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Ji-Hye se sentou na poltrona observando o corpo jogado de Gang-Tae coberto com um edredom, cacos da garrafa de vinho, e sua mancha sobre o mármore branco, o celular jogado no chão e os sapatos em extremidades diferentes.

A campainha tocou. Ji-Hye se levantou ainda com a caneca entre os dedos, e seguiu até a porta.

— Bom dia vizinha! —Hyeon exibia um sorriso largo dando a ela uma cesta de café da manhã.

-- Bom dia, não precisava se preocupar -- dá passagem ao homem que entra olhando para todos os cantos da casa como se procurasse por Gang-Tae. -- Que noite boa!

— Só se for pra você. Faça silêncio, ele não tá bem. — arrastou Hyeon para a cozinha.

— Sabia que ele tinha dormido aqui, não vi ele sair.. — lamentou em voz alta.

— Estava nos vigiando, tá preocupado com o que? — deixou a caneca sobre a mesa de jantar.

— Com nada. — foi surpreendido com um abraço apertado da mais nova.

— Nós nos beijamos ontem, e não senti o que eu sinto com você. Por que? — cheirou do seu perfume.

— Disse isso pra me ferir, ou frisar que não consegue deixar de me amar? — alisou o cabelo cheiroso de Ji-Hye.

— A segunda opção! — olhou em seus olhos.
— E Deus sabe o quanto me esforço para esquecê-lo.

Hyeon tomou o rosto de Ji-Hye entre suas mãos grandes, quentes e ternas.

— Por que fugir desse sentimento, não percebe que esse amor vai persegui-la para sempre? — se aproximou depositando um selinho em seus lábios. — Consigo sentir seu coração descompassado! — deu um sorriso.

— Parte de mim ainda te odeia! — fitou os olhos entristecidos de Hyeon.

— Então continuarei tentando fazer essa parte me amar, se vingue de mim, com toda força que puder, e então poderemos ser felizes sem mais pendências.

— Seremos? Eu não acredito, nos amamos mas não estamos destinados a ficar juntos! — falou com tristeza.

— Pra sua infelicidade, nunca acreditei em destino, eu quero me casar com você. Se tiver que se vingar para finalmente me perdoar, e assim puder passar meus dias ao seu lado sem rancor, vou esperar sem medo sua vingança.

— Você é tão brega! — puxou o homem para um beijo doloroso.

— E é por isso que me adora. — não a soltou.

Hyeon envolveu sua cintura, caminhando devagar até colar as costas de Ji-Hye na parede, erguendo seu corpo devagar, fazendo as pernas da mulher envolverem sua cintura. Brincou com o cabelo do mais velho ao passo que o mesmo analisava seu rosto.

— Já avisei que toda vez que faz isso me sobe uma vontade incontrolável de beijá-la!

Sorriu para Hyeon que tomou seus lábios com voracidade, sua mão passeou pela pele livre da coxa esquerda da mulher que continua agarrada seu pescoço.

Lapsos do sonho erótico que tivera passam diante de seus olhos fazendo-a afastá-lo.

— Pensei que não acabariam nunca! — zombou Tae passando direto por eles com o rosto inchado e profunda dor de cabeça.

— Não consegue ser agradável uma vez sequer? — dissera Hyeon quando soltou Ji-Hye com cuidado.

— Olhando pra essa sua cara? Acho impossível! — fecha a geladeira trazendo consigo uma jarra de suco.

— Não aguento mais essas briguinhas chatas de vocês dois. São dois adultos portanto se comportem como tal! — Ji-Hye ajusta o robe de cetim preto no corpo.

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora