- Senhori....-
- Não!- Gizelly a segurou firme em seus braços.
- Continue. Fará bem para você.-Gizelly estava de pé, entre suas pernas, acariciando seus cabelos. A babá, por sua vez, com os braços enganchados em sua cintura e o rosto enterrado em sua barriga. Ela então chorou até não ter mais lágrimas, por fim, levantou a cabeça.
- Me desculpe pela minha colocação mais cedo.- A advogada disse num tom arrependido. Era estranho se desculpar com tanta facilidade.
- Eu não deveria ter explodido daquela forma. Estava chateada. A culpa não foi sua, senhorita Bicalho.
- Gizelly.- Ela a corrigiu. - Me chama de Gizelly. E se desabafar te faz bem, pode me contar.-
- Meu pai está doente.- Ela afastou os braços de sua cintura e limpou algumas lágrimas que saltavam para fora. Gizelly se afastou alguns centímetros, pondo as mãos nos bolsos. - Minha irmã me contou meio por cima. Mais cedo liguei para ele, queria acreditar que era um blefe da minha irmã. Ele praticamente me disse que está se aposentando e que pode partir a qualquer momento. Eu só não queria que fosse agora.-
- Eu lamento muito, Rafaella. Perdi meus pais para um acidente. Sei como é se sentir só.-
- Estou cansada de me sentir sozinha, Gizelly. Parece que o universo sempre lutou contra mim.-
- Ei?- Gizelly deu um passo para frente. Pegou no queixo dela com delicadeza e ergueu. - Isso não é verdade... Você é uma mulher bonita, forte. Não pode perder tempo aceitando o fundo do poço.-
Rafaella enfiou a mão embaixo do travesseiro e tirou uma fitinha de lá. Era a pulseira de Maria Antonella.
- Luca nasceu quase um ano depois da morte da minha filha. Ela nasceu prematura e eu não a vi partir desse mundo. Na noite que ela se foi, eu estava sendo retirada de dentro de um carro retorcido.-
- E isso só te fez mais forte.- Gizelly mal se reconhecia ali.
- Olhe para mim, Rafaella.-Ela a encarou, mas acabou se levantando. Gizelly então a segurou pelo pulso. Era como tocar em um fio de alta tensão. Os olhos de Rafaella pediam para mais, e ela não conseguia se controlar. Então a puxou para si, colando o corpo dela ao seu. Foi extasiante sentir os seios dela, e Gizelly sabia que se amaldiçoaria pelo resto da vida. No entanto, quebraria uma regra tão essencial para ela.
- Gizelly...- Rafaella espalmou a mão nos ombros dela. Ela tentava repelir, mas a verdade é que estava querendo senti-la. O peito subia a descia rapidamente, não conseguia tirar as mãos do peito dela, nem se quisesse.
- Não me diz que não quer.- Gizelly disse com a voz rouca pelo desejo. - Vejo em seus olhos que quer tanto quanto eu.-
- É errado...-
- Não, Rafaella. Não é errado. Você não é mais casada, pelo menos na prática. E se quiser eu mesma acabo com esse casamento, com o maior prazer. Se o meu pagamento for ter você todas as noites.-
A babá tentava olhar para qualquer coisa que não fosse os olhos da patroa. Então Gizelly deslizou a mão livre para a cintura dela e apertou firme. Nem quando o celular tocou, ela desviou-se do seu propósito.
- Não vai atender?-
Gizelly soltou o pulso dela, pegou o celular no bolso, e sem desviar os olhos, o atendeu. Era Gabriela.
A voz da amante soou em alto e bom som.
Ligação on:
- Estou te esperando! - Ela cantarolou as palavras.
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Uma babá para Luca. (GIRAFA)
Hayran KurguDepois de uma decepção amorosa, Gizelly decide viver intensamente. Porém no meio do caminho, ela conhece uma acompanhante de luxo que tomada pelo desejo de ficar com ela, acaba por armar um plano estranho.O golpe da barriga, que deu errado. Sete mes...