02. O ACOMPANHANTE!

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PILAR
THOMPSON


Achar que você vai conquistar as coisas facilmente sejam elas materiais ou não sem ralar e dar o seu melhor. É pura ilusão. Eu mesma nunca tive a tal sorte de nascer em berço de ouro. Desde nova, aprendi que ou você faz por você ou ninguém fará. Como eu tive a má sorte de ter tido pais irresponsáveis, eu ficava mais na rua ou na casa dos outros por causa de muitas brigas e violência física. Fui vendo e ouvindo coisas das quais jamais imaginei. Sexo por exemplo, eu nem sabia o que significava essa palavra na prática até ver ao vivo cenas entre pais das minhas colegas que não tinham pudor de transar na frente dos filhos e nem na minha.


Estou falando de uma família específica. Da minha melhor amiga do colégio que na época também era bem safadinha. Nunca vi, mas acho que ela participava das orgias entre os pais. Seu Jorge mesmo beijava os lábios dela sempre que ela saia para o colégio ou voltava. Eu não sabia se era normal troca de beijos entre pai e filha ou se eles eram loucos. A mãe Maria Luiza não se importava e ainda dizia. Filha você ainda não deu um beijo no teu pai. Sorrindo Heloisa ia de encontro ao pai que a enlaçava pela cintura depois recebia vários selinhos contínuos. Ele também queria fazer o mesmo comigo, mas eu o afastava saindo de lado.

Mesmo vendo todos os dias a mãe se esfregar no pai na nossa frente e Heloisa aceitar de bom grado os beijos dele, que minha cabeça foi mudando. Calma, eu não participava da vida maluca que eles levavam. Mesmo porque cada um faz da vida o que bem entender. Sem pudor nenhum assim que voltei das aulas e passei na casa da helô para saber porque não tinha ido. Ela me recebeu dizendo que estava com muita cólica e achou melhor não sair da cama.

Me puxando pela mão para então irmos até seu quarto, passamos pelos dos pais que estava com a porta aberta que petrificada vi seu Jorge jogando um líquido grosso que saia do seu pipi ( assim eu chamava o pau de um homem) Na boca da dona Maria Luiza que engoliu sorrindo depois se virou para mim mostrando os dentes todos lambuzados. Quando cheguei em casa não parava de pensar no que os meus olhos tinham visto, nem contei aos meus pais.

Dai o tempo passou, e com quinze anos eu já não era mais aquela garotinha inocente que ficava perplexa com tudo que via. Perdi minha virgindade nessa idade no muro de uma construção com um mototaxista. Ele era bem dotado, e eu quase morri de dor. Fizermos algumas vezes até eu acostumar com seu tamanho e espessuras. Só paramos de transar porque a esposa dele descobriu, mas não fez nada comigo. Não sei como.

Bom. Acho que já falei bastante sobre a minha pré-adolescência e adolescência. Na mocidade depois da morte dos meus pais onde eles discutiam dentro do carro em uma viagem de ida. Fiquei sozinha, porque nem irmãos aqueles dois insuportáveis me deram. Então para não morrer de fome, virei garota de programa ganhando muito mais do que imaginava. Eu não me importava o que as pessoas pensavam ou falavam de mim. Alguns clientes eu recebia na minha casa mesmo. Pelo menos uma casa o inútil do meu pai me deixou.

Quando conheci o Álvaro meu marido, eu já tinha me prostituido o suficiente, já estava cansada dessa vida. Querendo sair de vez, conversei com ele que não pensou duas vezes em me assumir me dando um casamento. Eduardo o filho mais velho não fez objeção dizendo que a vida era do pai e que ele não ia se meter.

Mas Levy o mais novo, não gostou. É como se ele soubesse do meu passado, mas ele não sabe. Mesmo porque eu era discreta, e Álvaro não iria espalhar. Só sei que quando ele me conheceu foi como se tivesse visto uma alma penada, mas não assustado, e sim como se estivesse me lendo de tanto que não conseguia desviar o contato visual.

Agora estou aqui olhando suas fotos tentando entender o porquê se acha tanto. Bonito não é. Educado menos ainda. Na verdade ele é um xucro, um rude que adora me apontar o dedo.

A MÃEDRASTA! ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora