04. EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA...

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LEVYGUTIÉRREZ

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LEVY
GUTIÉRREZ


Dizer que tive uma noite de cão, foi pouco perto da madrugada infernal que fez com que meus pensamentos borbulhassem e não me deixassem em paz. Levantei andei pelo quarto, deitei novamente, levantei bufando mais uma vez até entrar debaixo do chuveiro e deixar a água gelada cair e apagar por fora o calor que estava sentindo, porque por dentro eu estava em brasa.

Porra. O que está havendo comigo.

— Seu Saulo!

Meus pensamentos não podem estar sendo tomados dessa maneira. Mas porque não paro de pensar.

— Seu Saulo!

Preciso esquecer ou...

— SEU SAULO!

— O que foi. Porque está gritando? — Pergunto para Naná que está de frente à mim me servindo o café.

— Gritei porque chamei o Sr. duas vezes, mas na terceira tive que gritar. No que tanto pensava?

— Em nada. Mas o que foi?

— A lista de compra da fazenda. Os armários estão esvaziando. Daqui a pouco não vou ter o que fazer.

— Tá, já entendi — Pego conferindo — Depois do almoço eu vou para a cidade comprar.

— Não quero ser chata Sr. Mas será que o Sr. poderia ir agora cedo. O almoço que o Sr. quer não vai dar para fazer se o restante dos ingredientes não tiver.

— Faz qualquer coisa então.

— Não dá. Eu já descongelei a carne. Sinto muito mas o Sr. terá que ir agora cedo, ou então manda o Bruno. O Sr. que sabe.

A MÃEDRASTA! ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora