talvez ele só esteja assustado ou com medo.

Com calma coloco minhas mãos em seu peito e começo a respirar com calma, fazendo o mesmo se acalmar ao poucos.

- Está tudo bem tá, no seu tempo. Digo para o que mesmo entenda que não está sozinho.

Aos poucos eu e ele  vamos nos acalmando Juntos.

- Helena. O mesmo me chama, finalmente olhando em meus olhos e consigo sentir o cheiro de bebida vindo do seu alito.

- Rafa, você bebeu. Digo em um dom preocupado, sabia um pouco do histórico do Rafa e sei que ele não pode beber.

- Desculpa. O mesmo diz voltando a abaixar a cabeça mas agora com vergonha.

- Fiquei bravo quando soube que ele não seria punido, sabe ele faz mal as pessoas.

Sinto como se um soco tivesse me acertado em cheio bem no estômago, ele estava tão machucado também, e tão vulnerável que me sinto na responsabilidade de cuidar dele.

- Eu sinto muito meu bem. Digo segurando  seu rosto fazendo o mesmo olhar para mim.

- Sinto que tenha vivido isso por anos, mas vou dizer uma coisa que disse a sua mãe, o Theo cedo ou tarde vai pagar por tudo os seus crimes cometidos. Digo ainda olhando em seus olhos.

- Como minha mãe está. Ele me pergunta se levando da cama e deixando sua câmera em cima da sua mesa de estudos.

- Não vou mentir, ela não está  bem mas agora está descansando. Falo o seguindo e parando atrás dele.

- Obrigado por cuidar dela, ela tem sorte em ter você.

- E você também, um garoto tão bonito, sincero, sensível, companheiro, acolhedor e principalmente talentoso.
Rafa vocês não tem culpa do que o Theo fez, vocês foram tão vítimas dele quanto aquelas mulheres e fico feliz que por mais difícil que tenha sido e vai ser, vocês conseguiram se libertar dele.
E desculpa dizer mas graças a Deus que você não puxou a ele. Digo tudo sem ao menos pensar, só quero que ele saiba que tudo vai ficar bem.

Ele se vira pra mim e fico com medo de ter falado besteira e antes de me desculpas, ele abre um sorriso.

- O mundo não ia aguentar dois Theo. Ele me diz ainda com um sorriso fraco no rosto.