Capítulo 41

734 103 41
                                    

4/5 FIM

Feito uma roleta infeliz, Rafaella trocou o lugar com a irmã, que ao chegar próximo a Ana, caiu desacordada pelo susto que levou. Valentina fez um sinal para Luiza, e essa carregou as crianças para dentro da casa no meio dos convidados. Alguns conseguiram fugir, outros foram à procura de segurança nas paredes e portas fechadas.

A essa altura, dois carros pretos invadiram a casa. E de um deles, desceu a psiquiatra. Ela usava roupas pretas, e era seguida por mais alguns homens. Todos eles armados e bem treinados. Os seguranças da mansão haviam feito um cerco, porém nada podiam fazer, ou matariam a recém-casada.

- Deixa isso pra lá, Talles.- A psiquiatra lhe disse. -  Você sabe que precisa de ajuda.-

Talles olhava além da mulher, para a mãe que desaprovava tudo. Cyntia usava a roupa com a qual fora encontrada morta.

Ele então voltou a encarar a profissional.

- Eu só gueria que a minha mãe ficasse satisfeita. Só isso... Ela sempre me chamou de fraco. Ela me dizia que essas malditas me ignoraram a vida toda, porque eu sou o irmão bastardo delas.-

- Você sabe que isso é mentira.- Ela se aproximou dele, provocando um sobressalto.

- Não. Não é.- Gizelly os interrompeu. - Talles é mesmo meu irmão. Meu pai o ignorou isso a vida toda. Se eu soubesse disso, daria todo o suporte à ele.-

- Está mentindo!- Talles bateu a lateral da arma na própria cabeça, repetidas vezes. - Mentirosa!-

- Eu posso provar.- A advogada deu um passo a frente.
- Eu tenho um exame feito há muitos anos. Quer ver?-

Ele olhou para ela e depois para Valentina. Queria desesperadamente acreditar nelas, não fosse a mãe que falava sem parar uma única palavra. "Mentira!" Ele até relaxou o braço um pouco, porém sentiu que Rafaella correria. E então intensificou o aperto outra vez.

- Minha mãe morreu por causa do seu pai. Eu vou matar a sua mulher, Gizelly. você vai chorar assim como eu.-

- Talles, pensa bem...- A psiquiatra voltou a dizer. - Já chega de perseguir essa família. Era isso o que você queria, não?! Ser reconhecido? Pronto. Acabou! Vem comigo.-

- NÃO! Eu já cheguei até aqui e vou terminar o
que comecei. Se quiser, pode me matar depois.-

Rafaella mantinha a calma, embora o ventre estivesse duro de tanto nervosismo. Os olhos dela buscaram os de Gizelly, e tentava lhe dizer que estava tudo bem.

Gizelly dava um passo a cada vez que o primo procurava o olhar da psiquiatra estranha. Achou até que conseguiria vencer em uma luta corpo a corpo, até que Talles mudou a feição e sucumbiu à loucura. Ele viu chegar ao lado da mãe, Thiago, o segurança que ele matou, depois veio Gabriela com as roupas extravagantes e a boca sangrando. Por último Ivy, com as roupas sujas de sangue e um olhar feroz. Ela tinha um papel na mão e o ergueu, vitoriosa, rindo com escárnio.

- Acha que venceu??? Você está morta, sua puta!- Enfurecido, ele apontou a arma e sob os olhares de todos, atirou.

- NÃO!!!- Valentina tencionou correr, mas Talles lhe apontou a arma. - Ela vai morrer.- Ela via com desespero, o sangue empapando o chão.

- Ela já está morta há quase um ano.- Ele respondeu.

- Olha de novo, Talles.- Outra vez a psiquiatra tentou alertá-lo. - Limpa a mente e olha mais uma vez.-

Ao olhar para a cena, Talles viu Janice que ainda segurava o envelope quando caiu. Não havia morrido, mas respirava com dificuldade.

- Preciso levá-la daqui.- Valentina voltou a dizer. - A Nice não tinha culpa, cara. Ela só queria te mostrar o maldito papel que ela mesma guardou...-

Uma babá para Luca. (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora