✝ 60: Nova fase.

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Não costumo passar muito tempo na biblioteca, apesar de ser um leitor voraz

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Não costumo passar muito tempo na biblioteca, apesar de ser um leitor voraz.

Quase me esqueço o quanto esse lugar é mágico. O quanto os livros são mágicos.

Tenho uma vasta coleção, modéstia parte. Os meus preferidos são biografias. Gosto de ler sobre realidades alheias, mas também curto mistério, suspense e literatura erótica.

Por quê fez essa cara, hein?

Tudo sobre sexo me interessa. E acho extremamente poético conseguir descrever cenas sexuais de forma libertinamente poética.

Licença poética para usar a libertinagem em forma de poesia.

Bom, depois de me aposentar, há exatos sete meses, estou com muito tempo livre. E como tenho embarcado nessa de viver uma vida mais tranquila, tem algo mais tranquilo do que ler?

A única ação que vai ter na minha vida a partir de agora, serão as ações dos personagens.

Nesse exato momento, estou sentado na poltrona de couro, lendo O diário de Anne Frank. Já li esse livro, por mais vezes do que sou capaz de contar.

Você passa a leitura toda torcendo para que aqueles malditos nazistas não descubram Anne e sua família, mesmo sabendo a porra do desfecho.

É difícil de digerir.

Uma sensação de impotência.

Cólera.

Fúria.

E lamento.

Você sente a tensão. A sensação de sufoco, - não só pelo esconderijo apertado. O medo de a qualquer momento serem descobertos.

Você torce por eles. Torce para que o genocídio da Segunda Guerra Mundial fosse uma distopia imaginária asquerosa de um devaneio vindo de uma mente muito perturbada. Que ficou apenas na mente de um degenerado com complexo de Deus, mas era o próprio diabo.

Particularmente me sinto tocado por essa magnífica biografia e isso também se dá ao fato de eu ter origens alemãs e judaicas. Me sinto dividido entre ter uma dívida e estar entre os que se devem.

Bom, a minha avó sofreu na Segunda Guerra Mundial. Ela era judia. E sei que muito alem dos judeus, aquele verme do Adolf, também perseguiu negros, homossexuais, deficientes e outras minorias.

Eu acredito em Deus. Me considero um cara de fé. Então eu fico tão puto pelo o que nossos antepassados sofreram!

Uma imbecilidade desumana.

Hitler era um grandessíssimo filho de uma puta!

O que mais me revolta, é saber que esse verme deixou um legado desgraçado para imbecis disfuncionais.

Neonazistas, farei vocês conhecerem seu ídolo imundo no inferno!

Maldito Hitler. Espero que você esteja queimando incessantemente no inferno.

Ouço batidas na porta e sei exatamente de quem se trata: minha esposa.

Apesar de termos uma mansão, com uma caralhada de quartos sobrando, esse lugar nunca fica vazio. Porque S/n consegue preencher todos os espaços dessa casa. Assim como fez no meu coração.

- Trouxe chocolate quente. - Ela me dá um sorriso lindo, caminhando até mim com duas xícaras nas mãos com um bocado de marshmallows saltando e mergulhando naquela bebida divina.

Eu amo chocolate.

E amo minha esposa vestida com pantufas de panda e um pijama sexy pra cacete.

S/n se senta ao meu lado. Repouso o livro na página trinta e sete, na mesinha de madeira clara e polida, que fica no centro.

Ela me entrega o chocolate quente e o cheiro de chocolate envia sinapses de satisfação para meu cérebro e cheirinho de lar para meu olfato.

Sinto um conforto. É aquilo que costumam chamar de comfort food.

S/n segura sua xícara com as duas mãos e me olha sob os cílios tomando um grande gole do chocolate quente. Faço o mesmo. Trocamos sorrisos apenas com olhares.

O silêncio não é ensurdecedor, nem doloroso. É confortável.

É por esse tipo de momento que eu rezei a minha vida toda. E agora, todas as minhas mais secretas preces, estão materializadas na minha frente.

Sinto paz no coração.

Uma leveza como seu eu fosse a porra de uma nuvem.

Às vezes carregada e prestes a explodir uma tempestade, mas neste momento, eu posso dizer:

- Quero comprar uma fábrica de chocolate.













Primeiramente:

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Primeiramente:

MUDEI A CAPA!!!

Gostaram??

Também fiz esse gráfico aí em cima para colocar as notas no final dos capítulos.

Pra quem não sabe, sou designer gráfica. Não tenho formação, mas tenho paixão por artes em geral.

Eu até mudei a capa das minhas outras obras (depois vão lá ver.)

Sobre a fic:

A partir de agora, entraremos em uma nova fase de Anjo Caído. Assim como o título.

Uma coisa importante:

Os futuros capítulos serão em um universo bem moderno, já que acabou aquela fase do Kira e etc, onde se passava em um tempo mais antigo, sem celulares modernos e essas coisas.

Os próximos capítulos vão focar na vida de casados de S/n e Mello, e alguns Mellodramas. hehe.

Como viram no capítulo anterior (e nesse), Mello se aposentou da profissão de detetive e S/n também.

Desvinculei o meu amorzinho um pouco dessa imagem de sucessor do L, porque quero explorar novos cenários. Os meus personagens pediram por isso.

É loucura do escritor ouvir seus personagens. Kkk

Quero focar nas facetas humanas e complexas do casamento, e deles como indivíduos subjetivos.

Neste capítulo, teve um pequeno Time Skip de sete meses e é provável que no próximo capítulo também tenha. Mas não será um pulo de tempo muito brusco, mas também não posso estender o mesmo dia em vários
capítulos (só em casos pontuais), se não a fic fica maçante.

Sei que muita gente tem preguiça de ler long fics e às vezes, abandonam a leitura. Já abandonaram a minha e tudo bem. Faz parte.

É isso.

Agradeço a cada um que vota, comenta e lê minha fic.

Agradeço também por não desistirem dela.

Beijo no coração. Até o próximo capítulo.

Anjo Caído (Imagine Mello) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora