Uma pequena fresta das cortinas, anunciam o amanhecer.
Acordo bem antes de S/n que ainda dorme do meu lado. Apesar da temperatura lá fora, estar o oposto, a noite foi quente. S/n estava fora de si. Marcas pelo meu corpo não me deixam mentir; chupões, mordidas e arranhaduras dignas de uma felina feroz e faminta.
Quem a vê, tão delicada, dormindo tão angelical e serena, nem imagina o quão possuída pelo tesão ela estava; Em como ela marcou território pelo meu corpo. E eu gostei. Ah! E como gostei. Muito. Pra caralho.
Sexo louco, eu me amarro. S/n me deixou louco, ansiando pelos seus toques me causando arrepios, em lugares que eu nem sabia que era possível.
E a filha da mãe, conseguiu o que queria: me fazer gemer feito um cão no cio necessitado. Estado deplorável, talvez?! É inacreditável o quão disposto a ir, só pra poder gozar.
- Bom dia, Mellinho... - Ela sorri para mim, preguiçosamente, com os olhinhos ainda fechados. Linda pra cacete.
- Bom dia, gatinha. - replico, sorrindo de volta. - Pelo menos é o que ela parece agora. Já que ontem não se assemelhava em nada com uma gatinha manhosa.
Ela se espreguiça na cama king size, coçando os olhinhos e os abrindo; arregala os olhos, os passeando pelas marcas que colorem e cobrem meu corpo.
— Mello! — exclamou arrastado. — Ela toca delicadamente meu dorso e abdômen com seus dedinhos delicados. Logo uma preocupação toma seu semblante. — E-Eu… Está doendo? — Ela pergunta com uma expressão adorável no rosto.
Não perco a oportunidade de provocá-la. — É… está. Dói muito… — faço uma expressão cara de pau. — Acho que uma sentada sua, resolveria isso.
Ela solta uma gargalhada gostosa que nem ela.
— É sério, Mellinho… — Ela continua rindo.
— Relaxa, meu bem. Ontem foi gostoso além da conta. Mas se me deixar muito tempo na abstinência, eu te denuncio por maus tratos. — zombei.
S/n
Acordo com uma bela visão pela manhã; Mihael e seus cabelos sensualmente, desgrenhados em uma cascata dourada, sem camisa e... minha nossa!, Ao despertar e abrir meus olhos de vez, sou tomada por um susto ao ver as marcas em seu corpo; marcas essas que foram feitas por mim.
É vergonhoso o quanto o tesão do momento nos faz perder qualquer tipo de racionalidade. — e dignidade. A prova está aí, no peitoral, abdômen e cintura do de olhos azuis. Acho que levei esse negócio de instinto primitivo ao pé da letra.
Rio com o comentário do mais alto, sobre me denunciar por maus tratos.
— Caralho, S/n. Se você não tivesse o DIU, a gente teria uma creche de crianças catarrentas. E não é com os filhos dos outros.
— Que horrível, Mellinho. — o empurro de leve. — Bebezinhos são adoráveis. Você não pensa em ser papai de um? — deito de lado, e mordo os lábios, ansiando por sua resposta.
Mihael me olha de esguelha. — Pensar não engravida, então sim. Penso. Apesar de que a parte da reprodução me interessa mais do que a da criação. — disse com um ar divertido, mas honesto. — Por isso, se algum dia resolvermos ter um filhote, será uma decisão pensada e repensada, porque sejamos honestos, S/n: homens têm o privilégio de só gozar dentro, e depois disso, todo o trabalho fica pra quem tem útero. Então, se você quiser engravidar de mim um dia, quero que tenha certeza de tudo que vem antes de você botar um bebê por entre suas pernas. E principalmente: quando chegar a hora de colocar ele pra fora.
De fato, Mello está certo. Fazer um neném é gostoso, mas é mais para os homens que só precisam liberar o sêmen. E tenho que confessar, que, cada vez que ouço Mello falar assim, tão consciente e maduro, mais me certifico do quanto eu sou sortuda por ter um Homem de verdade, com h maiúsculo, ao meu lado.
— Prometo não te deixar na abstinência, se você prometer gemer pra mim, sem pudor. Mihael, eu te juro, quase morri de tesão ouvindo você gemer pra mim.
De repente, vi o rosto de Mihael tomar uma coloração avermelhada. Ele está corando…!?
— Não precisa ter vergonha, sem vergonha. — brinco. — Se você soubesse o quão excitante é, para as mulheres, ouvirem seus parceiros gemendo...
— Eu não estou com vergonha. — diz ruborizando drasticamente. — Só acho constrangedor pra cacete ficar gemendo parecendo um gato no cio. Eu não gosto de me sentir vulnerável. Mesmo que isso implique em ter sexo.
Sorrio em complacência.
— Eu te entendo, meu amor. Mas sexo não é só sobre liberdade, e libertinagem — Sorrio um pouco envergonhada. — é também sobre vulnerabilidade. É o estado mais cru do ser humano. É onde ficamos mais vulneráveis à tudo, em busca da troca de prazer.
— Caralho, S/n. — Ele me olha. — É isso que dá dois gênios se relacionarem: Ao invés de Dr’s convencionais, temos Dr’s intelectuais.
— E matinais, ainda por cima. — acrescento. Rimos.
✞Durante o dia, recebi uma mensagem do Matt, dizendo que queria muito falar comigo pessoalmente.
Então deixei S/n no shopping, e estou à caminho do AP do dito cujo maconheiro. Eu esperava receber a notícia de ter que buscá-lo na prisão, mas não foi o caso. Ainda.
Bato na porta e logo sou recebido pelo gamer que faz menção para eu adentrar seu flat.
— Eu preciso te confessar uma coisa, Keehl. — Ele diz meio afobado, enquanto mal ponho meus pés no interior do cômodo.
— E eu tenho cara de padre, por acaso? — cruzo os braços.
— Seu humor ilumina meu dia, como um raio de sol. — Ele gesticula de forma teatral.
— Eu fico lisonjeado. Mas está de noite, Jeevas.
— Que seja. — Deu de ombros. — Você pode me ouvir, por favor? — Ele parece aflito. Não parece ser algo sério, mas é algo de grande importância.
Apesar de ser um porre — e estar sempre de porre —, Mail é meu melhor amigo. Tenho dever de escutá-lo. É minha penitência.
Brincadeira.
Ou será que não?
Suspiro derrotado, resmungando enquanto adentro mais o AP do castanho, que está estranhamente organizado. —
A polícia vai inspecionar sua casa na condicional?— Há há, seu humor me encanta. — Revira os olhos.
— Eu sei que você tem adoração por mim, depois te dou um autógrafo. — Sorrio sarcástico. — Diz logo o que você tem, Mail. — Bufo.
— Tá. — ele se senta no sofá suspirando. — Acho que vou precisar de uma bebida.
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Anjo Caído (Imagine Mello) +18
Fanfic"...Eu sou um Anjo caído, meu bem..." Onde Mello descobre que muito além da penitência, pode haver redenção.