Capítulo 58

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Simone conta a sua história. Ela estava voando com Ros, a sua assistente número dois no Charlie Tango para lidar com uma questão de financiamento na WSU em Vancouver.



Eu mal posso entender, estou tão confusa. Eu só seguro a mão de Simone e olho para as unhas bem cuidadas, seus dedos longos, os vincos em seus dedos, seu relógio de pulso, um Omega com três mostradores pequenos. Eu olho para seu perfil bonito, enquanto ela continua seu conto.



(Simone):Ros nunca tinha visto o Mount St. Helens, então no caminho de volta como uma celebração, fizemos um pequeno desvio. Eu ouvi que o TFR29 foi retirado há algum tempo e eu queria dar uma olhada. Bem, foi a nossa sorte. Estávamos voando baixo, cerca de 200 pés AGL, quando o painel de instrumentos iluminou. Nós tivemos um incêndio na cauda, eu não tinha escolha a não ser cortar todos os eletrônicos e posar. — Ela balança a cabeça. — Eu desci em Silver Lake, Ros saiu, e conseguiu apagar o fogo.

(Ramez): Um incêndio? Em ambos os motores? — Ramez ficou horrorizado.

(Simone):Sim.

(Ramez): Merda! Mas eu pensei...

(Simone):Eu sei, — interrompe Simone. — Foi pura sorte que eu estivesse voando tão baixo, — ela murmura.

Eu tremo. Ela solta a minha mão e coloca o braço em volta de mim.

(Simone):Está com frio? — Ela pergunta. Eu sacudo a cabeça.

(Fabi): Como você apagou o fogo? — Fabi pergunta, com seus instintos de Carla Bernstein chutando dentro. Nossa, ela parece concisa às vezes.

(Simone):Extintores. Temos que levá-los, por lei. — Simone responde calmamente.

Suas palavras estão a um longo tempo, circundando a minha mente. — Eu agradeço a divina providência, a cada dia, por ter sido você que veio me entrevistar e não Fabiana Monteiro.


(Fairte): Por que você não ligou ou utilizou o rádio? — Fairte pergunta.

Simone balança a cabeça.

(Simone):Quando desliguei os eletrônicos, ficamos sem rádio. E eu não ia ligá-los e correr o risco de incêndio. O GPS ainda estava funcionando no Blackberry, então
eu fui capaz de navegar até a estrada mais próxima. Mas isso nos custou quatro horas de caminhada. Ros estava de saltos. — A boca de Simone ficou em uma linha plana, de desaprovação.  — Não tínhamos sinal de celular. Não havia cobertura em Gifford. A bateria
de Ros foi a primeira a morreu. A minha acabou no caminho.

Santo inferno. Eu estou tensa e Simone puxa-me para o seu colo.


(Fairte): Então, como vocês voltaram para Seattle? — Fairte pergunta, piscando um pouco, com a visão de nós duas, sem dúvida. Eu fico ruborizada.


(Simone):Nós reunimos os nossos recursos. Entre nós, Ros e eu, tínhamos
seiscentos dólares, pensamos que teríamos que pagar alguém para nos trazer de volta, mas um motorista de caminhão parou e concordou em nos trazer para casa. Ele recusou o dinheiro e compartilhou seu almoço conosco. — Simone balançou a cabeça em consternação com a memória. — Levou uma eternidade. Ele não tinha um celular, estranho, mas é verdade. Eu não sabia... — Ela pára, olhando para
sua família.

(Fairte): Que me preocuparia? — Fairte zomba. — Oh, Simone! — Ela o
repreende. — Quase ficamos doidos!

(Elliot): Você virou notícia, mano. —
Simone revira os olhos.

Cayendo  en la Tentación II Simone & Soraya Onde histórias criam vida. Descubra agora