Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Me pergunto qual é o problema dos homens. Quer dizer, eu sou um homem, mas não sou cuzão e omisso.
Não entendo por que negligenciam seus filhos. Por que são ausentes, abandonam como se nunca tivessem gozado.
Até parece que dos dedos das mulheres saem porra para acharem que não tem o dever e obrigação de serem a porra de um pai decente e presente.
Não sei ao certo quando comecei a refletir sobre o abandono paternal, mas é o que está serpenteando minha mente no momento.
Bem, talvez seja o fato de eu ter passado boa parte da minha infância em um orfanato. E ter tido um progenitor negligente que sumiu do mapa.
Espécime fraca e rasa.
Nos acostumamos com esse cenário de mães solos. Mas se as mulheres quisessem mesmo ser mãe solo, fariam uma inseminação artificial. Elas queriam um parceiro. Não um esperma.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Trouxe Jon Snow ao veterinário. S/n ficou em casa. Vim passar um tempo com meu filho de quatro patas e fazer meu papel de pai.
Depois de refletir sobre as problemáticas da paternidade sem um pai, quero estar ainda mais presente na vida do meu filho. Mesmo ele sendo um cachorro. E daí? O amor que tenho por essa criaturinha, é considerável.
— Está tudo em ordem com esse garotão. — A veterinária de cabelos cacheados diz. — Agora vou dar uma picadinha nessa coisinha fofa. — Ela diz de forma carinhosa, segurando o focinho de Jon Snow que abana o rabo, contente.
A inocência do meu filhote é adorável. Mal sabe que vai tomar vacina e que a agulha vai ser desconfortável. Mas é necessário.
A veterinária se inclina para pegar a seringa com a dose para aplicar, fazendo com que o vestido deixe um pedaço à mostra de seu traseiro. Desvio o olhar instantaneamente. Mas que cacete.
Quando ela se ergue novamente, é seu decote que está aparente. Ela sorri com certa malícia pra mim e eu franzo o cenho, olhando para outra direção que não seja a que ela está.
Não vou ser hipócrita de dizer que não aprecio a anatomia feminina. Mas não sou um cara descontrolado que só pensa com a cabeça de baixo, e que cobiça como um cão no cio, todo rabo de saia.
Nessas horas é que os humanos se diferenciam dos animais selvagens: a racionalidade tem que prevalecer, não os instintos. E convenhamos: tenho uma puta gostosa em casa, e que me dá com frequência e bem gostoso.
Não estou na seca pra ficar secando mulheres.
Pra falar a verdade, essa não é a primeira vez que estive em uma situação assim. E S/n surtou pra caralho quando soube de Lidner e Takada.
Mas não foi nada com cunho sexual. Mesmo elas estando sem roupa.
A veterinária aplica a dose da vacina em Jon Snow, que se agita um pouco pela picada da agulha. Mas ela é carinhosa com ele e ele se acalma.
— Então, você é papai solo dessa gracinha? — Pergunta, depois de descartar a seringa na lixeira, e fazer carinho no meu filhote.
Era só o que me faltava: a veterinária flertar comigo.
— Na verdade, não. Sou casado. — Esclareço.
Ela retira as luvas e ergue as sobrancelhas, surpresa, antes de descartá-las.
— Oh. Era de se esperar. Homens lindos como você nunca estão solteiros. — Lamenta.
Solto o ar pela boca, meio impaciente.
— Vai encontrar alguém. — reitero. — Se quer um conselho, não tente atraí-lo pelo corpo. Você só vai conseguir atrair cafajeste dessa forma.
Ela coloca as mãos involuntariamente na frente do corpo.
— Oh, Eu não… — suspirou, deixando os ombros caírem. — Tem razão.
Pego Jon Snow no colo e sigo para o caixa para pagar, mas a veterinária me impede.
— É por conta da casa.
— Agradeço, mas não.
— Eu insisto.
Dei de ombros. Fazendo um breve sinal com a cabeça e indo até a saída.
Destravo o carro e coloco Jon Snow sentado no banco da frente. O pilantra adora tomar vento no focinho. Me acomodo no banco do motorista.
Suspiro, olhando para meu filho.
— Que cacete, hein carinha?! Se sua mãe estivesse aqui, teria surtado com a veterinária.
Meu filho me olha atento. Deu um latido em resposta. Afago sua cabeça e ligo o carro, dando partida.
Atração é inevitável, mas traição é uma escolha. E eu jamais faria isso com S/n.