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— A quanto tempo está aí? — se aproximou.

Os olhos de Ji-Hye focaram nos da garota implorando a ela que não dissesse nada sobre as cópias do dossiê.

Girou em cento e oitenta graus, com um sorriso brilhante, uma sensação horrível de ser pega no flagra. Suas mãos foram a sua cintura ao passo que se aproxima do homem, tentando disfarçar sua atitude vergonhosa.

— A pouquíssimo tempo, na verdade acabei de chegar! — coça a cabeça.

— Estava vindo do saguão. E não a vi. — se aproxima passando o braço por seu pescoço.

— É que eu entrei pelo estacionamento sabe — se pegou pensando se o que dissera era convincente o suficiente.

— Que seja, vamos ao escritório, tem toneladas de papéis a serem separados e resolvidos.

— Não acredito que Woo deixaria tão bagunçado, vamos jogar e beber esta noite, o que acha? — propôs passando seu braço pelo de Hyeon como acompanhante.

— Tô precisando pensar — aceitou seu convite mas soltou de seus braços — Não é minha acompanhante, e sim minha noiva — entrelaça suas mãos voltando a caminhar em direção ao salão de jogos.

Ji-Hye sorriu como uma adolescente apaixonada aceitando aquele toque.

Sentou ao lado de Hyeon, encarando o crupiê, que ergue uma das mãos de forma mecânica, ajeitando a franja desalinhada, lançando seu olhar para a esquerda como um sinal. A mulher se endireita na cadeira confortável, apertando a mão de Hyeon avisando com dois toques o perigo do lugar.

— Vou pedir um drink — Ji-Hye se levanta ajeitando o decote, ainda sendo analisada pelo crupiê, que parecia impaciente.

— Não se preocupe senhorita, eu me encarregarei disso — a jovem aperta o antebraço de Ji-Hye entre os dedos finos.

— Não preciso, eu mesma buscarei. — Ji-Hye fitou o olhar desafiador da jovem
— Quer perder seu emprego, Mia? — fitou a plaquinha no canto de seu uniforme.

A jovem solta Ji-Hye de seu toque. Era um alerta e Hyeon parecia não estar ciente do quanto poderia ser perigoso continuar naquela mesa.

Andou rapidamente ao bar, pedindo ao mixólogo:

— Um negroni para meu acompanhante e uma piña colada para mim! — sentou-se no tamborete observando a movimentação.

— Se importa de me emprestar por um minuto? — pediu a americana seu pequeno espelho agora usado para retocar o batom vermelho vibrante de seus lábios. — Obrigada!

Agradeceu se olhando pelo pequeno reflexo emoldurado em preto, fingindo limpar o batom borrado dos lábios, desvia a mão para o lado esquerdo podendo ver a silhueta de um homem se aproximar em sua direção!

Se levantou tentando sair dando de cara com o homem.

— Deixe-me passar! — pediu tentando desvencilhar-se.

— Sinto muito, mas não posso — abriu o terno lhe mostrando a cintura que continha uma arma.

— Se não sair da minha frente vou gritar! — cochichou.

— Seu companheiro está cercado, não estou para brincadeiras senhorita Irinna, ou devo dizer, Ji-Hye, portadora do cartão universal do Caligula's palace?

— Se me levar contra minha vontade ele vai perceber, virá atrás de mim e vai estourar seus miolos! — rendeu-se.

— Não vou! Vai andar vagarosamente como se fossemos bons amigos até o saguão! — abriu espaço.

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora