Se vocês soubessem o tanto de pesquisa que eu faço cairiam de costas. Os livros ditos abaixo existem, a história é real e pode-se comprar eles, pois foram traduzidos para o português.
Olho para o rosto pálido de lady pálida que ela tem no momento. A forma que ela respira. Penso sobre como devo me comportar quanto a isso. Um bebê é uma dádiva. Isso não há dúvidas. Eu amaria ser mãe. Cuidar do serzinho pequenininho que estaria nos meus braços todos os dias. Mas a verdade é que eu gostaria que o filho de Sam fosse meu e não do senhor Kirk.
— Sam, que bom! Que notícia boa, né? — Forço um sorriso, sabendo que deveria estar feliz em saber que uma mulher está grávida de seu marido porque isso é o natural das coisas, mas não consigo me sentir assim com essa notícia.
— Eu já suspeito disso já tem uns dias. — Ela suspira de forma serena.
— E não contou para o senhor Kirk antes dele partir? — Fico sem entender, pois seria a maior alegria de um homem saber que vai ser pai.
— Eu não tinha certeza, né? — Ela está falando tão calmamente que não sei o motivo, mas sinto que ela mente o motivo de verdade.
— Mulheres sempre sabem, Sam. — Olho para ela com atenção.
— Nem todas. — Ela parece encerrar o assunto e deixo pra lá, não é da minha conta o que o casal de patrões faz.
— Está melhor? Não quer que eu busque algo? — Olho para ela com atenção e vejo a cor começar a voltar ao seu rosto.
— Estou melhor, obrigada. Não preciso de mais nada. Podemos começar a estudar, agora, né? — Ela pega o livro e coloca o copo em cima do criado.
— Tem certeza de que está bem? Não quer mais água? Não quer comer algo? — Continuo preocupada, pois se ela estiver grávida, os cuidados devem ser redobrados porque agora ela é uma mulher grávida.
— Eu estou bem. Fique tranquila. — Ela está séria e eu fico sem graça porque parece que ela ficou brava com minha preocupação.
— Tudo bem, Sam. Então, podemos estudar. — Sorrio para mostrar que está tudo bem.
— Muito bem, pegue o livro para mim. Aquele que está ali acima. — Ela aponta para o livro que está na cômoda e eu o pego.
Estudamos durante uma hora, até o ponto em que ouvimos o galo cantar lá ao longe e vários galos cantam juntos. Imagino que seja umas três da tarde. Ela costuma comer às quatro da tarde. Só que acho que, estando grávida, ela deveria comer por dois. Então, quando ela me mandar trazer o café, vou trazer umas frutas junto para ela comer. Tem um bebezinho dentro da barriguinha agora. O bebê é precioso e deve ser cuidado desde o ventre da mulher. Vou pedir para Jim ir panhar umas mexericas, laranjas... Não, vou pedir frutas.
A próxima hora se passa a passos lentos. É complicado... Estou preocupada demais para me concentrar. Só consigo pensar que ela precisa se alimentar. Ela passou mal e eu sei que ela precisa se alimentar mais. Agora, tem um bebezinho ali dentro e ele sente fome. Talvez seja isso que fez ela ter tonturas. Foi o bebê que pediu comida. O bebê está chorando lá dentro de tanto sentir fome, mas eu não posso mandar ela comer. Ela é minha patroa.
Não sei... Eu penso nas possibilidades do que posso fazer. E chego a uma conclusão... O que eu posso fazer é trazer a comida e tentar fazer ela comer de um jeito respeitoso e não invasivo. Eu não posso mandar ela comer. Dar ordens para ela comer, mas eu posso oferecer. Entendeu?
— Pode ir buscar o café para mim, Mon? Gostaria que me trouxesse bolo de laranja ou de aipim. Café com leite, por favor. Traga café puro, também. Eu agradeço. — Ela diz e eu saio andando do quarto.
Vou andando pela casa e passo por senhora Yha. Ela me olha de cima embaixo com uma cara de nojo, o que me faz ficar muito sem graça e abaixar a cabeça. Sinto como se estivesse no lugar errado e vestindo a roupa errada. É muito estranho!
Ela segue o caminho que estava indo, mas não diz nada. Eu vou até à cozinha e Jim me olha com os olhos arregalados. Isso também não ajuda. Eu estou vestindo as roupas japonesas da senhora. Não me visto mais como roupas de empregada do Brasil.
— Que roupa é essa? — Ela parece não acreditar, mas eu também não acredito.
— Senhora Samanun me deu essa roupa porque a minha fede. — Invento para que não pareça que eu estou recebendo um tratamento diferente da patroa, o que magoaria a Jim.
— Você parece uma dama! — Ela me olha como se me achasse linda, me deixando muito sem graça e tímida.
— É só uma roupa... — Fico tão tímida que meu rosto queima, mas acho que gosto do elogio.
— Está parecendo ser a senhora daqui. Né? — Ela cochicha com medo da senhora Yha ouvir e vir até aqui bater nela.
— São seus olhos, Jim... Mas a Senhora Samanun pediu que levasse bolo para o quarto. Tem de aipim ou de laranja? — Pergunto.
— Tem dos dois. — Ela pega a bandeja e coloca os bolos.
— E café... Duas xícaras. Uma com leite junto e uma sem. — Falo sobre isso também.
— Pronto. — Ela coloca em cima da bandeja.
— Tem frutas? — Eu pergunto com interesse.
— Sim, tem umas mexericas ali que sua mãe trouxe para cá, hoje cedo. — Ela aponta para o cesto cheio de mexericas muito bonitas e grandes.
— Obrigada, Jim. — Vou e pego umas três, já que Sam vai comer o bolo e não vai aguentar chupar muitas mexericas.
Vou para o quarto equilibrando as coisas. O que não é tão difícil, já que estou acostumada a fazer isso e não é uma coisa tão difícil assim de fazer. Passei minha vida toda fazendo isso. É algo que se tornou natural.
Passo pela senhora Yha, outra vez, e ela estreita os olhos com a quantidade de coisas que carrego em minha bandeja. O que me faz pensar que ela desconfia de alguma coisa. O que me dá um certo medo de acontecer algo ruim. Só que não tem nada de mais. Eu só estou levando o café para o quarto de uma mulher que está passando mal. Né?
Chego ao quarto e vejo Sam sentada na cama em sua pose de lady. Está bem ereta. O rosto está bem calmo e tranquilo. As mãos estão no colo. Até que ela me olha e me faz sentir que meu coração está explodindo porque ela reluz. Parece que brilha. Até mesmo os olhos brilham. São tão lindos! Mas eu não posso ficar assim. É loucura!
— Trouxe os dois bolos, pois você me disse que deveriam ser os dois. Você pode experimentar os dois. O mesmo digo sobre o café. — Ofereço depois de entrar no quarto e colocar a bandeja em cima da cômoda.
— Só quero um. Me dê o de laranja, por favor. — Ela estende a mão e eu coloco os dois pedaços em cima do prato, depois entrego para ela. — Só quero um, Mon.
— Você precisa alimentar seu bebezinho. Tem que comer por dois. Então, um pedaço vai para cada. — Ela está séria, mas também fico séria.
— Ele está alimentado. — Ela continua com o prato estendido para eu pegar o outro bolo.
— Se estivesse, você não passaria mal. O bebezinho está pedindo alimento. — Fico mais séria ainda.
— Pegue o bolo e coma, por favor. — Ela fala calmamente.
— Não, Sam. É do bebê. — Eu me esqueço que ela é minha patroa.
— Tudo bem. — Ela revira os olhos e corta um pedaço do bolo de aipim, comendo em seguida.
— Não faz essa cara. O bebezinho vai ficar feliz e não vai te fazer se sentir mal. — Eu sorrio para ela.
— Só você pra me fazer obedecer, assim. — Ela corta o pedaço do bolo de laranja e come também, fazendo uma cara de brava.
— Eu sou sua amiga e quero seu bem. Por isso está comendo. Você sabe que me importo. — Sorrio para ela, já que sei das coisas.
— É, amiga... — Ela suspira e bebe o resto do leite com café.
— Aqui, já tirei a casca. Come umas mexericas. O bebezinho vai ficar feliz. — Entrego para ela.
— Já estou cheia, come você. — Ela faz bico.
— Não negue as frutas, Sam. Você disse que ia cuidar de mim como eu cuido de você. Eu estou cuidando de você e do seu bebê. Ele precisa de frutas. — Dou a mexerica descascada na mão dela, olhando para ela bem séria e ela suspira, pegando a mexerica.
— Tenho algo a peeguntar... Semana que vem, as irmãs de Kirk estarão de volta nas férias do meio do ano brasileiras. Como elas tratam você? — Ela me olha séria.
— Elas me tratam bem. — Eu sorrio forçado.
— Não minta para mim, Mon. Eu sou sua amiga. Você pode confiar em mim. Mne diga, por favor... Como você é tratada por elas? — Ela continua séria, mas come a mexerica.
— Quando eu comecei a trabalhar aqui, elas gostavam de jogar as bonecas longe e me mandavam buscar. Depois, ficavam rindo de mim porque minha boneca era boneca de milho ou boneca feita de roupa velha. Aí elas foram para a escola, o que me ajudou bastante. Elas ficam pouco tempo aqui. Mas quando ficam por aqui, elas gostam de me tratar de forma rude. Ficam me mandando fazer coisas e depois falam que não precisam mais, assim que eu já estou terminando. E me mandam fazer outras coisas logo em seguida. Tudo para dizerem outra vez que não precisam mais. É um ciclo. Essas coisas... — Dou de ombros, mas me sinto bem incomodada de falar sobre isso com Sam.
— Elas não vão mais fazer isso com você. Eu não vou deixar. — Ela morde outra mexerica e cospe a semente na mão, colocando no prato com delicadeza.
— Não precisa fazer isso. É meu trabalho. Eu nem deveria ter dito... — Eu balanço as mãos, mostrando que está tudo bem.
— Seu trabalho, agora, é cuidar de mim, Mon. Não é mais de obedecer às ordens delas, né? — Ela fala de uma forma que me faz calar eu me na hora.
— Sim, senhora. — Abaixo a cabeça.
— Não faça isso, Mon! Você não é minha serva. Nem minha e nem delas. Eu já disse que somos amigas. — Ela parece estar irritada, o que me deixa mais...
— Eu sou a empregada, Sam. — Eu dou de ombros porque é a verdade, eu sou só a empregada.
— Pra mim, você não é só uma empregada. — Ela olha bem nos meus olhos e eu não entendo o que ela parece sentir porque parte de mim quer pensar que ela sente o mesmo que eu, mas é loucura.
— Não sou? — Eu tento entender.
— Você é minha amiga, né? E coma a parte do seu bolo. Não tocou nele até agora. Seu café vai esfriar. — Ela aponta o bolo e o café.
— Sim, vou coner... — Começo a comer o bolo e bebo o café que já está ficando morno e coloco a xícara em cima da bandeja quando termino.
— Venha, sente-se aqui comigo. — Ela pega um dos livros que estão no criado, enquanto eu me sento onde ela manda, que é bem ao lado dela. — Vou te contar uma história. Tá vendo esse livro? Se chama Makura No Sōshi.
Escuto ela falar o nome em japonês e já vem na minha cabeça o que seria o nome em portigue, O Livro Do Travesseiro. Acho legal o nome.
— Ele foi escrito pela escritora Sei Shōnagon lá pelos anos do que aqui se diz que é mil depois de Cristo. Mas ele tem mais de novecentos anos. Ela era a dama de companhia da Imperatriz Teishi, que também era chamada de Princesa Sadako. Eu gosto muito de ler o livro dela, pois mostra como era o Japão naquela época. E não importa por onde você queira começar a ler, qualquer parte é boa e importante. Ela escreveu o livro em zuihitsu, que é uma forma de escrita japonesa em que a pessoa escreve o cotidiano e não escreve em ordem cronológica. Ou seja, ela escreve o que acontece no dia a dia, mas fora de ordem. Por isso, eu disse que pode-se ler de qualquer ponto porque não vai mudar nada na leitura. Estou te falando isso porque você se vê como uma simples empregada. Sei Shōnagon, em tese, também era só uma empregada, sendo apenas a acompanhante da imperatriz do Japão. Mas o livro que ela escreveu tem muita importância até os dias de hoje. E ela não era uma imperatriz, ela era apenas uma acompanhante. Um dia, você saberá escrever e vai contar nossa história. Você não é só uma empregada. Você é tão importante quanto as flores da sakura desabrochando em todos os anos, Mon.
— Que bonita, essa história! — Eu fico tão feliz pelas palavras dela que meu coração fica até quentinho.
— Vou te contar mais uma história... E agora é sobre esse livro aqui. Na mesma época da Sei, havia uma cortesã chamada Murasaki Shikibu. Ela fazia parte da corte japonesa e escreveu o livro Genji Monogatari... — O Romance de Genji, em português. — Em que ela escreve sobre como foi aquela época. Esse é considerado o livro de romance mais antigo do mundo. E ela escreveu sobre como foi a época em que o budismo saiu da China e foi para o Japão, além de que foi uma época muito rica. Também mostra que foi nessa época que nasceu a aristocracia. O mais interessante é que os livros da época foram escritos por duas mulheres e não por homens. Uma escreveu no ano de mil e dois e a outra no ano de mil e oito. Por isso, eu gosto tanto deles. Mostram que as mulheres também têm seu valor. Logo você estará lendo os dois.
Ela sorri para mim de uma forma que me deixa tão feliz e tão tocada. É como se ela estivesse mostrando que eu tenho importância, mesmo sendo uma empregada. E isso me deixa muito feliz. Muito, mesmo!
— Amei saber sobre essa história também e quero aprender a ler logo para ler os dois. — Fico muito animada.
— Logo você estará. E escreva sobre nós um dia, assim como elas escreveram sobre pessoas. — Ela continua a sorrir.
— Por que eu? Por que não você? — Fico confusa. — A senhora é melhor do que eu em escrever. Sabe há mais tempo.
— Porque eu vou querer ler o que você escrever. — Ela me olha bem nos olhos e eu fico tímida.
— E se ficar ruim? — Fico meio assim porque não sei se tenho talento pra escrever.
— Vai ficar ótimo porque você escreveu, né? Eu vou amar ler. — Ela continua a me olhar e eu fico mais tímida ainda.
— Coma essas mexericas que sobraram. O bebê já está satisfeito. — Ela me entrega as outras duas. — Logo você vai se casar também, né?
— Sim... — Eu suspiro.
— Quando você se casar e tiver seus filhos, nossos filhos vão brincar juntos. Poderão ser até irmãos, né?. Vamos ser uma família grande, você vai ver. — Eu olho para ela pensando que eu queria me casar com ela, enquanto ela sorri de uma forma que eu não sei definir.Fato histórico... Gente, eu sei que é bonitinho falar na internet que a URSS derrotou sozinha o nazismo porque querem falar que não foi os EUA, mas... Vamos pegar a história como um fato? Hiter tinha dominado a Europa. Faltava só a Inglaterra assim no preto no branco, só faltava ela. A França tava aos pedaços, a Itália idem. O Japão tinha dominado o oriente e a Oceania. A Inglaterra se mantinha em pé porque os aviões da Alemanha não estavam conseguindo muita coisa. Se Hitler fosse esperto mesmo e não tivesse o ego do tamanho de um Everest, ele pegaria aqueles soldados que ele mandou para a URSS e mandaria para a Inglaterra. Acabava ali a guerra. Aí ele poderia se voltar para a URSS. Não, ele quis a URSS também, mesmo o Stalin tendo feito um tratado com ele de não agressão. Então, ele achou que era questão de tempo pegar a Inglaterra e marchou para a URSS. Agora eu vou falar algo que vai ter gente que vai ficar brava, mas tá lá nos livros, é só ler que vai achar. A Alemanha começou dando um pau nos soviéticos. Chegou bem perto mesmo de conquistar lá. Só que chegou o inverno e Hitler, sendo uma mula de ego inflado pensou que conquistaria a URSS que é simplesmente o maior país do mundo em pouco tempo. E não mandou soldados preparados para o inverno. Foi quando a URSS começou a usar uma estratégia de destruir tudo que estava no caminho para que os alemães não tivessem alimentos. Os alemães não tinham roupa de frio e nem alimento e foram morrendo definhando. Ou seja... Né? Além de que se os EUA não tivessem ajudado com soldados descansados, não teriam vencido. Foi uma união de fatores que fez Hitler perder. Não foi os EUA sozinho e MUITO MENOS a URSS sozinha. Vamos estudar história, gente. O livro tá ali. Tem vários grátis na internet. Só aconselho a não estudar por esses sites de educação do Brasil, pois eles fazem um resumo mínimo sem detalhes. Melhor mesmo é estudar nos de fora daqui. Tem uns que têm até a ordem cronológica da guerra passo a passo. Traduzam as páginas pelo tradutor e aprendam. Parem de passar vergonha na internet inventando coisas que não existiu. E se seu professor fala que a URSS ou EUA derrotaram sozinhos Hitler, eu tenho uma notícia meia noite pra dar...
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Illicit Affairs (REPOSTAGEM REVISADA E MELHORADA)
FanficApenas mais uma fic Monsam com nome de música da Taylor Swift. Mas essa aqui é de um caso ilícito. Aqui tem menção á história de verdade. Quem quiser aprender um pouco sobre cultura japonesa, história do Brasil, Japão e da 2 Grane Guerra, esteja à v...