Perdão pelo sumiço, mas vai acontecer de novo KKKKKKKKKK. Eu fico muito magoada de vocês não lerem tanto essa fic quanto lêem Hirviente, porque pelamor, essa daqui é vem melhor!!? Mas a voz do povo é a voz de deus, beijos.
•
Tenho a sensação pura da brisa fria e do cheiro de flores de verão. Meus olhos tremeluzem semiabertos contra o radiante céu azul, e a terra fofa dá descanso as minhas costas, me sinto bem. Profundamente bem. Meu corpo aos poucos recobra todos os seus comandos, minha audição se aguça e nessa paisagem um tanto vazia de nuvens e turquesa consigo ouvir risadas distantes.
Tenho eu próprio vontade de rir, pisco, meu rosto se contrai num sorriso espontâneo. Passos se aproximam esmagando a grama na qual estou deitado e finalmente tenho forças para levantar parcialmente o pescoço, estou uma pradaria de taiga. Um rio corre bem abaixo do morrinho onde descanso, e Veronika está logo ali ao meu lado, sentada com um vestido cor de magenta. Vestido de reconheço bem, e logo sei que não é dela, mas sim o vestido que Alma vestia no dia em que a conheci. A russa me sorri, está mais inocente e leve do que de costume, as cores escuras de suas maquiagens não existem aqui, está corada. Está quase boazinha.
- Você dormiu no meio da brincadeira - diz em tom brincalhão, com um sorriso enorme. Eu franzo o cenho bem humorado.
- Brincadeira? - pergunto confuso e inebriado, pestanejo, fascinado pela beleza desse momento. Vel me olha com uma compreensão doce, fazendo-me sentir um pouco bobo por não entendê-la, como se fosse óbvio toda a situação.
- Krueger e Sofie se esconderam nas árvores e você cochilou enquanto contava até 100 - explica, e então se vira completamente na direção dos pinheiros - Crianças! Voltem! -
- Krueger...? - franzo o cenho ainda mais - E Sofie? - ouço mais risadinhas no eco que vem no vento, meus olhos ágeis vão de imediato de encontro as duas figurinhas minúsculas que correm pela estepe. Ela veste rosa claro, tem cabelos castanhos, e ele está todo de preto, e é loiro da cor do sol. Sinto meu coração saltar no peito.
- Veronika...? - murmuro fraco. O peito palpitando a cada passo dessas duas coisinhas minúsculas que saltitam felizes até mim, cada vez mais nítidas. Cada vez mais reais e bonitos, cada vez mais amados.
Não sei quem são, mas eu os amo com tanta força que sinto a dor desde amor todo retumbar em meu peito, querendo rasgar e sair para fora.
- Não se esqueça de matricular o Krueger na escola de música segunda feira, as suas aulas de piano não são mais o suficiente - Vel diz, arrancando de mim um riso intenso e incrédulo.
Eles chegam até mim, Sofie e Krueger. Param à minha frente tampando a luz do sol, e ambos se parecem com anjinhos. Há neles uma aura de sonho, sinto um amor tão ensurdecedor e poderoso que jamais senti antes. Eu os amo agora, eu os amo com todas as forças que tenho, e quero chorar por amá-los neste exato segundo.
- Papai, você jurou que não ia dormir! - Sofie diz, as bochechas rosadas inflando num biquinho revoltado.
- Papai cansou, ele estava em missão, você não lembra? - Krueger rebate um pouco duro demais, mas não tenho coragem e nem raciocínio para repreendê-lo por isso. Eu contemplo embasbacado, apaixonado, enlouquecido por aqueles dois seres que fossem o que fossem, agora exerciam um poder unânime sobre mim. Veronika, ali do lado, ergue suas mãos e chama as crianças para si.
- Deixem o papai descansar, venham aqui.
A luz fica cada vez mais intensa, as crianças se afastam e eu logo não as enxergo mais.
- Não Vel, eu quero ficar com eles! - vocifero, mas já é tarde. Minha visão cega, tudo branco. Meus filhos se foram para qualquer lugar dentro de minha imaginação e sonho, e eu sinto por alguns segundos o pior luto que já enfrentei na vida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
edelweiss | a könig storie.
Fiksi PenggemarKönig não podia escapar. O passado sulfúreo que emana dos muros e que flutua nas ruas de Viena o perseguiria para sempre. A luz amarela dos postes antigos que resplandecem nas calçadas molhadas, e evocavam a necessidade precípua que todo austríaco c...