Capítulo 5

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A semana passou rápido. Ana era uma boa amiga, depois de muito tempo sem amigos. Algumas roupas de Luca começavam a não servir mais e Rafaella evitava ao máximo o contato com a patroa.

Pelo menos a loira não esteve mais na casa.

- Aquela víbora não veio mais aqui.- Ana cochichou.
- Não sei porque a patroa ainda inventa de ficar com ela.

- Vai ver ela é apaixonada por ela.- Rafaella deu de ombros. - Da forma que estavam, pareciam duas amantes safadas.

Ana balançou a cabeça para os lados enquanto ria.

- Ela não ama ninguém, menina. Vai por mim... As únicas vezes que vi aquela menina feliz, foi na companhia da irmã. Depois, acabou.-

Rafaella inspirou o ar com força. Gizelly estava pela casa, mas não aparecia por lá.

-Vou dar uma olhada no Luca. Já volto.- Ela se levantou.

Luca ainda dormia seu sono da tarde. Rafaella ia descer quando escutou o celular tocando. O havia deixado no outro quarto e correu para nāo acordar o bebê.

Ligação on:

- Pai? - Logo se sentou na cama. - Está tudo bem?

- Rafa? Como estão as coisas aí?

- Bem. Na medida do possível. Luca está ganhando peso, acho até que cresceu.

- Que ótimo, minha princesa! - Pela forma como o pai falava, ela sabia que tinha algo ali a ser dito. - Meu bem. Sabe que a sua irmā ainda está noiva daquele velho...

- Sei... O que tem eles?

- Eles vão se casar, e ela quer que eu entre.

- Pelo menos uma coisa certa. Vai ser rápido, pai.

- Eu sei. Bom. Ela me pediu para você ir.

- Não. Eu... Não quero nunca mais falar com ela.

- Rafa, eu sei o mal que a sua irmā lhe fez. Eu estou pedindo para entrar comigo, caminhar até o altar e ficar ao meu lado. Você sabe... - A família tinha de viver de aparência, mesmo que fosse por fotos. - Não precisa falar com ela.

- Quero que saiba que eu não estou feliz com a Giovanna. Quando é esse casamento?

- Em vinte dias. Vou te mandar o convite. Espero que aceite o convite do seu velho pai.

- Vou pensar, pai.

- Eu te amo, filha.

- Também te amo, papai.

Rafaella encerrou a ligação e se levantou. Ficou um tempo observando o mundo para fora da janela, no céu azul, e mais uma vez pensou em Maria Antonella.

- Preciso voltar.- Ela se endireitou para voltar para o quarto de Luca.

Deixou o celular em cima da mesa, passou pela porta de acesso, mas se deteve ao ver a patroa de costas encarando o filho no berço. Como se soubesse que ela estava li, Gizelly olhou por cima do ombro.

- Ele é tão lindo dormindo.- Rafaella não sabia o que dizer, temia levar uma bronca, ou ser mandada embora pelo quê viu. Não que o dinheiro fosse o problema, não queria ficar longe de Luca. - Vim falar com você!- Então se afastou do berço. - Sobre o que viu, ....-

- Vi dois adultos que se gostam, fazendo sexo.- Ela disse de uma vez. - Não tem nada de mais nisso.-

- Foi um descuido que não vai mais acontecer, Rafaella. Preciso me dar conta de que agora tenho um filho e que mais tarde ele pode ver essas coisas e sair por aí contando. E não, eu não estou apaixonada pela senhora Martins.-

Uma babá para Luca. (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora