Despair Land - A Queda Dos Deuses

Capítulo 13: Untying ties Pt*Final

Ghuerbrant olhou para todos e quando seus olhos encararam a figura morta de Coelles, sentiu também um profundo pesar.

- Certamente não queríamos isto - disse tirando seus olhos de Coelles até a imagem natimorta de Bellator nos braços do seu filho mais velho.

- Vocês trouxeram desgraça á minha casa - respondeu Aldris - lavarei nossa honra com o sangue de sua família!

Os olhos de Ghuerbrant encheram-se de raiva quando encontrou os olhos de Cleópatra que olhou de volta com temor e instintivamente deu um passo para trás, despejando o sangue de seus bracos que pouco á pouco iam nascendo novamente como se sua pele de serpente estivesse sendo substituída. A rainha harpiana voltou seus olhos para Aldris.

- Eu entendo você estar buscando uma nova esposa - disse Ghuerbrant - Seus filhos precisam de uma mãe e seu reino de uma rainha. Mas convenhamos... Esta minhoca do chiqueiro das Amazonas não faz jus ao cargo! Não chega aos pés da beleza que lady Bellamir tinha quando viva.

- Vocês harpias como sempre tendo as línguas mais afiadas dos reinos - respondeu Aldris - Deve ser por este motivo que seu filho és tão petulante enquanto os meus tão bem educados.

- Ah - suspirou Ghuerbrant pousando sua mão de maneira doce sobre os cabelos de seu filho - perdoe meu pequeno Mael por sua petulância. Ele é rebelde e violento demais... Eu o ensinei á ser assim e devo confessar, tenho muito orgulho. Já você, mal lembra de dar amor aos seus filhos - a cavaleira harpiana apontou para Coelles e depois para Bellator - Aposto que olha para eles e vê em cada um um pedaço da esposa que perdeu e se odeia por ter deixado ela morrer, não é? Por isto desconta neles.

- Não ouse falar o nome dela! - gritou Aldris saltando em direção á cavaleira harpiana que sacou sua espada e desviou seus golpes.

Cada golpe de Aldris vinha carregado de tamanha força que todos ao redor sentiam o chão tremer. Ghuerbrant, no entanto, não se intimidava. Seu sorriso era diabólico como o de seu filho, seu olhar tão ou mais impetuoso que o dele.

- É engraçado, não é? - dizia a cavaleira harpiana enquanto trocava golpes com Aldris - Eu fui aprendiz de seu pai, fui sua companheira em batalha e hoje mestra de seus filhos. Eu acompanhei o mais perto possível á sua família.

- E á partir de hoje é nossa inimiga declarada - respondeu Aldris.

- Alguém tem que se opor, não é? As Amazonas, assim como os humanos, não se importam com quantos povos você venha á causar mal por tanto que não chegue nas fronteiras de seus países. Egoístas demais. Parecem ter se esquecido dos conselhos divinos da deusa superior.

- Mulher, concentre-se em nossa luta - disse Aldris irritadiço.

Em determinado momento ambos trocaram uma sequência de golpes tão rápidos e fortes que as estruturas do palácio inteiro vibraram sentindo o ressoar das lâminas de dois dos guerreiros mais poderosos do mundo.

- Ah, saudades dos velhos tempos de guerra. Lembra de quando o inferno se abriu e choveu demônios querendo dominar o mundo? - Ghuerbrant lembrava da batalha onde fizeram seus nomes - Fomos nós, os quatro lendários seguidos por exércitos de todas as raças quem impedimos o fim do mundo. Como pode você agora querer aqueles tempos de volta? A guerra, a morte, o medo e a desgraça de todos em seu nome.

- Eu quero impedir que este mundo sofra o mesmo que eu quando me tomaram ela - respondeu Aldris desferindo golpes ainda mais movidos á raiva.

- Tolice! Todos perdemos alguém importante. Você não é o primeiro e nem será o último.