Passaram-se 5 dias intensamente sinistros nesta ilha. Quase morremos incontáveis vezes, encontramos outros grupos e pessoas habilidosas os quais tivemos que usar tudo que estava ao nosso alcance para matar ou teríamos sido mortos.
Pessoas meio animais, goblins, cavaleiros, guerreiras, monstros, armadilhas... Nós lidamos com tudo que se pôs em nosso caminho. Não foi fácil, jamais diria isso mas conseguimos!
Hideo e eu montamos uma estratégia capaz de nos levar até o portal de saída o mais breve possível mas havia um impecilho... O caminho mais curto no mapa era com certeza aquele onde haveriam mais inimigos. Para evitar lidar com vários ao mesmo tempo, montamos guarda constante durante o dia e nos escondíamos ao dia em cavernas, árvores, e até mesmo fizemos buracos no chão. Á noite nós saímos para caçar inimigos próximos e avançar em nosso percurso. Ficamos durante um bom tempo atacando grupos enquanto todos dormiam e isso nos rendeu alguns bons espólios.
Eu e Hideo agora tínhamos roupas de couro e pedaços de armadura que protegiam partes sensíveis dos nossos corpos enquanto também garantia mobilidade. Conseguimos duas boas espadas e uma lança. Tive algumas aulas de esgrima básica com Hideo que me ensinou algumas técnicas élficas, embora ele mesmo dissesse que suas habilidades eram melhores em armas de fogo e explosivos. A Succubus ganhou novas mudas de roupa e duas adagas além de termos lhe dado a lança que achamos, a boneca e a fada ficaram sem nada por motivos de que nada lhes faria diferença possuir.
Consegui uma espécie de bolsa que me servia tão bem quanto uma mochila que eu usei para guardar a boneca demônio e também a fada, para impedir que elas nos atrasassem. Ambas eram incrivelmente leves.
Nos primeiros embates fora bastante difícil convencer á Succubus á matar. Apesar de já tê-lo feito, ela parecia relutante em repetir o ato mesmo que para sua própria sobrevivência. Eu a vi tendo crises de pânico mas logo o peso das situações a obrigaram á superar este trauma psicológico.
A boneca, pelo contrário, até quis muito mas suas habilidades eram tão porcas que qualquer esforço seu era inútil. Embora sempre que estava em real perigo, magicamente aparecia seu "Salvador". Bear-zebub surgia do completo nada para salvar sua protegida. Isso nos garantiu que ela fosse de alguma forma útil para nós.
A fada por outro lado... Prefiro nem pensar! Uma bêbada completamente sem utilidade em batalha. Mas nos momentos de descanso eram as histórias confusas e engraçadas que ela contava que impediam nosso grupo de se render ao censo de violência e nos arrancava sorrisos e risadas. Mesmo após termos passados por momentos difíceis, conseguimos manter alguma união entre nós e neste ponto todos já conheciam os pontos fracos e fortes dos outros.
— Somos fracos, com toda certeza somos! Somente eu e Hideo podemos lutar ativamente e estamos em cinco pessoas — eu disse á todos — mas com essa estratégia, mesmo um grupo como o nosso pode sobreviver até o final! Posso não ser um gênio, mas acredito que esse plano vai dar certo!
A Succubus fez uma careta descontente e se aproximou de mim.
— Por favor não esqueça, o caminho mais curto é também aquele em que deve haver mais inimigos! Vamos acabar lidando com gente perigosa com muito mais frequência e, sejamos realistas, nosso pequeno grupo não é forte o suficiente para acabar com todos — concluiu a Succubus.
— Vocês tem á mim! Não precisam se preocupar. Apenas confie que eu irei os proteger — respondi sorrindo e me afastando dela, pronto para continuar nossa caminhada.
No sétimo dia, nos encontramos um grupo de pequenos híbridos entre humanos e lagartos os quais assassinatos de forma silenciosa e rápida. Eu, Hideo e Asdriel os atacamos enquanto dormiam, afundando a ponta de adagas roubadas em suas gargantas enquanto cobriamos suas bocas. Em menos de 5 minutos 6 mortes haviam sido concretizadas.
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Despair Land - A Queda Dos Deuses
FantasySinopse: Afro é um jovem rapaz de 21 anos. Acabou de sair da casa dos pais. Estava morando sozinho em uma cidade nova há 2 anos mas, enquanto sua entrada na vida adulta e independente fora cheia de vontade e esperanças, a permanência na mesma o afas...