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Ji-Hye está sentada a frente da jovem mulher de cabelos claros, duas xícaras de café e uma arma apontada para a mais nova que sem alternativa contaria seus objetivos.

— Agora pode falar o que quer com Hyeon, Mei-Hui! — bebericando do café, cruza as pernas cobertas pelo tecido fino e preto da meia-calça.

— Então o verdadeiro nome dele é Hyeon. — suspirou observando o movimento a trinta metros abaixo de seus pés.

— O que quer com meu namorado? Não que eu seja uma mulher ciumenta, mas sou curiosa. — deu um sorriso forçado.

— Me mata logo, se ele é seu namorado, obviamente vai contar para ele. — juntou as mãos ao joelho, impaciente.

— Conta logo! O que quer dele, dinheiro?

— Até parece! — revira os olhos cruzando os braços — Ele me deve, não tenho mais nada pra te dizer.

— Então se trata de uma vingança? É tão jovem, vai acabar decapitada aos vinte e cinco. — termina seu café deixando a xícara sobre o pires.

— Não sabe nada sobre mim, ainda que soubesse não entenderia. Atira logo na minha cabeça e some com meu corpo, não foi isso que prometeu fazer comigo?

— Acha que eu não entendo o que? — fitou o rosto jovial e triste. — Mais cedo cheguei a sentir uma energia diabólica emanando de ti, mas agora, parece uma gatinha assustada!

— Aquele desgraçado matou minha mãe, acorrentou meu pai a um carro, e atravessou Seul arrastando o corpo dele, como se fosse um boneco, um saco de lixo! — ódio, era o que sentia. — Quando chegar perto de sentir o que eu senti talvez possa entender.

Ji-Hye deu uma risada dolorosa, descruzou as pernas se levantando em seguida.

— Tem razão. Eu não faço ideia de como é passar por isso! — sorriu para a jovem.

— E então? — continua de braços cruzados.

— Eu também tenho pendências com ele, quer vingar seus pais, então vou oferecer o mesmo que me ofereceram; trabalhe pra mim, e poderá se vingar.

— Como assim, trabalhar pra você?

— É simples. Você vai ser meu instrumento para resolver minhas pendências, e ao mesmo tempo, poderá se vingar! Até um acéfalo entenderia. — estendeu a mão.

"Agora eu te entendo Woozie, isso é tão satisfatório..." o sorriso cresceu nos seus lábios.

— Mas ele não é seu namorado? — se aproxima de Ji-Hye.

— Eu menti. Pode aceitar, ou recusar, mas já advirto que se escolher a segunda opção vou ter que te matar! — pegou a magnum.

— Tudo bem. O que eu tenho que fazer? — revira os olhos apertando sua mão.

— Não tem mais nada para me contar? — guardou a arma na bolsa.

— Não. Isso é tudo!

— Ótimo! Pode me chamar de Irinna. Vou entrar em contato quando tiver uma ideia de como começar esse seu acerto de contas. — pega o celular dando-lhe — Anota seu número aí. Pro seu bem, não o anote errado.

— Por que tá me ajudando? — anota e o devolve.

— Não estou te ajudando. Estou te usando, me é conveniente, só isso! Não pense que eu me importo com o que está sofrendo, que tenho solidariedade por sua dor, e que seremos amiguinhas, porque não vamos. — guarda o celular de volta na bolsa.

— Claro... — encara os sapatos da mais velha.

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𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora