7 Chacras

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Draco

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Draco

Devo ter desmaiado, mas só por um instante, pois quando abro os olhos novamente Gina ainda está em cima de mim, o rosto e as mãos salpicados de sangue, sussurrando palavras com sua voz doce, tentando me convencer a entregar os pontos de uma vez por todas, a aceitar a morte e acabar logo com isso.

A proposta até que não era de todo ruim alguns minutos atrás, mas agora, não. A cachorra matou minha familia e vai ter de pagar pelo que fez.

Fecho os olhos, determinado a voltar àquele mesmo lugar de felicidade: nós todos no carro, rindo, felizes, tomados de amor. A imagem logo me vem à cabeça, muito mais nitida do que antes, sem a interferência da culpa.

E assim que recupero minhas forças dou um vigoroso empurrão em Gina, arremessando-a para o outro lado da cozinha. Observo-a bater de costas contra a parede, os braços estatelados num ângulo bizarro, e escorregar para o chão.

Fica ali por alguns segundos, olhando estupefata para mim, depois fica de pé, limpa a sujeira da roupa e dá uma risada antes de se arremessar outra vez. Mas assim que me alcança dou outro empurrão, e mal acredito em meus próprios olhos quando a vejo alçando voo, atravessando a porta da cozinha e batendo contra a vidraça das portas do escritório, provocando uma explosão de cacos por todos os lados.

__Se você queria uma "cena do crime" __diz, retirando estilhaços do rosto, dos braços e das pernas, os cortes sumindo logo a seguir__, ficou ótimo! Mal posso esperar para ler as manchetes nos jornais de amanhã! __E de um segundo a outro, já sem qualquer arranhão no corpo, abre um sorriso e avança em minha direção, determinada a dar cabo de sua missão. __Você não pode contra mim, Draco __ela sussurra. __Aliás, essa sua patética demonstração de força está começando a me irritar. Francamente, garoto, que espécie de anfitrião é você? É assim que costuma receber seus convidados? Agora entendo por que não tem nenhum amigo.

Desvencilho-me dela, disposto a arremessá-la contra todas as vidraças da casa se preciso for. No entanto, mal completo o pensamento quando sou invadido por uma dor de tal modo lancinante que me deixa paralisado, sem forças para fazer outra coisa senão observar Gina voltando em minha direção com um sorriso malicioso estampado no rosto.

__O velho truque da cabeça no torno de garras serradas __ela diz e dá uma gargalhada. __É infalível! Mas, justiça seja feita, Draco, eu avisei. Foi você que não quis me dar ouvidos. Por outro lado, a escolha ainda é sua. Posso apertar o torno um pouquinho mais.... __Ela estreita os olhos quando me dobro em dois e vou ao chão, enquanto meu estômago se embrulha de náusea. __Ou você pode... jogar a toalha e acabar logo com esta agonia. É você quem decide. Simples assim.

Tento manter o foco ao perceber que ela se aproxima, mas a visão está embaralhada, sem falar em meus braços e pernas, que estão moles e fracas feito borracha, e ela é muito rápida para que eu possa lidar com isso. Então fecho os olhos e penso: Não vou deixá-la sair vitoriosa. Não vou entregar os pontos desta vez. Não depois do que ela fez à minha familia.

Para sempre (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora