浴槽の中で

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    Me levanto bem cedo porque preciso. Mas, por mim, estaria deitada, para sempre, naquela cama. Lady Samanun está dormindo ainda. Deixei ela deitada como a princesa que ela é e vou fazer meus afazeres da casa.
   Dormir com ela, não diminuiu minhas obrigações. Na verdade, aumentou. Então, eu pego o prato e o copo que estão no chão, e vou direto para a cozinha para falar com Jim.
    Jim é prima de Chin e deve estar sabendo que nós nos tornamos noivos. E a verdade é que não conversei com ela antes, pois não deu tempo. Mas agora, com os patrões ainda dormindo, podemos conversar sobre isso. É o único tempo que temos.
    — Ohayou. — Sorrio para ela, ao falar bom dia.
   — Oi. — Ela sorri e continua fazendo o café.
   — O café está cheirando bem, né? — Continuo a sorrir.
   — Ah, está, né? Fiquei feliz por você estar noiva do Chin. — Ela me olha sorrindo.
   — É... Só não sabia que ele tinha interesse em mim. — Dou de ombros.
   — Ah, Mon, não tem muitas opções na fazenda! Era eu ou você! — Jim começa a rir.
   — Poderia ser você! — Suspiro.
   — Você sabe que eu já sou noiva do seu irmão. — Ela me olha como se eu fosse doida.
   — Ele poderia te roubar e te fazer casar com ele. É super comum primos se casarem! — Imagino meu irmão com ódio, enquanto Jim e Chin fogem no dia do casamento e sinto que sou um monstro.
    — Mon, você inventa cada coisa. — Ela começa a rir. — Mas o Chin vai ser um bom marido para você. Ele é um bom homem e já está fazendo a casa própria ao lado da minha. Logo vocês vão se casar.
     — Kornkamon... — Lady Samanun aparece na cozinha.
     — Ohayou gozaimasu, Samanun-san. — Jim e eu falamos ao mesmo tempo o bom dia senhora, enquanto fazemos a reverência.
    — A senhora quer bolo, quer café? — Jim se apressa a oferecer.
    — Quero os dois. — Ela é gentil com Jim, mas olha para mim. — Por que saiu sem me acordar?
    — Desculpe, senhora. Eu não pensei que a senhora gostaria de ser acordada tão cedo. — Fico com medo de ela gritar comigo.
    — Não repita isso amanhã, Kornkamon. — Ela sai pela porta.
    — Você está dormindo com ela? — Jim fica pensativa.
    — Ela mandou. Disse que está se sentindo sozinha sem o marido que está na guerra. — Falo a verdade porque é só essa a verdade, mesmo que meu coração quisesse que fosse porque ela gosta de mim.
    — Pobrezinha! Saiu do Japão para se casar longe da guerra e o marido foi para a guerra! — Jim parece ficar tocada. — Ainda bem que Nop não vai para a guerra.
    — Ainda bem que nenhuma de nós vamos para a guerra! Me dê o café e o bolo. Levarei para a senhora. — Suspiro e espero ela me entregar.
    Levo o café e o bolo para lady Samanun. Ela está ainda com a roupa de dormir. Parece estar pensativa, enquanto está olhando para a mesa. Mas parece estar calma e serena.
    Coloco o bolo e o bule em cima da mesa. Vou e busco o prato, a xícara e os talheres, além do açúcar. Ela pega as coisas e as come em silêncio. Nem parece notar quando senhor Hamada e a senhora Yha chegam, juntos, me pedindo pão e manteiga, além de xícaras, talheres e pratos.
    Faço o que foi pedido, mas me sinto triste pela forma com que lady Samanun está. Ela ficou magoada, de verdade, por eu não a acordar. Isso parte o meu coração. Eu nunca iria querer deixar ela triste, mas deixei.

                                                                     =\=

    Lady Samanun está estranha. Não sei dizer o que está estranho, mas sinto que ela está estranha. Dizem que mulher tem essa coisa de sentir as coisas e estou sentindo que ela está estranha. O que me deixa com medo de ela começar a me tratar igual a senhora Yha me trata. Ela nunca nem sequer elevou a voz para mim.
    — Prepare meu banho. — Ela diz sem levantar os olhos do livro que lê.
    — Sim, senhora. — Me levanto da cama e vou preparar tudo.
    Ela não quis estudar comigo até agora. Ficou em silêncio lendo aquele livro. Eu fiquei ao lado dela o tempo todo, esperando alguma ordem. Mas ela não falou comigo até agora. Acho que está muito brava comigo por sair do quarto sem avisar. Acho que devo pedir desculpas para ela e prometer que não farei mais. Assim, quem sabe, ela vai voltar a me ensinar a ler e não vai ficar brava comigo.
    — Senhora, seu banho está pronto. — Falo com a cabeça baixa.
    — Obrigada. — Ela coloca o livro de lado com muita calma e pega a roupa pronta em cima da cama. — Venha, pegue sua roupa.
    — Sim, senhora. — Fico surpresa por ela me chamar, mas faço o que me mandou.
    Vamos para o banheiro. Entro pela porta e espero perto do vaso sanitário. Meu coração começa a bater violentamente quando percebo que ela está retirando a roupa na minha frente. Ela retira a roupa sem pudores. Desfaz o nó, tira o tecido... O que me deixa envergonhada.
    Fico olhando para o chão. Mordo meu lábio inferior. Estou sentindo coisas estranhas. Está calor... Não está? Preciso de ar. Preciso de um copo de água. Não sei o que está acontecendo. Que calor é esse?
    Que constrangedor! Nunca vi nem minha mãe nua em toda a minha vida. O que me faz ficar olhando para o chão, enquanto ela entra na água. Eu vejo as pernas dela e acho bonitas. As pernas das mulheres são bonitas e delicadas. As dela são bem mais. Pernas de princesa.
    — O que faz parada aí? Retire a roupa e entre. Para que eu mostre como tomar banho e você não se sinta mais incomodada de dormir comigo. — Ela fala calmamente, enquanto eu quero morrer de tanta vergonha.
    — Sim, senhora. — Retiro minhas roupas e fico tapando tudo com as mãos e braços, enquanto torço minhas pernas para cobrir as vergonhas.
    — Não se acanhe, Kornkamon. Você tem o que eu tenho. Não tem nada de diferente entre nós. — Como ela consegue continuar tão calma, quando eu sei que devo estar mais vermelha que o pimentão colhido na horta?
   — Sim, senhora... — Eu consigo dizer e ir me arrastando, ainda tapando tudo.
    — Vou olhar para lá para você se sentir melhor. Está bem? Fique calma. — Ela olha para o outro lado.
    Respiro fundo e retiro minhas mãos. Deixo minhas pernas separadas. Entro na banheira e sinto minha perna tocar na água quente. Até que sinto minha perna tocar na dela embaixo da água, deslizando. O que me faz arrepiar e me surpreender. Fico travada por um momento. Ela me olha e eu tapo meus seios e minha... Né?
    — Kornkamon, como eu vou te ensinar a se banhar se você fica se cobrindo? — Ela balança a cabeça. — Pelo visto, terei que dar banho na senhorita.
    — Não, senhora, não... — Eu tento negar.
    — Já peguei a bucha e o sabão. Entre na banheira. Abra os braços, é uma ordem. — Ela me olha calmamente.
    — Si... Sim... — Eu estou gaguejando!
    Ela se levanta da banheira e vem para o meu lado. Arregalo meus olhos, engulo em seco. Nunca imaginei que o corpo molhado de uma mulher fosse me causar fogo no meio das pernas. Dizem que isso só acontece com os homens.
    Ela me faz sentar na banheira. Eu me sento, tentando não ficar olhando os seios dela. Ela se senta nas minhas coxas, bem de frente para mim. Fica com o corpo muito próximo ao meu. E está muito calor! Preciso de água!
    Olho para o rosto dela e ela está muito calma. É como se eu fosse uma criança que ela vai banhar. Ou sou eu que estou pensando isso? Eu não sei. Só sei que está muito calor. Ela está tão bonita. Tão... Eu não sei encontrar palavras. Só sei que ela está me deixando com calor. Ela é muito bonita em tudo.
    Sinto ela passar a bucha no meu ombro e continuo olhando para o rosto dela. Percebo que o rosto dela está molhado. Ela deve ter molhado quando eu tirava minha roupa e tentava tapar minhas vergonhas. Há pingos de água pela pele dela, deixando a pele de uma forma bonita e tão desejável. O que começa a me dar vontade de beijar cada ponto que está molhado e sentir com minha boca cada gota de água.
    Ela vai esfregando a bucha em minha pele. Olha para meu corpo com calma, enquanto eu continuo olhando seu rosto lindo. E a boca dela está tão bonita. Sinto tanta vontade de beijar.
    Isso é tão estranho! Preciso parar de pensar nessas coisas. Ela é minha senhora. E não é normal sentir isso! Mulheres não sentem isso por mulheres. Não é normal! Mas não consigo não sentir. É incontrolável!
    Minha mão começa a se coçar para tocar o rosto dela. Eu estou perdida! Não posso! Fecho os olhos. Preciso parar de pensar! Não posso ficar pensando! E está tão calor aqui!
    Abro os olhos... Ela olha bem nos meus olhos. Madonna mia! Os olhos dela são tão lindos! Eu vou morrer! Meu coração está doendo. Eu já disse que está calor? Está tão calor!
    Nos olhamos por um tempo que não sei dizer quanto é. Não, eu não vou mais dizer que está calor, mas tá. Ela olha para baixo para onde ficam os meus lábios e sinto como se ela quisesse o mesmo que eu. O que faz algo aqui dentro de mim se agitar. Será que ela sente o mesmo? Queria tanto que ela sentisse...
    Mas não dura porque ela volta a passar a bucha pelo meu corpo. Puxa meu braço direito para cima. Passa a bucha por ele inteiro. Isso me faz sentir vergonha de meus pensamentos impuros. Ainda mais que ela só tem me tratado bem.
    Não posso deixar ela nem imaginar que eu sinto essas coisas. Ela me mandaria embora. Isso não é normal! Nem se ela fosse apenas uma camponesa, seria. Mulheres foram feitas para se casarem com homens e vou me casar. Ela é casada!
    Eu preciso parar! Não posso ficar aqui quase beijando minha senhora. Sonhar e imaginar não tem problemas porque é algo meu e só meu. Mas demonstrar para ela é perigoso. Eu preciso tomar cuidado.
    — Tome. Passe. — Ela me dá o sabonete e sei o que ela me manda lavar.
    — Sim, senhora. — Pego o sabão.
    Ela sai de cima das minhas coxas e escorrega para trás, encostando do outro lado da banheira. Fica sentada de frente para mim. Tão linda! Mas eu não posso ficar assim. Preciso só tomar meu banho.
   Começo a passar o sabão entre minhas pernas com vergonha de ela estar me olhando. Mas quando vou entregar o sabão de volta, vejo que está olhando para o lado. Então, estendo a mão. Ela me olha e pega o sabão. E passa a bucha pelo próprio corpo.
    — Aprendeu a tomar banho em uma banheira? — Ela me olha calmamente.
    — Sim, senhora. — Faço que sim com a cabeça.
    — A partir de hoje, você vai tomar banho comigo. — Ela continua a passar a bucha sem me olhar.
    — Sim, senhora. — Eu concordo.
    — Me chame de Sam quando estivermos sozinhas. Você é minha amiga, não minha criada. — Ela olha nos meus olhos e eu fico sem graça.
    — Amiga? — Tento entender.
    — Sim, você me ensina e cuida de mim quando meu marido não está. Não quero te ver como uma simples criada. Quero que seja minha amiga. — Ela continua a me olhar com aqueles olhos grandes, mas, ao mesmo tempo, tão pequenos.
    — Sim, senhora. — Não sei o que dizer.
    — Sam... — Ela levanta a sobrancelha.
    — Sam. — Eu sorrio meio tímida.
    — Isso! E vou te chamar de Mon. Combinado? — Ela sorri e é a primeira vez que vejo ela sorrir assim, tão verdadeiro.
    — Combinado. — Eu sorrio também.
    — Vamos nos vestir e ir estudar um pouco. Depois, você pega café na cozinha e bolo, leva para o quarto e vamos comer juntas. — Ela se levanta com tudo e vejo o corpo dela inteiro, o que me deixa com aquela sensação de calor e algo estranho no meio das minhas pernas, ao ver a água escorrendo.
    — Tudo bem, Sam. — Viro meu rosto para o lado e espero ela sair.
    — Venha, eu te ajudo a se secar. — Olho para ela com a toalha aberta e me levanto também. — Fica de costas pra eu enrolar a toalha em você.
   Quando saio da banheira, vejo que ela me olha de cima embaixo. Me sinto tão sem graça. Mas vou e fico da forma que ela me mandou. Ela enrola a toalha em volta do meu corpo, o que faz ela me abraçar por trás.
   Fecho os olhos quando sinto o corpo dela no meu. Tão quente. Dura um segundo, mas parece que durou dez minutos. O que torna tudo perfeito porque é lentamente que corre o tempo. E quando ele corre lento, a gente vê os detalhes melhor.
    — Coloque a roupa que eu separei para você. Vou te dar três pares de yukata e você pode ir usando. — Ela fala, enquanto troca de roupas, colocando o tomesode.
    Os kimonos, roupas japonesas, são diferentes e há vários tipos. A Sam usa o tomesode, pois ele é mais usado pelas mulheres casadas, em respeito ao seu marido. Já os yukata, que são algo entre um kimono e um vestido, são usados para festivais ou em casa, mesmo. Os yukatas são muito usados no verão do Japão. Como o Brasil é caloroso, acho que ela trouxe mais yukata, caso o tomesode a deixe com muito calor. E o kimono é usado em situações formais, como casamento, onde há tipos de kimonos próprios para isso como o kurotomesode que é usado pelas mães dos noivos no casamento. O yukata é usado em festivais, não pode ser usado em casamentos.
    — Sam, eu não sei vestir... — Fico sem graça.
   A vestimenta japonesa tem toda uma forma de se vestir. Nunca tive roupas japonesas, pois meu pai nunca teve condições de comprar. Até mesmo o pijama que ela me deu era apenas um pijama simples, sem toda aquela forma que o yukata tem. Por isso, foi mais fácil vestir.
    — Eu te ajudo agora e depois te ensino, com calma, à noite. É melhor quando todos estiverem dormindo. Vão estranhar, se ficarmos aqui tanto tempo. — Ela vem me ajudar.
    Fico parada, enquanto ela me veste como se eu fosse uma criança. Primeiro me deu um banho, agora me veste. Estou me sentindo um bebê. Nem parece que a senhora é ela e não eu. Mas não vou dizer que não gosto. Eu gosto bastante. Estou amando, de verdade.
    — O que faziam tanto tempo no banheiro? — Senhora Yha está parada na porta com uma cara de desconfiada nos esperando sair.
    — Eu me senti mal e ela me ajudou a tomar banho. — Sam responde calmamente como sempre.
    — E o que ela faz vestindo suas roupas? — Senhora Yha continua desconfiada.
    — Ela se molhou e eu dei uma roupa velha para ela não ficar molhada. — Sam continua com seu tom, enquanto eu passo a olhar para o chão.
    — Você deu sua roupa pra criada? — Ela parece ficar mais desconfiada ainda, pois não é normal, né?
    — Eu não deixaria ela molhada, Yha. — Sam parece estar considerando não xingar essa mulher, pois ela suspirou lentamente e bem fundo antes de responder.
    — É senhora Yha! — A mulher começa a se alterar.
    — Senhora Yha, Kornkamon agora é minha criada e eu posso dar uma roupa velha para ela, se eu quiser. Ou teremos que falar com senhor Hamada para saber sobre isso? — Sam continua calma.
    — Faz o que quiser. — Senhora Yha sai andando irritada.
    — Sam, por que o senhor Hamada não vê problemas em eu sair do meu trabalho só pra cuidar da senhora? — Eu pergunto num impulso.
    — Me chame de você, Mon, não de senhora. — Ela me olha com a sobrancelha levantada.
    — Desculpe. — Eu abaixo a cabeça.
    — Não fique agindo assim. Amigas não agem assim, Mon. — Ela levanta meu rosto e me faz olhar para o rosto dela. — Não precisa ter medo de mim como tem dela. Eu cuido de você como você cuida de mim. Tá? Vamos para o quarto.
    — Sim... — Eu fico tocada com a forma que ela fala, o que faz meu coração bater mais rápido, enquanto entramos no quarto e fechamos a porta.
    — E respondendo sua pergunta. Hamada é primo do meu pai. Ele prometeu que, se me casasse com seu filho, cuidaria de mim como se fosse sua própria filha. Pois nossa família se manteria mais viva e poderia crescer aqui no Brasil com os descendentes. Se ele não cuidar de mim, meu pai vai vir aqui. Hamada não vai gostar de dar de cara com os membros vindo aqui. Até porque ele não tem forças morando no Brasil. Mesmo se ele estivesse no Japão, meu pai é o chefe. Hamada tem que obedecer meu pai. E ele está tendo que lidar com os Shindo Renmei, aqui. Se bem que os Shindo Renmei não sabem quem é o Hamada, de verdade. Se soubessem, eles deixariam o Hamada em paz. É que o Hamada não quer que ninguém saiba quem ele é. Nem os filhos dele sabem. Imagino que nem Yha saiba. Ela apenas obedece ao marido. A nossa família gosta de viver tranquilamente, sem ninguém saber quem somos. Mas Hamada sabe o que acontecerá se ele não cuidar de mim como prometeu. E você precisa manter isso em segredo. Eu te contei isso porque você é minha amiga e eu confio em você. — Sam fala tudo com a maior tranquilidade.
   Fico pensando quem são esses que ela diz. Meu pai nunca me falou algo sobre isso. Mas eu entendi bem o que ela quis dizer. Hamada vai se dar mal se não cuidar bem dela. E acho que usa disso para viver de forma tranquila sem a senhora Yha maltratar ela. Tanto que não maltrata. Tenho certeza que a senhora Yha maltrataria se fosse com outra, alguém que o senhor Hamada não se importaria. Ela é uma mulher má que gosta de maltratar.
    — Seu segredo é meu segredo, Sam. — Sorrio e ela retribui o sorriso.
    Ela vai para a cama e começa a cair para o lado. Acontece tão de repente que me assusto. Corro até ela e a ajudo a se sentar na cama. Ela parece estar com tontura, o que me deixa muito preocupada.
    — Sam, está bem? — Estou em desespero.
    — Sim, só estou zonza. Tenho estado assim na última semana, mas essa foi mais forte. — Ela fecha os olhos com força.
    — Vou buscar um copo de água. Se deita um pouco. — Ajudo ela a se deitar e saio correndo, até que volto e ofereço o copo de água. — Toma um pouco.
    — Obrigada... — Ela bebe um pouco e me olha confusa. — Posso te contar um segredo?
    — Sim... — Concordo, ainda preocupada.
    — Acho que estou grávida. — Ela fala calmamente e eu gelo por dentro.

Illicit Affairs (REPOSTAGEM REVISADA E MELHORADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora