Capítulo 53

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(Simone):Sério? — Simone diz em voz baixa e franze a testa. A atmosfera no carro despenca.

(Soraya):Ele disse que esse termo não é reconhecido em psiquiatria. Desde a década de noventa, — murmuro, rapidamente tentando resgatar o clima entre nós.

O rosto de Simone escurece, e ela exala lentamente.

(Simone):Flynn e eu temos opiniões diferentes sobre isso, — diz calmamente.

(Soraya):Ele disse que você pensa sempre o pior de si mesmo. Eu sei que é verdade, — murmuro. — Também mencionou o sadismo sexual, mas disse que era uma opção de vida, não uma condição psiquiátrica. Talvez seja por isso que esteja pensando sobre isto.

Seus olhos cor de mel piscam para mim novamente, e sua boca define em uma linha sombria.

(Simone):Então, com uma conversa com o bom médico a torna uma especialista, — ela diz acidamente e vira seus olhos para frente.

Oh Deus. . . Eu suspiro.

(Soraya):Olha, se você não quer ouvir o que ele disse, não me pergunte: —resmungo baixinho.

Não quero discutir. De qualquer forma ela está certa, o que diabos sei sobre toda a merda dela?

Eu quero mesmo saber? Posso listar seus pontos marcantes, maníaca por controle, sua possessividade, seu ciúme, sua superproteção, e entendo perfeitamente aonde ela quer chegar. Posso até entender porque ela não gosta de ser tocada, eu vi as cicatrizes físicas.


Só posso imaginar as mentais, e só vislumbrei seus pesadelos uma vez. E o Dr. Flynn disse...

(Simone):Quero saber o que foi discutido. — Simone interrompe meus pensamentos enquanto dirige-se na I-5 para a saída 172, seguindo para oeste em direção ao sol, afundando lentamente.

(Soraya):Ele me chamou de sua amante.

(Simone):Ele fez isto? — Seu tom é conciliador. — Bem, ele é bem exigente a respeito de seus termos. Acho que é uma descrição precisa. Você não?

(Soraya);Você pensa em suas submissas, como amantes?

A testa de Simone aprofunda mais uma vez, mas desta vez ela está pensando. Virando o Saab suavemente para o norte mais uma vez. Para onde vamos?

(Simone):Não. Elas eram parceiras sexuais, — ela murmura, sua voz cautelosa novamente. — Você é minha única amante. E quero que seja mais.

Oh. . . Essa palavra mágica novamente, cheia de possibilidades. Ela me faz sorrir, e por dentro abraço-me, minha deusa interior irradia alegria.

(Soraya):Eu sei, — sussurro, esforçando-me para esconder minha emoção. — Só preciso de um tempo, Simone. Para colocar minha cabeça em torno destes últimos dias. — Ela olha para mim estranhamente, perplexa, a cabeça inclinada para o lado.

Após um instante, o semáforo que estava parado fica verde. Ela balança a cabeça e aumenta a música, e nossa discussão acaba.

Van Morrison ainda está cantando, mais otimista agora, sobre está ser uma noite maravilhosa para a dança da lua. Olho para fora da janela, nos pinheiros e abetos vermelhos, polvilhados de dourado pela claridade do sol, suas longas sombras se estendem ao longo da estrada.

Simone virou em uma rua mais residencial, e estamos indo para o oeste em direção ao Sound.

(Soraya):Aonde vamos? — Pergunto novamente como viramos em uma estrada.

Cayendo  en la Tentación II Simone & Soraya Onde histórias criam vida. Descubra agora