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Comente muito e boa leitura;)

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Assim que chegamos em sua casa, ajudo Jungkook a se sentar no sofá. Sua respiração está acelerada e pesada, e ele respira pela boca.
Jungkook fica desse jeito quando sua ansiedade o domina, no geral ele é uma pessoa calma e um pouco racional, mas quando é exposto ao público, ele se torna vulnerável e uma criança assustada.

— Me diga o que está acontecendo no seu livro agora — é a única coisa que sei que vai distraí-lo da crise. Poderia usar técnicas de respiração, mas Jungkook se irrita com elas — O personagem principal 'tava na terapia e tals. Depois disso não li mais — ando até a cozinha, pego uma garrafa d'água na geladeira e volto para o sofá, me juntando ao meu amorzinho.

— Sim, mas agora já evoluiu muito. Ele foi 'pra festa, se drogou, aí o irmão apareceu e arrastou ele de lá. Agora 'tô escrevendo a cena da conversa com os irmãos.

— Meu deus, tu odeia teus personagens. Eles só sofrem — ele ri orgulhoso. Ele é meio sádico às vezes. Amo, hehe.

— Vai dar tudo certo no final. Na segunda parte, no caso.

— E na primeira?

— Vou matar todo mundo — novamente ele ri.

— Credo, Jungkook! Deixa alguém vivo, por favor! Eu não quero que você seja perseguido pelos seus leitores quando publicar essa história.

— Eu vou deixar eles vivos. Relaxa. Só vão sofrer um pouquinho antes da felicidade.

— Um pouquinho?! — consigo fazê-lo rir e se esquecer que estava ansioso. Sua respiração voltou ao habitual. Fico aliviado.

— Tem um personagem que fiz inspirado em você. Até dei o seu nome — sinto minha visão encurtar por causa do sorriso que cobria parcialmente meus olhos.

— Você é muito gay, meu amor. Te amo, porra! — lhe despejo beijos por todo seu rosto, enquanto ele gargalha alto. Como eu amo essa risada, puta que pariu! — Peraí. Tu não matou ele também, né?!

— Não, ele ficou vivinho — suspiro aliviado enquanto ele seca os olhos úmidos por causa da risada anterior.

Trocamos um olhar e um sorriso caloroso. Sua companhia me faz tão bem.
Jungkook leva suas belas mãos aos meus cabelos e afaga com os dedos, depois se aproxima do meu rosto e sela minha testa. QUE HOMEM PERFEITO, UNIVERSO! OBRIGADA, MUNDO!

— Obrigado por me ajudar, brotinho — não consigo conter o sorriso ao escutar o apelido. Ele não o usa muito em público, pois os meninos iriam nos zoar até mesmo depois de mortos.

— Não precisa me agradecer. Você também me ajuda muito — acho que se não fosse por Jungkook, eu provavelmente teria me tornado uma pessoa amarga, fria e grosseira... me tornaria o Yoongi, basicamente.

Graças a ele, pude quebrar a pedra que eu estava me tornando e ao invés disso me tornar uma pessoa mais doce. Eu quem lhe devo tudo, Kookie.

— E se a gente fizer algo 'pra comer e assistir alguma coisa? — ele sugere e se coloca de pé, agarra minhas mãos e me puxa para ficar de pé.

— Você não tem que escrever?

— Vou ter tempo depois. Por agora quero escrever momentos com você no tempo presente — namorar um escritor é isso?

— Eu não sei o que responder. Isso foi muito fofo. Queria te guardar em um potinho e te proteger de todo o mal do mundo — selo seus lábios brevemente — Vamos — lhe acerto um tapinha na bunda e ele ri divertido.

Ps: Te OdeioOnde histórias criam vida. Descubra agora