O salto alto da bota de cano longo de Ji-Hye, batia impacientemente no piso de cimento queimado do estacionamento, encostada sobre a bugatti azul.
— Caramba, demorou em? — dissera sem rodeios quando escutara o barulho do elevador.
— Que coincidência gostosa! — a voz de Hyeon invadiu os ouvidos de Ji-Hye.
Woozie fez de propósito!
— Aquele miserável me paga — Ji-Hye olhou com descontentamento.
— Depois dessa, tô devendo uma pra ele!
— pensou alto exibindo um sorriso vitorioso.Se aproximou como se fosse abraçá-la.
— Gostou do meu brinquedo? — Ji-Hye balança o taser.
— Relaxa gatinha, não vou fazer nada que não queira! — sorriu sem mostrar os dentes, erguendo os braços em rendição, logo abaixando-os, erguendo uma das mãos esperando as chaves serem entregues a ele.
— Meu carro, minhas regras! — apertou sobre o pequeno controle desativando o alarme.
— Que bizarro. É exatamente igual ao que eu tinha a alguns anos atrás! — passou a mão sobre a lataria.
— Pode dirigir se quiser... — propôs.
— Não, eu confio nas suas habilidades!
— recusa sem pensar. — Não é como se as memórias que tenho dele fossem boas.— Tudo bem! — dissera com certa decepção. Queria que Hyeon estivesse naquele mesmo carro, com a mesma mulher, uma mensagem subliminar.
Fazia anos que Ji-Hye não tocava os dedos num volante, havia conseguido sua licença pois era um presente de Rosenberg.
— O que aconteceu com seu carro? Dissera que as memórias não eram boas. Peso de consciência?
— Ontem disse que eu era um assassino e agora me diz que tenho peso na consciência, o que você sabe?
— Foi um chute! De homens como você se espera qualquer coisa.. — olhou para Ji-Hye antes de entrar no carro.
— E em parte você tem razão, por isso mandei Woozie consumir ele!
'E pelo mesmo motivo, conservei este carro'.
Sentou-se sobre o banco do carro, respirou fundo, e ligara a ignição. O carro avança, dando um arranque bruto, levando-os para frente.
— Ei, vai com calma, mal consegui passar o cinto! — Hyeon dissera zombeteiro.
— Eu sei seu idiota, eu só estava desacostumada.. — seu tom ríspido fizera o homem se calar.
— Ok, não vou dizer mais nada. — levanta as mãos em rendição, logo colocando o cinto de segurança.
Dessa vez com mais calma, e cuidado, conseguira dar partida de forma suave.
Durante o caminho até o cais, Hyeon observava atentamente os detalhes de 'Irinna' e em como se pareciam de forma bizarra, até o tique de estalar todos os dedos inclusive os dedos dos pés, se repetiam de forma natural, sem que a mesma se desse conta.
— Limpa essa baba, vai sujar o banco do meu carro! — reclamou ainda olhando para a rua.
— Que baba o que garota, tava observando o quanto você é chata, até calada! — justificou como uma criança.
Cruzou os braços chateado se virando para frente, bufando de forma tediosa.
O celular de Hyeon toca, não dando o tempo necessário para tocar pela segunda vez, já atendendo a ligação, uma pausa longa, Hyeon escutava atentamente a voz lhe instruir de forma grosseira, não dando espaço para o homem responder ou lhe fazer as perguntas que queria.
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𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)
AçãoTodo sistema de segurança tem uma falha, o coração humano, e foi dessa falha que Hyeon se aproveitou para comandar o maior roubo já feito no mundo da jogatina. Acreditava não ter mais nada a dever, quando descobre que Ji-Hye, a falha de segurança do...