Ana observava de longe, indignada com a burrice da patroa, em deixar um mal carácter se apossar da casa dela.
Talles era exigente, mal-educado e bagunceiro. Por vezes foi flagrado andando pela casa, e até tentou entrar no escritório enquanto Gizelly não estava. Por Sorte, a porta estava trancada.
A advogada se afundava em trabalho e chegava tarde da noite, para se enfiar no quarto da babá.
O final de semana se aproximava e Rafaella sabia que não teria tempo de ver o pai. Passou a manhã com Sebastião, levou Luca consigo e ajudou Mirian com a organização dos medicamentos.
- Sabe aquela moça, a Maia?- A madrasta chamou sua atenção.
- Sim... Nunca vou me esquecer dela.-
- Ela passou em consulta. Disse para a doutora Marcela que vai cursar enfermagem.-
- Que bom! Fiquei com medo de receber uma notícia ruim sobre ela.-
- Maia está vivendo, filha. Um dia de cada vez. A sessão de fotos dela ficou linda e está fazendo sucesso. Até já está inclusa no projeto Maria Antonella.- Sebastião disse de onde estava acamado.
Todas as vezes que ouvia o nome da filha, Rafaella sentia o peito apertar. Agora Maria seria isso, somente uma lembrança triste e um apoio para as mães que perdem seus filhos, ou lidam com as consequências do parto prematuro.
- Não fique triste, Rafa. Você foi corajosa ao ir lá.- Mirian voltou a dizer.
- Eu me coloquei no lugar dela, e na verdade eu faria o mesmo.-
- Todos nós agimos assim, impossibilitados de entregar nossas crias para um estranho enterrar.- O médico lhe disse novamente.
- Pai, eu preciso voltar. Luca tem fisioterapia mais tarde... Vou te ligar e voltar aqui assim que sair de novo.-
Assim que se despediram, ela pegou Luca com a madrasta, saiu para a rua e atravessou. Estava indo na direção do carro, quando Antônio apareceu em seu campo de visão. Sabia que corria aquele risco, afinal, ele trabalhava ali perto.
Ela caminhou tranquilamente e ele praticamente correu até ela.
- Bom dia, Antônio!- Soou seca.
-Bom dia, Rafa!- Ele se aproximou ainda mais. - O que faz aqui?-
- Vim ver o meu pai. Preciso voltar.-
- Rafaella.- Ele colocou a mão na porta do carro. - Espera, vamos conversar.-
- Então me escute bem.- Ela o encarou. - O que tenho para dizer, vai ser dito aqui mesmo. Quero o divórcio.-
A expressão do rosto dele passou de surpresa para raiva, e de raiva para deboche. Ele até riu.
- Deixa de birra, Rafa. Já se passou um ano da nossa perda. Ambos erramos, mas agora acabou.-
Ela o encarou mais uma vez. Incrédula com as
palavras dele.- Está se ouvindo, Antônio?-
- Sim. Eu tive um caso passageiro com a sua irmã, mas acabou e eu te quero de volta... Já faz um ano que não durmo com ninguém, te esperando.-
- Deixa de ser mentiroso. Se eu for agora mesmo na portaria, descubro todos os nomes das suas acompanhantes dos últimos quinze dias.- Ela o fuzilou com os olhos. - Acabou, Antônio! Fomos o casal super do colégio e da faculdade. Casamos na presença de quatrocentos convidados e tivemos uma vida baseada em mentiras. A sua despedida de solteiro, que eu tenho certeza que foi com a Giovanna.-
- E você estava abraçada com ela.-
- Somos irmãs. Temos o sangue que nos une. Enquanto eu e você somos ligados somente por um papel inútil. Vamos acabar logo com isso, da melhor forma.-
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Uma babá para Luca. (GIRAFA)
Fiksi PenggemarDepois de uma decepção amorosa, Gizelly decide viver intensamente. Porém no meio do caminho, ela conhece uma acompanhante de luxo que tomada pelo desejo de ficar com ela, acaba por armar um plano estranho.O golpe da barriga, que deu errado. Sete mes...