- Essa ambulância está saindo do condomínio?- Gizelly perguntou, ao inclinar o corpo para frente.
- Calma mana, pode ser alguma outra coisa. Sei lá.-
Como uma profissional da saúde, Valentina tinha de ser calma. A impressão se intensificou ainda mais, quando a advogada viu entrar dois carros de polícia. Nessa hora, a neurologista acelerou o carro.
Ao passar pela portaria, Gizelly avistou Arcrebiano. Parecia machucado. Ele falava com os policiais e apontava para dentro de casa. Gizelly desceu do carro ainda em movimento e correu até ele.
- Fomos atacados chefe.- Bil ainda segurava a arma.
- Cadê o meu filho?- Ela olhou em volta. - Rafaella!-
- O menino foi com ela, chefe.- Arcrebiano tinha os olhos cheios de lágrimas. Estava nervoso.
- O que disse?-
- A médica que pegou ele dos braços dela disse que ele só não morreu porque ela o segurou firme. Eu tirei ele molinho dos braços dela... Dei uma olhada por cima, o moleque parecia estranho. A sorte foi que eu estava subindo, se não os dois estariam mortos agora.-
- Porra! Cadê a Rafaella?- Gizelly não sabia se queria a resposta.
- Eu peguei o moleque nos braços e fui atrás do cara. Atirei nele e juro que o vi caído, então eu voltei até a Rafa. Tentei acorda-la até que vi o tanto de sangue que saiu da cabeça dela. Me desesperei e chamei a polícia.-
Gizelly não deixou que o segurança terminasse. Voltou para o carro, deu partida e antes de arrancar, a porta se abriu e Valentina praticamente pulou para dentro.
- Acelera!- Ela disse.
Gizelly nunca correu tanto como naquele momento. Atravessou a cidade sem nem parar nos sinais vermelhos. Quando viu o prédio iluminado, acelerou ainda mais. Parou o carro e deixou a porta aberta, subindo as escadas correndo.
As recepcionistas estavam agitadas, e só então ela notou o tanto de sangue no chão.
- Onde ela está?- Perguntou para a primeira pessoa que viu.
- Senhora, não pode...-
- Ela está comigo!- Valentina passou pela irmã. - Vem Gi, estão na emergência.-
Rafaella fora levada para a emergência. Naquele momento um bom número de médicos estavam com ela. Gizelly se lembrou do dia que esteve ali, esperando para ver o filho e acabou se despedindo de Ivy.
Valentina entrou apressada e ela ficou ali, sem saber onde estavam o filho e a babá.
- Senhorita Bicalho?- A advogada se virou para ver um médico com touca colorida. Ao olhar mais atento, não viu sangue nas roupas. - É a mãe do Luca?-
- Sim.-
- Vem comigo!-
Eles entraram no elevador. Gizelly sentiu o coração pesado, não queria enterrar o filho. Quando saiu, rumou atrás do médico até uma sala e entrou ali.
Luca dormia em um berço hospitalar. Tinha vários hematomas no rostinho e um machucado na cabeça.
- Seu filho não sofreu danos graves.- O Doutor abriu algumas imagens na tela. - A babá dele literalmente deu a vida por ele... Está vendo? Luca sofreu uma luxação na perna. Pelas marcas em volta dos tornozelos, presumo que ele foi puxado com força.- Gizelly engoliu, sentindo o gosto da bile. - A babá amorteceu a queda dele. Vamos deixá-lo aqui essa noite para observa-lo, porque o susto nessa idade pode gerar transtornos à ele.- Dito tudo isso, o pediatra a encarou. - Fique tranquila, senhorita, seu filho está bem. Vou deixá-la com ele alguns minutos, depois a enfermeira virá para apagar a luz.-
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Uma babá para Luca. (GIRAFA)
FanficDepois de uma decepção amorosa, Gizelly decide viver intensamente. Porém no meio do caminho, ela conhece uma acompanhante de luxo que tomada pelo desejo de ficar com ela, acaba por armar um plano estranho.O golpe da barriga, que deu errado. Sete mes...