16. FIZ TUDO POR ELA.

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ÁLVARO
GUTIÉRREZ

Ter reencontrado Daniela depois de tantos anos e justo no bar do qual não frequento muito

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Ter reencontrado Daniela depois de tantos anos e justo no bar do qual não frequento muito. Foi uma alegria para mim, já que estou passando por uma chateação com a Pilar que resolveu me abandonar mesmo eu falando que somos casados. Vou dar algumas horas para ela pensar melhor e voltar para mim. Tudo a seu tempo.

— Mas então Álvaro. O que você disse sobre sua esposa é mesmo verdade, ou só quer tirar um sarro?

Sua pergunta sentada ao meu lado em um confortável sofá redondo. Me fez sorrir sem humor enquanto eu girava a aliança no dedo.

— Não sei dizer exatamente se eles vão mesmo transar. Mas tem tudo para acontecer. Eu a amo sabe Daniela. Nem pela minha primeira esposa senti algo tão forte. Não, na verdade eu não sentia nada. Ela foi apenas a mãe do meu filho mais velho. Meu calcula que é esse que está com a minha mulher, é adotado. Mas eu o amo como se eu o tivesse feito. Amo de verdade.

— Sim. Eu não duvido. Eu também tive uma filha que infelizmente não pude cria-la. Não que eu não pude, é que o meu falecido que não era o pai, mandou eu decidir entre ela e ele.

— Jura mulher. E você decidiu por ele sem pensar duas vezes? Que pena você ter feito isso. Mas me fala quem era o pai dela. Era eu? Ou...

— Não. Ela foi feita por um estrangeiro. Assim que nasceu foi adotada por um casal sem filhos. Depois disso nunca mais soube dela nem como se chama ou se está viva.

— Depois de anos que isso aconteceu. Não tem curiosidade em saber como ela está onde se encontra, se é casada, se te deu netos.

— Claro que sim — Disse tirando uma lágrima — Sim porque me arrependi muito de abrir mão da minha filhinha em prol de viver um rico casamento onde eu era traída, espancada sempre que ele bebia que era na maioria da vezes. Humilhada a ponto de ouvir que eu era uma Vagabunda que trocou a filha por dinheiro. Enfim, ele tacava na minha cara só verdades.

— Eita minha querida, não chora vem aqui — Puxando seu corpo, faço com que sua cabeça apoie no meu peito — Se você quiser eu te ajudo a procura-la. Contrato um detetive para então sabermos se ela mora no Brasil.

Propus a vendo me olhar com os olhos rasos.

— Obrigada. Mas acho que agora é tarde demais. Mesmo eu querendo conhece-la ou saber se tenho netos. Acho que ela não vai me aceitar sendo que eu a joguei fora.

— Toma. Pode usar o meu lenço — Ofereci ajudando a limpar suas lágrimas.

— Você sempre gentil — Sorriu me fazendo sorrir igual — Mas chega de falar de mim, quero saber mesmo diante da tragédia entre sua esposa e seu filho se você era feliz com ela.

— Com certeza éramos felizes. Mesmo não tendo me dado filhos para alegar ainda mais a nossa vida, éramos felizes sim. Pilar...

— Pilar? Que nome bonito. Ela também deve ser.

A MÃEDRASTA! ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora