Já está quase chegando ao fim. Vou tentar terminar essa aqui em, no máximo, quatro dias. Faltam mais cinco capítulos... Vou sentir falta de fazer as pesquisas sobre o Japão. Para esse, não teve pesquisa.Ainda tenho tentado fazer Chin aceitar que Sora é o melhor nome para o bebê e não o nome que ele quer. Fico falando na cabeça dele sempre que posso sobre como é um nome auspicioso e que nos tempos de guerra, o céu é a coisa mais importante que temos. Falo que todos nós temos o mesmo céu em cima das cabeças e que os deuses estão lá. Então, não existe nome mais auspicioso do que céu. É a morada dos deuses e ter a morada dos deuses, conosco, nos trará boas coisas. Mas ele só permanece calado.
Peço aos deuses para que toquem o coração desse homem. Eu não sei se ele aceitou o nome ou não. Chin é um homem muito calado. Só fala fofoca. Mas sobre nossa vida, ele parece um túmulo. E eu nunca sei muito o que se passa em sua cabeça. Nunca sei o que ele quer.
Só sei que ele tem saído algumas vezes e eu torço sempre pra que ele tenha encontrado outra mulher. Torço até para que eles se amem. Chin não é um mau homem, só não é o meu homem. Eu não amo o Chin. Ele merecia mais do que uma mulher que não o respeita. Ele merece mais do que eu.
Meu bebê está para chegar e não tenho visto Sam nos últimos dias. A gravidez me impossibilitou de ficar subindo. Não sei como Sam ficou melhor que eu. A senhora Yha, então, não descansou até o último minuto. Ficou em cima da Mhee como um urubu sobrevoando a carniça.
Mas eu estou em um estado de mulher que está sofrendo e torcendo para que essa criança saia de dentro do meu útero logo. Sora ou Ami já está me incomodando demais. Retirou minha alegria de subir até à casa dos senhores e ficar com minha amada. Me obrigou a ficar com Chin. Para uma criança que só se mexia feliz quando estava com Sam, o bebê agora só se sente feliz perto do pai. Vai entender esses bebês!
Me levanto para pegar um pouco de água, quando sinto uma dor terrível. Jesus, que dor! Me sento um pouco e respiro fundo. Chin saiu e eu estou sozinha em casa. É uma dor ruim, mas não é dor que mata. Então, me levanto e vou para à casa da Sam porque, se eu vou ter meu bebê, vai ser ao lado dela, né?
Vou subindo com dificuldade. O dia está começando a esfriar. O outono está aí e meu bebê resolveu que nasceria ariano. Vai nascer com a força do ódio. Parei de ficar brincando com meu bebezinho lindo. A gente brinca para diminuir a dor, né? Mamma deveria parar de me ensinar essas coisas. Eu já disse isso.
Passo perto da senhora Yha e da senhora Tee. Mhee segura a bebê e me olha como se me achasse maluca, enquanto eu vou indo fazendo cara de dor. Até que entro no quarto de Sam e ela está amamentando Taiyō. Me olha com surpresa porque ela não esperava que eu fosse voltar até depois de o bebê nascer.
— Sakuranbo, o que faz aqui? Aconteceu algo? — Ela começa a se levantar sem tirar Taiyō do peito.
— O bebê vai nascer e eu não quero ter ele sem você. — Digo e ela coloca o bebê na cama.
— Sakuranbo, eu posso chamar a parteira, mas não seria melhor você ter sua mãe com você? Ela poderá te ajudar melhor do que eu. — Taiyō começa a chorar porque não terminou de mamar. — Eu preciso cuidar do bebê. E eu daria tudo para minha mãe comigo.
— Eu vi Taiyō nascer. Não quer ver nosso bebê nascer? — Eu fico magoada e ela pega Taiyō de novo para amamentar porque ele chora.
— Eu quero, mas você já não vai ter a celebração no templo com a família. Pelo menos, esse momento você precisa ter com eles. Você vai poder contar para ele quando ele crescer. A celebração dele com a família será no nascimento. Eu quis você no nascimento de Taiyō porque você não poderia ir na celebração com a família. Você teve essa celebração. Não retire isso da sua família. Eu terei outras celebrações. — Ela me olha de uma forma e eu entendo o que ela quer dizer porque não vamos poder ir ao templo, mas podemos ter o nascimento e ela estará no oshichiya daqui uns dias.
— Sim... — Concordo e sinto mais dor.
— Você aguenta ir sozinha? — Ela pergunta preocupada.
— Sim. — Sorrio e começo a andar para fora.
— Sakuranbo, eu te levo lá. — Ela vem comigo, enquanto amamenta Taiyō e o tampa com um pano.
— Obrigada, Ume. — Sorrio para ela.
Vamos andando para fora e descemos para o lugar onde ficam as casas dos empregados da fazenda. Sam segura o bebê com um braço e segura meu braço com o outro. Vamos devagar porque eu sinto muita dor e a dor está vindo mais e mais. Então, vemos Chin voltando com um colega de trabalho. Eles ficam surpresos de ver a senhora Samanun com o bebê e me ajudando.
— Chin, chame minha mãe. Chegou a hora. — Eu falo.
— Sim... — Ele acena a cabeça e faz uma reverência para Sam. — Agradeço por ajudar minha família, senhora Samanun.
— É uma honra ajudar amigos. — Sam faz uma reverência de volta.
Chin sai andando e Sam me ajuda a ir para casa. Ela não parece olhar a simplicidade do lugar. Só me leva até a cama e se senta na ponta. Tira o pano de cima de Taiyō e sorri.
— Taiyō, seu irmão está chegando. — Ela segura minha mão e sorrimos uma para outra. — Mandem me avisar quando ele já tiver nascido. Voltarei aqui para conhecer nosso menino.
— Sim, Ume. — Eu sorrio e ela dá um beijo na minha mão.
— Vou mandar chamar a parteira. Ela vai ajudar. — Sam se levanta bem na hora que minha mãe chega.
— Bambina, que hora feliz! — Mamma sorri muito feliz e pára para fazer uma reverência para Sam. — Senhora Samanun, obrigada por toda ajuda. Nem sei como agradecer. A senhora é tão boa para a minha Mon. Até nessas horas, a senhora ajuda ela. Nunca vou poder pagar.
— É uma honra poder ajudar. Vou chamar a parteira. — Sam retribui a reverência e vai embora.
— Como está se sentindo? — Mamma passa a mão no meu rosto.
— Com dor. — Eu sorrio.
— Logo vai passar. — Ela continua a sorrir.
Então, chega a mãe de Chin também e ficamos as três no quarto. Até que a parteira chega também e as três me ajudam a fazer meu parto. E quando meu bebê nasceu, logo escutei um chorinho lindo. Eu sei que os deuses ouviram minhas orações de que o nascimento fosse com saúde e felicidade. E foi. Estava junto das duas avós.
— É um menino. — A mulher sorri e me entrega.
— Um bambino! — Mamma agradece aos santos católicos e Jesus em voz alta, o que deixa minha sogra meio assim.
Eu fico feliz de que mamma orou para os deuses dela. Eu orei pelos de otou-san por mais tempo, mas sei que os santos católicos também ouviram quando eu resolvi rezar. E tudo estaria mais perfeito se Sam estivesse aqui. Tudo seria mais bonito se fosse ela aqui e não Chin. Mas eu deveria parar de reclamar da presença do meu marido. Como eu mesma disse, ele merecia alguém melhor do que eu. Ele não é um mau marido.
Após um tempo, Sam aparece de novo e está com Taiyō. Deixam nós duas sozinhas porque sabem que somos muito unidas. Ela se levanta um momento e olha lá fora para ver se tem alguém perto. Depois, volta a se sentar na beirada da cama bem perto de mim.
— Nosso filho é lindo, Sakuranbo. — Ela sorri e toca o rostinho dele. — Veja, Taiyō, esse é seu irmão.
— Os dois vão ser melhores amigos, Ume. — Eu sorrio.
— Vão, sim. — Ela me olha, passa a mão pelo meu rosto e me beija de leve, o que me faz pensar que esse foi um dos maiores momentos que nós quatro teríamos juntos em toda nossa vida.=/=
E os dias passam. Estou esperando para que Chin me diga qual nome decidiu colocar no bebê. Meu filho é um bebê calmo e tranquilo. Quase não chora. Tão belo que eu faria uma pintura ou um retrato, se tivesse dinheiro. E sinto tanto amor por ele que não cabe dentro de mim. É um amor diferente do que eu sinto por Sam. Assim como é diferente do amor que eu sinto por minha família. É parecido, apenas, com o amor que eu sinto por Taiyou. Mas hoje é o dia do oshichiya. Espero que Chin escolha o nome que eu pedi. Ele não disse se aceitou. Ficou sempre calado e só falou algo quando dava muita vontade mesmo. Ou quando queria fofocar.
Os deuses capricharam em me casar com alguém que não fala muito comigo. Logo eu que sou igual a minha mãe e gosto de conversar. Espero que meu bebê não puxe para ele nisso. Já puxou parecendo mais com ele na fisionomia. E Taiyō se parece mais com Sam. Mas senhor Hamada diz que o bebê é o pai cospido e escarrado. Não é. Ele é todo a Sam.
Os convidados aparecem. Todos são amigos e parentes. Deixo o bebê no quarto depois de mostrar para todos porque ele está dormindo. Vejo quando Sam chega segurando Taiyō. No Japão, as mulheres cuidam dos próprios filhos. Elas amam cuidar deles elas mesmas. São raros os casos onde elas não cuidam dos próprios filhos. Então, Sam trouxe o bebê para não deixar com outra pessoa. Somente a senhora Yha não faz isso. Eu já disse que ela é um mau exemplo do que uma japonesa faz com os filhos. Elas são amorosas e cuidadosas.
— Obrigada por vir, senhora Samanun. — Chin faz uma reverência.
— Que os deuses tragam felicidades e saúde para o bebê. — Sam retribui a reverência.
Ela vem até mim e ficamos lado a lado. Não conversamos, mas esperamos para ver se Chin vai escolher o nome que escolhemos juntas. Ela está sempre calma e serena. E eu estou aqui com o coração palpitando rápido. Dá até vontade de roer as unhas. Até vou e busco o bebê e trago para evitar que eu dê bandeira.
A cerimônia começa e Chin escreve o nome no meimeisho. Ele levanta o papel. Eu fico surpresa e Sam sorri de leve quando olho para ela. Eu consegui. Ele colocou o nome de Sora da forma que eu tanto queria. Eu fico naquele misto de querer abraçar Chin por fazer o que eu pedi e um misto de abraçar Sam para comemorarmos nossa vitória.
Isso é tão incrível! Nossos filhos têm o nome que queremos. Isso não é algo comum, mas conseguimos. Isso é mais importante do que tudo, né? Eles possuem a individualidade deles. E penso que Sam e eu temos mais lábia com os homens do que imaginei.Foi quando o comandante do exército do Sacro Império pediu mais homens para o imperador e esses homens foram mandados e eram mercenários, tá? O rei da Dinamarca saiu fugido. Ele não aguentou ver aquele tanto de macho na frente. Ele pensou que não dava conta. Ele sabia que era uma mona ryca e não merecia morrer jovem. E foi quando o Sacro Império dominou a Dinamarca. Nesse ponto os parceiros abandonaram tudo a Dina e os crente. Em 1629 o rei da Dinamarca fez um tratado de paz com a promessa de nunca mais se intrometer na guerra dos outros e foi lá e entregou o nome de geral para o Sacro Império. Todos os alemães que ajudaram. Foi cagueta mesmo. E depois disso o imperador do Sacro Império, o Fernando, aumentou mais seu poder e passou a roubar as terras das crentaiada tudo. Pensa-se que 2/3 das terras da Boêmia foram retiradas de seus donos e dadas aos leais ao Império. E foi isso que fez os crente querer lutar mais ainda. O que fez a guerra não terminar com a derrota da Dinamarca. Diz-se que a pena dada por ele aos crentes pesou mais que a espada que ele segurava. E foi isso que fez ele perder poder. Além dele ter quebrado a Constituição dando poder para Maximiliano. Entendeu? Ou seja, ele tava vencendo muito e achou que podia fazer o que queria e caiu do cavalo. E agora precisamos falar sobre o que a Espanha pediu em troca daquelaaa ajuda dada. Ela também quis algo em troca. Parentes, parentes, negócios à parte. Ela queria ajuda contra a Holanda. E ela teve. Mas as tropas não foram para a Holanda, foram para Itália. Por que? Porque a Espanha tinha pedaços de terra na Itália também. Aí aconteceu a morte de governante estratégico e a Espanha teve que ir lá guerrear. Olha, gente, a Itália antes de ser um país era um lugar super dividido e acontecia guerra lá todos os anos por causa disso. Ela era uma colcha de retalhos. Então a Espanha foi lá pra mais uma guerra porque os reinos lá que o dono tinha morrido tinha um herdeiro francês e a Espanha era inimiga da França. Guarde isso, a Espanha era inimiga da França porque no fim dessa guerra vocês vão ver o que rola porque a Espanha era a mais poderosa no início da guerra e no fim é a França que é. Ao mandar as tropas para a Itália e não Holanda, o imperador do Sacro Império enfraquece mais ainda. Mas a Holanda teve sorte, né?
![](https://img.wattpad.com/cover/348062640-288-k665528.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Illicit Affairs (REPOSTAGEM REVISADA E MELHORADA)
FanfictionApenas mais uma fic Monsam com nome de música da Taylor Swift. Mas essa aqui é de um caso ilícito. Aqui tem menção á história de verdade. Quem quiser aprender um pouco sobre cultura japonesa, história do Brasil, Japão e da 2 Grane Guerra, esteja à v...