03. CONFIO EM VOCÊ!

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PILAR
THOMPSON


Acordei sobressaltada e com o coração a mil por causa de algo sendo quebrado que me fez pensar que meu apto estava sendo invadido e revirado por bandidos. Levantando e colocando meu penhoar, vou até uma das gavetas do closet pegar a arma do Álvaro para matar o desinfeliz. Olhando o cartucho, vejo que está carregada. Ninguém invade o meu apto e sai ileso. Indo até a porta empurro a cômoda que estava encostada nela depois destranco saindo pé ante pé com a arma em punho. Ouvindo o barulho, percebo que vem da cozinha que é da onde o invasor sairá morto.

Assim que me aproximo não o vejo, mas sei que está provavelmente agachado.

— Não se mexa — Ordeno apontando a pistola — Aliás se mexa levantando bem devagar e com as duas mãos para cima. Se tentar qualquer coisa vou atirar na sua cara.

Vendo seu corpo levantar vagarosamente, me espanto com o tal Bernardo de peito nu e com as duas mãos levantadas.

— Não atira linda mulher. Por favor não me mate.

— Você! — Digo abaixando a arma — O que ainda está fazendo no meu apto? — Pergunto não acreditando que ele teve a audácia de tirar a camiseta — E sem roupa.

— Posso abaixar as mãos? Se me deixar eu explico porque ainda não fui embora.

Assentindo ele abaixa mas ainda estou com a arma engatilhada.

— Começa.

— Obrigado. Não fui porque fiquei pensando em você trancada naquele quarto sem sequer sair para beber ou comer nada. Acredito que dormiu com fome, então tomei a liberdade de lhe preparar o café da manhã.

Fala me fazendo juntar as sobrancelhas.

— Não sou apenas um acompanhante, também sei cozinhar.

— Hm. E que barulho de algo quebrando foi aquele. Você destruiu a minha cozinha. Fez uma tremenda bagunça, olha só. Veste agora sua roupa e vai embora daqui. Você veio somente para passar a noite, e não o dia. Por tanto vá embora.

— Mas e o seu café da manhã.

— Eu me viro. Sei me virar muito bem sozinha.

— Posso primeiro recolher os cacos de vidro de um copo que eu quebrei? Foi sem querer.

— Não, deixa tudo aí e vá embora agora. Sai do meu apto — Mando apontando novamente a arma.

— Okay. Não precisa pedir de novo.

Dando a volta na ilha, ele vai até a sala me fazendo ir atrás. No sofá ele pega sua camiseta colocando.

— Você me deixou dormir no sofá. Por tanto meu cheiro está espalhado nele e nas almofadas também. Fica de lembrança para que não se esqueça de mim.

Sorrindo ele me faz ficar cada vez mais séria.

— Não se preocupe, porque vou jogar tudo fora. Nunca mais aceito as loucuras do meu marido que é colocar um estranho no nosso apto.

— Concordo. Eu mesmo jamais faria isso. Você é muito gata, e deixa qualquer homem louco. Mas eu não sou nenhum abusador. Mesmo porque se eu quisesse entrava a força no teu quarto e te tomava inteirinha. Mas se um dia mudar de ideia me liga que volto sem pensar duas vezes.

A MÃEDRASTA! ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora