05. NÃO POSSO TE AMAR!

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LEVY
GUTIÉRREZ


O tal do contato visual tem o poder de ferrar tua mente e ainda deixar que uma pessoa como essa mulher na minha frente acabe de vez com um pouco de sanidade que ainda me resta. Seu cheiro tão próximo e seus lábios mais próximos ainda, me faz sentir cada vez mais raiva por lembrar com quem estou lidando.

— Acha mesmo que vai ouvir mentiras saindo da minha boca igual sai da sua? Nunca mais me faça uma pergunta tão tola como essa. Agora devolve a chave da caminhonete.

Peço, mas na verdade tomo ligando e acelerando novamente.

— Para onde está me levando? Meu carro está no estacionamento do shopping. Volta lá para eu pega-lo.

— Depois meu funcionário vem pegar, porque agora você vai comigo para a fazenda de onde vou ligar para o meu pai.

— E o que vai dizer. Que me jogou no ombro depois também me jogou dentro dessa maldita caminhonete sendo que eu estou de carro. Acha que Álvaro vai achar lindo o que está fazendo.

— Foda-se a opinião dele. Ele não queria que você fosse cuidada por mim. Então. Resolvi atender o pedido dele.

— Acha que acredito nesse teu bom coração. O que você quer é diminuir o teu pai jogando na cara dele o tipo de mulher com quem se casou. Se eu mereço um voto de confiança, é apenas ele quem decide.

— NÃO É — Grito freando e a fitando novamente — Meu pai não está batendo bem das faculdades mentais. Só um louco se casa com uma mulher feito você.

— O que tem de errado comigo hã? Você se acha o mais correto de todos, mas nega a si mesmo o que sente por mim, que quer fazer comigo na cama tudo o que o teu pai faz. E olha que ele da um show. Álvaro me leva a loucura ao ponto de me deixar de pernas bambas. E o beijo então minha nossa, faz qualquer garota de programa se apaixonar. E olha que eu não beijava meus clientes. Mas o teu pai não. Assim que ele ficou comigo a primeira vez já trocamos um intenso beijo.

— Melhor do que esse?

Perguntei a puxando contra mim pela nuca até nossos lábios se encontrarem. Eu preciso matar a minha sede, acabar com a pose dela que quer me desafiar. Sua boca carnuda e cheirosa estava me deixando doido.

Sendo empurrado no peito e nossos lábios separados, só senti uma bofetada mais forte do que a primeira vez.

— CRETINO DE UMA FIGA — Grita limpando a boca — Nunca mais seu imbecil volte a fazer isso.

— Tem razão — Sorri sem humor — Nunca mais faço algo tão repugnante como agora — Falo pegando a garrafinha d'água que já estava a horas na caminhonete e quente jogando sobre a minha boca cuspindo em seguida — Agora sim você tirou minhas dúvidas sobre meu pai ter se casado com você. Você fez mandiga, e das brabas, porque minha Sra. que beijo mais horrendo foi esse. Álvaro devia estar drogado ou muito mamado quando te beijou, ou foi mandiga mesmo.

Assim que terminei de falar, ela abriu a porta da caminhonete saindo e andando calmamente. Fiquei observando seu corpo escultural e seu rebolado que fez com que meu pau desse sinal.

— Aonde vai?

Perguntei descendo e acompanhando seu rebolado até vê-la pegar o celular de dentro da bolsa.

A MÃEDRASTA! ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora