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Gang-Tae olhava para a foto recebida, Ji-Hye na banheira enquanto olhava para a joia que lhe decorava os dedos, Donato continuava a fotografá-la e enviar a ele, queria lhe mostrar que estava cada vez mais perto, e que se o homem não fosse até a ele, Donato faria a questão de buscá-lo.

— Tudo em tempo, amanhã você viaja e fico mais tranquilo — dissera para o celular desligando a tela.

— Falou comigo? — Ji-Hye põe sobre a mesa o frango frito.

— Pensei alto — sorriu amarelo retirando o lacre do soju.

Hyeon se sentia um traidor, bebendo e comendo com um homem que tanto fez mal ao seu amigo.

— Vai ficar me encarando até quando? — Gang-Tae pergunta já impaciente.

— É que eu não costumo a comer com meus rivais! — parecia ter mudado de ideia.

— Então está em uma luta solitária! Nunca fui um rival para você, eu nem me importo se está aqui ou deixa de estar! — cuspiu toda sua amargura, olhando o horário no relógio vultoso em seu pulso.

— Já vão começar?! Poxa Hyeon você acabara de dar uma trégua, para de comprar as brigas de Woozie. Ele não te fez nada de mal — encarou o parceiro com uma expressão aborrecida.

— Ok, por Ji-Hye vou ignorar suas canalhices!

Gang-Tae se levantou, com as mãos no bolso pronto para lhe falar tudo sobre o homem qual Hyeon põe as mãos no fogo, mas desiste quando recebe a encarada brava de Ji-Hye.

— Vamos comer, antes que eu enfie essa coxa de frango frito pela guela dos dois — aponta para Tae que volta a se sentar, assim como Hyeon.

Comeram em silêncio, ainda mantendo suas encaradas, Tae não tinha nada contra ou sequer motivos para desaprovar Hyeon a não ser pela petulância e arrogância.

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— Bem, acho que já vou, era apenas uma verificação de território — Gang-Tae se dirige a porta, fazendo um sinal para Hyeon que se levantou, Tae ainda era um superior.

— Por favor, não vão brigar em? — pediu Ji-Hye.

— Pode deixar — acenou para a mulher que estava curiosa, o que demais poderiam estar conversando a sós?

Andaram até o elevador para finalmente começarem a conversar sobre o problema que só piorava e se tornava mais difícil de resolver cada segundo que passava.

— O que quer comigo, tentar fazer com que eu passe pro seu lado também? - Hyeon não dava um segundo sequer de paz.

— Não se escuta? — trava a mandibula numa forte vontade de respondé-lo sem nenhum decoro — Vou dizer o que seu amigão do peito não disse. Ji-Hye está numa lista de membros da organização que vão servir de aviso. Já deve saber do que estou falando, não?

— Na realidade não, não sei o que quer dizer essa lista de aviso! — o elevador se abre.

— Ji-Hye tem comportamentos que desagradam os membros da baixa, chegou depois de todos e com apenas seis meses na organização já foi escolhida como protegida, tem um dos fluxos financeiros mais altos, anda com o alto escalão, e ainda há de herdar um posto da família original — entram no elevador e seguem calados até o terréo.

— Vai dar à ela um posto da família original? — parecia enciumado.

— Assim como meu pai deu meu posto a Woozie, vou dar um posto alto para Ji-Hye, ela vai substituir a mim quando eu me for, indiscutivelmente, o posto de dragão de ouro será dela como a ultima original após a morte de Wu Zi Mu. Ninguém antes em toda história do nosso clã fizeram a besteira de incluir um membro fora da linhagem, mas agora entendo meu pai!

— Eu sabia que você tava secando minha mulher esse tempo todo. Diz a verdade, gosta dela?

— Um homem não pode se aproximar de outra mulher com boas intenções? Não que eu lhe deva algo, mas não gosto dela como mulher, acredite. Eu não seria como vocês em trazer uma mulher pra um lado tão podre como o nosso e destruir a moral e a vida dela!

— Que bom moço você se tornou depois de Ji-Hye, é o que deseja que eu pense, mas eu não acredito em uma só palavra! Eu te conheço.

— Isso é problema seu — deu um sorriso forçado — Te chamei aqui, apenas para avisá-lo que preparei uma viagem de quinze dias para que Ji-Hye consiga se manter segura, e então resolvermos o problema.

— E é claro que você vai com ela, sempre aproveitando pra tirar uma casquinha — deu uma risada nasal quando Gang-Tae pega sua mão, e deposita sobre ela uma passagem.

Hyeon arregala os olhos, confuso.

— As coisas ficaram feias, são noites sangrentas, Woozie quer te manter longe, para que você resolva no sul do país alguns conflitos, é claro, vai proteger Ji-Hye enquanto está fora, o mesmo truque do antes! Era pra você ter morrido naquela noite, mas o paramédico se sentiu mal em lhe largar e só por isso está vivo.

— Woozie deixou tudo pronto para que eu fugisse são e salvo mas Rosenberg me acertou. Não diga besteiras!

— Dá pra ver que confia muito em Woozie, mas não sabe um terço do que eu sei, tudo que conhece dele não passa de uma personalidade moldada para cada um. Seu apelido antes de se tornar o preferido de meu pai, era camaleão, era elogiado por sua habilidade de se camuflar em qualquer ambiente e tirar tudo de suas vitimas.

— Mentira! — esbrevejou Hyeon — Está me manipulando como fez com Ji-Hye!

— Não seja bobinho Hyeon, já está velho pra agir como uma criancinha. Acha que Woozie chegou ao posto máximo por meio de reza e caridades? No fundo está bravo porquê sabe melhor do que ninguém que ele é mais do que capaz de te apunhalar pelas costas sem pensar duas vezes.

Gang-Tae encara Hyeon agora em uma crise existencial, não acreditava que Woo seria capaz de traí-lo.

— Deverá ir para Las Vegas três dias após Ji-Hye, a reserva está no nome de Irinna, deve encontrá-la no aeroporto! Antes que eu me esqueça; não comente com ela, tenho suspeitas de que estão vigiando-a  em nome de terceiros. Seria uma grande desgraça se conseguirem por as mão nela!

— É muita coisa pra digerir! — passou a mão pelo rosto enfurecido, Woozie está fazendo novamente, mentindo!

— É, eu sei. Eu não tenho nada contra você, apenas devolvo sua arrogância a altura — destrava o carro.

Hyeon estava em silêncio, observando Gang-Tae deixá-lo ali, desesperado como se tivesse uma bomba relógio sobre os braços.

— O jatinho estará no heliporto daqui a três dias e uma noite, as quatorze e trinta, não se atrase! — adentrou no veículo dando partida. Mas Hyeon se aproxima da janela.

— Por que está me ajudando? — olhou para Gang-Tae desconfiado daquilo ser uma emboscada.

— Porque me convém! — fechou o vidro acelerando o carro.

Deu marcha à ré, forçando Hyeon a se retirar.

Deu marcha à ré, forçando Hyeon a se retirar

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𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora