読み方を学ぶ

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Eu pesquisei na internet sobre a escrita japonesa. Se alguém que entende ver algum erro, me desculpe. A internet me explicou errado. A autora não teve culpa. Mas pelo menos ela se esforçou de mostrar de forma respeitosa a escrita japonesa. E eu poderia ficar escrevendo o né japonês toda hora, mas ficaria enjoativo de ler.

    Fiquei onde a lady Samanun mandou e da forma que ela mandou até a hora em que ela vai jantar. Depois, vou para casa pensando que eu gosto bastante de ficar perto dela. Me faz sentir muito feliz. Um tipo de felicidade nova que eu jamais tive ou pensei em possuir em toda minha vida.
    Mas devo admitir que não entendi a atitude de hoje. Ela é uma dama, parece uma princesa. Por isso, eu a chamo de lady. Ouvi as senhoras dizendo que, na Inglaterra, se chamam as donzelas de lady's. Então, não sei porque ela quis que eu ficasse ali. Eu sou uma camponesa e as damas não gostam que a gente fique por perto. Talvez ela só tenha se sentido sozinha e quis minha companhia porque o marido foi para a guerra. Mais vale a companhia de uma empregada do que ficar sozinha, né?
    Chego em casa e minha mãe está preparando macarronada com molho de tomate. Esse mês deu para comprar todos os ingredientes necessários. Nem sempre temos dinheiro suficiente para comprar tudo isso. No máximo, comemos uma polenta com arroz e feijão, sem molho e sem carne. Tem dias que só comemos arroz e feijão. Tem dias que minha mãe consegue roubar um ovo e nós dividimos. Essa é a minha realidade e eu já estou acostumada com ela.
    Comemos o macarrão com molho de tomate com aquela alegria de quem estava com muita saudade de provar macarronada. Minha mãe vai contando para nós sobre a alegria de viver no sul da Itália. Só que o sul da Itália é muito pobre. Mamma sempre diz que lá é pior do que aqui. Diz que aqui tem mais oportunidades. Fico pensando sobre como deve ser lá. Penso se, talvez, um dia, eu consiga ir lá. Acho impossível, mas eu posso sonhar.
   — Kornkamon, o filho de Myoga me pediu sua mão e eu concedi. — Meu pai fala naquele jeito dele e eu fico chocada porque eu não quero me casar.
   — Otou—san... — Falo a palavra pai em japonês porque ele gosta de ser chamado assim, mas ele me olha naquele olhar, fazendo eu me calar e abaixar a cabeça na hora.
    — Chin é um bom homem. Vai saber como cuidar de você, minha filha. — Mamma tenta ver o lado bom como sempre, só que eu não vejo lado bom nisso.
    — O casamento vai acontecer quando? — Meu irmão fica interessado.
    — Logo. — Meu pai apenas diz isso e eu fico calada.
    Vou para o quarto e me deito na minha cama, olhando para o teto e me sentindo muito triste. Abraço meu travesseiro e penso em Sam... Samanun... Ou melhor, senhora Samanun! Lady Samanun!
    Ela é uma jovem, mas como é casada deve ser chamada de senhora. Eu acho que deve... Nao sei como definir a forma de chamar. Penso que... Não sei... Senhorita sou eu que sou solteira. Ou era! Agora, eu tenho um noivo! Um noivo! Que Madonna mia me proteja!

                                                                                    =/=

    Estou limpando o chão da casa dos senhores. Passo o pano pelo chão com eficiência porque a senhora Yha gosta assim. Eu não quero que ela me castigue e nem grite comigo. Só que está difícil me concentrar. Mas eu preciso me concentrar muito.
    Meu pai avisou que Chin vai me ver hoje à noite após o trabalho. Vamos nos sentar na sala. Chin é mais velho que eu. Trabalha no campo. Mal conheço ele, apesar de meu pai ter convivência com o pai dele. Acho que meu pai e o pai dele devem ter feito aqueles tratos de casamento que tanto falam. Ele diz sempre como eu estou ficando velha e devo me casar. E quando a filha fica solteira muito tempo é algo muito feio. Eu já deveria estar casada, pelos costumes.
    — Venha, Mon... — Senhora Samanun para próximo à mim e me chama.
   — Já vou, senhora. Só terminarei... — Tento dizer...
   — Deixe para a outra. Já deu sua hora, venha! — Ela sai andando para fora e eu fico num impasse, mas se deu a hora, devo obedecer.
    Corro até a outra moça que está limpando a casa, depois de minha ausência devido às aulas que tenho que dar para a lady Samanun. Peço para ela continuar meu serviço. Ela me olha de uma forma como se me visse como uma mulher vagabunda e aproveitadora. Mas eu não vou falar o que ela merece ouvir. Apenas vou atrás da lady Samanun.
    Me encontro com ela embaixo da jabuticabeira como sempre. Ela está sentada em seu pano e segura um livro nas mãos. O segura de forma delicada, em uma pose muito concentrada. Parece uma pintura linda e perfeita. Se eu fosse pintora, pintaria um quadro e o guardaria para sempre.
   — Desculpe a demora, senhora. — Me apresso a pedir desculpas.
   — Sente-se. — Ela me olha calmamente e eu obedeço. — Hoje, você vai ficar comigo até o fim da noite. Tenho medo de ficar sozinha à noite. Kirk está longe...
   — Sim, senhora. — Não posso negar uma ordem, mesmo sabendo que não poderei ver Chin como meu pai espera de mim. Acho que ele vai ter que entender.
   — Vamos começar com nossa aula, hoje. Tudo bem? — Ela me olha e eu posso ver o brilho intenso em seus olhos, o que me deixa com o coração batendo mais forte. Mas eu não sei se é coisa da minha cabeça ou não.
   — Sim, senhora. — Procuro afastar isso da minha mente, pois não é normal. Ela é uma senhora casada e nem deve saber dessas coisas. E se souber, deve achar depravação.

Illicit Affairs (REPOSTAGEM REVISADA E MELHORADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora