Gente, cem dias é três meses e uns dias, né? É quando aqui também começamos a dar a papinha. Olhem a diferença da papinha do brasileiro para a papinha do japonês. Mas eles devem saber o que fazem, já que são o povo que mais vive no mundo. Eles comem muito bem, né? Das coisas que eu pesquisei para essa fic essa foi a que mais me pegou. Eu fiquei sem acreditar. E aqui as mentiras sobre o Japão feitas pelos Shindo Renmei estão cada vez mais mentirosas, o Japão está levando uma surra, mas eles mantém que está vencendo. Isso aconteceu mesmo. O evento descrito aconteceu no dia 13/06. Os outros aconteceram também. Para esse eu usei en.wikipedia.org japaoemfoco.com yjc.tokyo eu gosto desse yjc.tokyo porque a moça é japonesa e ela conta a experiência dela e fala da tradição. Eu confio mais nela por ser uma japonesa. Ela colocou as fotos do dia que ela fez para a bebê dela e o pai e a mãe dela fizeram a tradição.
Estamos em junho de mil novecentos e quarenta e cinco. Chegou o dia do okuizome do Taiyō. No do Sora, eu não vou ter condições de trazer tudo, mas Chin e eu faremos o possível para darmos o melhor para nosso bebê na primeira papinha. A primeira papinha é muito importante e sempre acontece no dia do centésimo dia do bebê. Quando ele faz cem dias, nós devemos dar a primeira papinha.
O senhor Hamada trata o neto como uma bênção divina e mandou trazer os ingredientes para que o neto tivesse o melhor okuizome do mundo. Jim preparou tudo conforme manda a tradição. A senhora Yha está tão mal humorada que é capaz de lançar uma maldição no bebê. A bebê dela não teve a mesma consideração do senhor Hamada. Parece que Taiyō é filho do senhor Hamada e não a filha recém nascida.
Isso é triste se olharmos que a menina vai crescer sem o amor do pai. Mas é o homem que deve ser o mais mimado. Ele é o mais importante. Ele leva o nome da família para frente, cuida das coisas da família quando cresce. E isso só o neto vai dar para o senhor Hamada. Ele não tem mais o filho. Só sobrou o neto.
Então, Jim traz as comidas para a primeira papinha do menino dos olhos do senhor Hamada. Ele sorri, feliz, em excitação, ao ver que está tudo conforme ele pediu. Nunca vi o senhor Hamada tão orgulhoso e feliz. Sorri muito e olha para o menino como se ele fosse algo grandioso. E é... Para ele, é.
Ele se senta na mesa e fica olhando para o menino com todo o orgulho do mundo. Sam segura o bebê em seus braços e parece ser a esposa do senhor Hamada, não a senhora Yha. Não que ele faça algo com ela, ele não faz. É só pela imagem de família que se vê.
Há um respeito enorme do homem para com a esposa do falecido filho. Você nota como ele a vê como a nora que deu o filho de volta para ele. Ele amava muito o filho. Só estou dizendo que ele a trata melhor que a própria esposa com a filha recém nascida. O que faz aparentar que Sam é sua esposa e o neto é seu filho. Mas o neto é como o filho que o senhor Hamada perdeu na guerra.
Tantos pais enterraram seus filhos, tantos pais nunca mais verão os restos mortais dos filhos. A honra de morrer pelo Japão é eterna, mas a dor também é. E o filho de quem morreu permanece para honrar seu nome. E é isso o que eu vejo nessa mesa. A mistura disso tudo. E o que Sam e eu temos não retira que essa é a família dela. O bebê merece o amor do avô, pois não terá o pai para poder amar.
A refeição é no estilo uma sopa e três pratos. Tem a sopa e mais três pratos. Tem o osekihan, que é o arroz com feijão vermelho, e o peixe inteiro grelhado, como o pargo. O pargo é um peixe que é comido no Japão. Como eu disse, o senhor Hamada mandou trazer coisas da cultura do Japão. Pagou o que foi preciso. E tem a sopa, é claro. Tem o nimono, que é comida cozida e picles. Tudo isso vai ser comido com hashis, que são os pauzinhos de comer, comemorativos feitos de salgueiro.
Seguindo a tradição, o homem mais velho entre os avós ou parentes deseja uma longa vida para o bebê e finge alimentar ele. Ele segue a ordem de fingir que alimenta o bebê colocando perto da boquinha o arroz, depois a sopa, depois o arroz, depois o peixe, depois o arroz e depois a sopa. O senhor Hamada precisa repetir isso três vezes e ele se diverte muito fazendo o ritual. Até gargalha, brincando com o bebê. É até bonito de se ver.
Após isso, o senhor Hamada segue a tradição e toca os pauzinhos na pedra, que pode ser qualquer pedra, mas tem que ser uma pedra. A pedra deve ser pega no santuário ou na beira-mar. Essa pedra foi encontrada no santuário em São Paulo. Depois, ele esfrega as pontas dos pauzinhos na gengiva de Taiyō.
Geralmente, os parentes maternos presenteiam o bebê para a hora do ritual com um conjunto de jantar lacado com o emblema da família do pai do bebê. Como Sam está aqui, os parentes dela enviaram do Japão o que foi preciso. Pelo menos, o pai dela enviou para o senhor Hamada. Ela não tem mais contato com eles porque a guerra está muito difícil. E, até por isso, chegou em cima da hora.
Otou-san e mamma não terão condições de dar algo assim no dia de Sora, mas acho que os deuses vão entender. Mas seria muito bonito ele receber algo assim. Ficaria tão bonito e mamma amaria dar, mesmo não sendo algo que ela foi criada para entender. Ela veria e pensaria que é lindo.
O senhor Hamada fica muito feliz ao ver o neto comer como manda a tradição. Juro por Deus. Nunca vi esse homem tão feliz na vida antes. É como dizem, o neto homem é a menina dos olhos dos avós. Isso em qualquer lugar do mundo, eu acho. Mas no Japão é mais.
O senhor Hamada era tão sério e agora não pode ver Taiyō que está brincando com o bebê e sorrindo. Sam fica feliz com isso. Eu vejo que ela gosta. Eu também gosto quando os avós, pais do Chin, vêem o meu menino e também ficam felizes. Meu pai também sorri. Mas vai sorrir mais se o bebê de Nop for um menino. Ele vai levar o sobrenome e a honra para frente. Meu filho vai levar a honra da família de Chin. A honra, só quem leva é o filho homem, o neto homem.
Olho tudo e acho bonito, mas fico triste pela bebê que nasceu e só vive nos braços de Mhee. Ela não teve sorte por nascer nessa família. Nunca vai ser tratada como as irmãs mais velhas são. E o sobrinho sempre será o homem da casa.
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Illicit Affairs (REPOSTAGEM REVISADA E MELHORADA)
FanfictionApenas mais uma fic Monsam com nome de música da Taylor Swift. Mas essa aqui é de um caso ilícito. Aqui tem menção á história de verdade. Quem quiser aprender um pouco sobre cultura japonesa, história do Brasil, Japão e da 2 Grane Guerra, esteja à v...