Uma criança órfã, que possivelmente nunca conheceu seus pais. O mais próximo de um lar que Mello presenciou foi no orfanato Wammy's House.
Mello era grato por fazer parte daquele orfanato. Principalmente por ter sido a porta de entrada para conhecer [Nome].
Apesar da Wammy's House ser um lugar acolhedor, talvez não fosse o melhor ambiente para uma criança abandonada?
Ora bolas, qual seria o melhor lugar, em um primeiro momento, para uma criança abandonada senão um orfanato? Você pensa.
E você tem um ponto, meu caro leitor. Porém a Wammy's House não é um orfanato comum. Ele abriga crianças superdotadas de genialidade.
Mello encarava como uma disputa a responsabilidade de se tornar um dos sucessores do maior detetive do mundo, L.
E se sentia constantemente pressionado a dar tudo de si e mais um pouco. Mas sempre se enxergava em segundo lugar. E em primeiríssimo, em um rankingabstrato de insuficiência.
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✝ ️Dias atuais ✝️
- Impulsivo, temperamental, agressivo e egocêntrico! - A garota esbravejava contra a face de Mello.
- Você nunca mede as consequências, Mello! E eu estou cansada disso! Eu nunca sei qual será seu próximo passo e isso me dá medo. Em um dia você está inteiro e no outro, me aparece com essa queimadura. - A garota diz em tom de preocupação.
[Nome] cresceu junto de Mello na Wammy's House. E assim como ele, decidiu trilhar seu próprio caminho.
- Posso não medir as consequências, [Nome], mas me responsabilizo por cada uma delas! - disse o de roupas de couro.
- Isto é uma meia verdade! - a garota retruca.
- Eu sou assim! Você me conheceu assim e eu vou morrer assim! - o loiro esbravejava.
Na maior parte do tempo, Mello não tinha intenção alguma em ferir [Nome] com suas palavras. Mas seu jeito rude era um traço forte em sua personalidade difícil. E [Nome] estava ciente disto.
- Eu não sei como lidar com minhas emoções, tá legal? Eu não fui criado pra isso, [Nome]. Tudo o que me tornei, é fruto de uma maldita corrida contra o tempo para me tornar o sucessor de L.
- E eu não te obriguei a vir comigo. A escolha foi sua. - o homem finaliza enquanto morde um pedaço de sua barra de chocolate.
- Argh! - a garota bufa. - Eu tenho vontade de te partir ao meio igual a esse chocolate! Mas tem razão. Mihael. - a garota sussurra o nome do rapaz em tom de ironia.
- Deve ser porque eu sou uma anta por gostar de você e querer ficar perto de você, mesmo com este teu gênio do cão! - a garota diz em voz alta e simplista.
Mello arregalou os olhos quando acabara de escutar o que saiu dos lábios da garota.
Só houvera duas vezes em que algo foi capaz de surpreender o chocolátra. A primeira, quando foi informado da morte de L e a segunda fora no esconderijo da máfia, quando simplesmente viu o Death Note flutuar bem diante das suas orbes azuis.
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- O que você disse? - perguntou o rapaz.
- Que você tem um gênio do cão! - a garota cruza os braços e revira os olhos.
- Não, não é isso, sua idiota! Antes disso... Você gosta de mim, [Nome]? - o loiro sorri ladino enquanto a encara.
- É, fazer o quê. Cada qual com sua penitência. - a garota responde fingindo indiferença e desviando o olhar do mais alto.
Logo o sorriso ladino do rapaz se desfaz dando lugar a um semblante fechado.
Ele se aproxima da garota e a mesma vai recuando até ser barrada pela parede. O loiro cerca a garota com seu braço e apoia sua mão na parede, próximo ao rosto de [Nome].
- Sabe, [Nome], o que não me falta é penitência. - o mais velho pega em seu crucifixo que adornava seu pescoço.
- Eu sou um Anjo caído, meu bem. - ele a encara profundamente, enquanto observa cada detalhe do rosto de [Nome]. - e esta noite, irei me redimir de todos os meus pecados. - confessou. Ele gentilmente toca os lábios da garota com o seu crucifixo. - Você será a minha redenção, [Nome].
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Birrento, mimado, teimoso e autoritário. [Nome] têm uma extensa lista de motivos pelos quais faria qualquer um querer partir. Ou partirMello. - Risos.
E ela se amaldiçoava por isso. Ao mesmo tempo em que agradecia por esta bendição.
[Nome] havia se apaixonado por Mello. A garota outrora, acostumada a viver sob riscos, agora estava vivendo o maior deles:
