Resgate capitulo 3

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Autora:Lucia Helena

Capitulo revisado.

Narração de Max

Depois do desespero da minha prima, minha irmã — também abalada — foi com ela para o quarto, tentar acalmá-la. Cara, te falar... nunca vi meu primo tão desorientado.

Somos agentes treinados para estar sempre um passo à frente de qualquer missão. Agimos com frieza, estratégia e precisão. Mas dessa vez... dessa vez, não faço a menor ideia do que estamos enfrentando. E isso, definitivamente, é assustador.

Lucas sempre foi um cara de ação. Na equipe, ele e o Alexandre são imbatíveis em combate. Mas, nesse momento, é do Paulo que sinto falta — ele é o cérebro da nossa equipe. Então não perdi tempo: mandei uma mensagem resumida, explicando a situação. Como já era de se esperar, ele respondeu com duas sugestões práticas.

A gente não é chamado de equipe de elite à toa.

Chamei o Lucas, que estava no quarto, e fui direto ao ponto:

— Primo, é o seguinte. Essa história tem várias pontas soltas. A gente precisa agir com o que já tem e ir juntando esse quebra-cabeça aos poucos, até descobrir o que tá por trás disso tudo.

— Ok, gênio nerd. O que você sugere? — resmungou o nervosinho do Lucas.

— Nerd não. Inteligente demais, isso sim, seu invejoso — rebati. — Enfim... eu vou ficar com o celular da Helena e desvendar esse enigma.

— O que o celular tem a ver com tudo isso, seu nerd?

— Se você deixar eu explicar...

— Tá bom, fala... e desculpa.

— Obrigado. Então... o celular tem tudo a ver. É um modelo moderno, novinho. E ainda assim, o tio pediu pra Helena usar um aparelho antigo, com um chip pré-pago. Por quê?

— Diz você, fala aí, porque eu nem tinha me tocado disso — respondeu ele, mais atento agora.

— Óbvio. Significa que o celular novo pode estar com algum localizador, ou até algo mais sofisticado.

— A questão é: como o nosso tio, que trabalhou a vida inteira numa fazenda, tá tão por dentro dessas coisas de tecnologia?

— É exatamente isso que me intriga, Lucas. Tem alguma pista nesse celular. E eu vou descobrir o que é.

— Max... se tem alguém que consegue descobrir qualquer coisa de tecnologia, esse alguém é você. E qual é a segunda coisa?

— Então... mandei um torpedão pro Paulo explicando por cima a história do pendrive e da carta. Ele sugeriu que a gente guardasse tudo no cofre da equipe, lá na SEDE. E, claro, decidiu antecipar a volta dos três pro Rio. A gente já percebeu que tem mistério dos grandes nessa história.

— É... só que você esqueceu de um detalhe, Max — disse Lucas, mais sério.

— Que detalhe?

— Marcos. Essa merda não me inspira confiança. E meu pai foi bem claro ao dizer que não devíamos confiar em qualquer um. Como vamos resolver algo na SEDE com ele lá?

— Ué, Lucas, então vamos ter que nos reunir no apartamento dos nossos amigos. Fora da sede.

Mais tarde, à noite

Em casa, Helena estava inquieta. A tensão era visível.

— O que foi, pequena? — perguntei, sentando ao lado dela.

— Quero trabalhar. Vou estudar à noite com a Dorinha. As crianças podem ficar com a vizinha — a que ficou viúva — até vocês chegarem. Mas... eu não tenho experiência nenhuma...

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