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Hyeon ainda dormia quando Ji-Hye se levantou, retirou a camisa do mais velho deixando a mesma dobrada em cima do divã, pega peça por peça das quais se vestira na noite anterior, se dirige a sala recuperando os saltos e kimono.

Havia abundância de silêncio, dentro e fora daquele lugar. Fechou com cuidado a porta do apartamento, dando de cara com a mesma mulher da noite anterior.

— Ainda procurando por William? — disfarçou o terror que sentia exalar daquele corpo de um um metro e setenta.

— Estava esperando por você. Presumindo que mora aqui, resolvi esperá-la. — continua parada como um robô.

— O que quer comigo? — sentiu o cheiro desagradável de confusão que aquela mulher emitia, sentiu como se alma fosse ao inferno por alguns segundos.

— Uma oportunidade. — sorriu retirando os óculos. — Soube que é importante no cassino, quero um emprego, só isso.

— Entende de casa de apostas? — Ji-Hye sabia que a intenção daquela mulher não era um emprego, mas decidiu não se alarmar.

— Certa vez visitei Mônaco e me apaixonei por jogatina. — se aproximou de Ji-Hye.

— Não está apta para trabalhar em um cassino, o princípio para ser um funcionário do ramo é odiar jogos de azar. — passa pela mulher que lamenta internamente o vacilo.

— Então por que estava jogando com o promotor Min-Ho? — acompanha até o elevador.

— Ele é um cliente fiel da casa, eu apenas acompanhei um amigo. Se olhar para si mesma por dois segundos, verá que o seu perfil não condiz com o que está querendo que eu acredite.

— Como assim? — fez-se de boba.

Adentram no elevador.

— Quem pede emprego com um relicário de um milhão de wons no pescoço? Basta vendê-lo e terá o suficiente para não ter de seguir alguém para conseguir trabalho num cassino.

— Era do meu pai. — apertou dentre os dedos com dor.

— Não quero voltar a vê-la nesse residencial. — dissera para a garota antes de sair novamente do elevador.

— Mas — não pudera terminar de falar, Ji-Hye saiu de sua presença.

A mulher anda até seu apartamento, observou folhas de crisântemos brancas soltas pelo chão, estranhou por alguns segundos, deu de ombros quando percebe a porta entreaberta, deveria prosseguir?

Respirou fundo e entrou fazendo o mínimo possível de barulho.

— Você tá bem? — Gang-Tae apareceu por trás da porta, verificando os braços e rosto da mais nova.

— Ai que susto filha da puta. — esbravejou levando a mão ao peito, sentindo seu coração acelerar.

— Que bom que tá bem. — a abraçou rapidamente — Nós precisamos sair desse prédio.

— Calma aí, eu tô inteira — dera dois tapas leves em suas costas sendo solta.
— Me assustou, primeiro uma mulher esquisita, depois você aparece igual a um doido por trás.

Caminhou desanimada pelo corredor até a cozinha, escutando o estômago roncar de fome.

— O que te deixou tão desesperado, aquele cara voltou a te ligar? — se serviu com cereais.

— Nada. Foi só uma curiosidade — se escorou na quina da porta que separa a sala de jantar da cozinha.

Gang-Tae não pretendia contar o que encontrou na porta do apartamento da mais nova. Era um aviso claro de que o tempo estava acabando, e a conhecendo bem, Ji-Hye entraria em alerta.

𝐑𝐄𝐃 𝐕𝐄𝐋𝐕𝐄𝐓 (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora