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Aviso importante:

O capítulo a seguir aborda temas de abuso sexual, tortura, e uso de drogas. Se estes temas causar-lhe gatilho pule por favor.
Coloquei em apenas um capítulo pois se trata de um assunto pesado.

Boa leitura

Gang-Tae olhava para Hyeon que o encarava insatisfeito a medida que o elevador os ergue até o andar desejado.

A porta do elevador se abre um andar antes de Hyeon, que ficou ainda mais enciumado. Logo podendo-se observar Ji-Hye esperando em frente ao elevador, acenando para Hyeon de forma sorridente. Sem dar tempo para que o homem retribuisse seu acenar a porta se fecha encerrando o 'contato' dando a entender a Ji-Hye que estava sendo ignorada!

—— Se sente melhor? —— perguntou retribuindo o contato tortuoso.

Ji-Hye havia percebido a tempos que toques físicos deixavam Gang-Tae perdido e parecia lhe deixar desconectado da realidade, embora sempre ser algo iniciado pelo mesmo.

—— Sim! Obrigada. —— sorriu também desconfortável, seguindo até a porta de seu apartamento —— Fique a vontade!

— Ficarei! —— concordou ainda carregando consigo a sacola avermelhada e brilhante. ——Vi isso em Jeju e me lembrei de você. É só uma lembrancinha, nunca dei um presente, então não fique chateada se não suprir suas expectativas.

A porta se fechou atrás de si, os olhos perfeccionistas e desconfiados do mais velho dançam pelo ambiente, fitando o lugar que continha toda sua decoração em apenas três cores, branco, grafite e tons sutis de vermelho.

—— É de bom gosto! —— se sentiu confortável, o que lhe era estranho, não consegue se sentir seguro em nenhum outro lugar além de damage tower.

—— Adorei esse esse vestido! —— sorriu contente, ainda havia peso dentro da sacola, uma caixa de joia. —— Sério que nunca deu um presente para alguém?

—— Sim!

—— Então sou a primeira? —— sorriu tocada.

—— É, pois é! —— continua a caminhar observando os detalhes do apartamento com muita curiosidade —— Escolheu sozinha esse imóvel?

—— Hyeon me ajudou nessa escolha. E me inspirei em alguns móveis de sua residência.

—— Muito bem! Fez um bom trabalho, um imóvel amplo e seguro.

—— Vou vestir ele, já volto! —— balança o tecido esvoaçante em tom de vermelho vivo.

—— Servirei vinho, seja ágil! —— se retira indo até cozinha, enquanto a mulher sobe as escadas com pressa.

Gang-Tae se locomove com calma até o armário tirando de lá duas taças, usa o saca-rolhas, o cheiro bom do vinho invade suas narinas, enquanto seu celular vibra de forma chata.

O número não identificado ligava pela terceira vez num intervalo de apenas duas horas, resolvera ignorar novamente, levando para a sala e pondo sobre a mesa de centro, como faziam quando Ji-Hye passava seus dias a seu lado na damage tower.

Esperou de forma impaciente, se sentia tão ansioso que suas mãos estavam molhadas de suor, não sabia o que aconteceu para deixá-lo tão enlouquecido.

O celular volta a vibrar em outra chamada, completando assim a décima tentativa de contato só naquele dia.

Apesar da curiosidade corroer os ossos de Gang-Tae, continuou olhando para o aparelho como se o mesmo fosse uma ameaça, não acreditava em sinais, destino ou sequer premonição, mas não podia negar para si mesmo aquele desespero e receio que lhe empurrava as entranhas era a certeza que algo de muito ruim estava prestes a acontecer.

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora