Prólogo

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Genteeee, chegueii. Tudo bem com vocês? Estava com saudades. Estou morta de ansiedade para saber o que irão achar da história.

Gente, preciso fazer um pedido. Está meio desanimador postar por aqui. Então, peço por favor pra vocês curtirem e comentarem muitoooo.

Será que podemos fazer um desafio pra ganhar logo o capítulo 1? Que tal? 200 comentários e eu solto o capítulo 1 ainda hoje. Vamos animar isso aqui, galera.

Boa leitura

Boa leitura

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PRÓLOGO 

KATE

Continua frio. Sempre frio. Cada dia. Cada noite. É sempre a mesma coisa. O sol nunca parece surgir nos momentos que mais preciso dele e do seu calor. 

E ainda agora, enquanto olho pela janela as pessoas caminharem pelo pátio do hospital, sinto um calafrio, uma espécie de solidão gelada que me consome por dentro e alastra-se em cada célula do meu corpo. 

Os visitantes conversam e brincam com seus parentes: pais, mães, irmãos, filhos, sobrinhos, amigos. Noto alguns abraços trocados, alguns sorrisos de esperança. A esperança de que dias melhores virão.  

Já fazem dez dias que estou aqui. Ou doze. Não sei exatamente. Acho que me perdi no tempo em algum momento, enquanto as horas passam. Minha mãe não veio me visitar. Ela quase nunca vem, nem mesmo das outras vezes em que fui internada. 

Acho que ela nunca me perdoou pelo que aconteceu quando eu ainda era muito jovem, e juntou essa mágoa à decisão que tomei meses atrás quando o mundo desmoronou em minhas costas e eu precisei me posicionar a respeito de algo que mudaria todo o percurso da minha vida.  

É uma pena as coisas serem assim, eu a amo tanto. Queria que ela entendesse e respeitasse as minhas escolhas, que tentasse deixar o passado para trás e me ajudasse a tentar seguir em frente sem levar tanta culpa dentro do coração.  Eu era inocente, era quase uma criança. Mas carrego e alimento essa culpa, mesmo que ela não me pertença, sempre que vejo a tristeza e o rancor estampados nos olhos de minha mãe.

Com um grande esforço, puxo o ar com força para os pulmões e volto a expirar, tentando afastar lembranças que tanto me atordoam. Lembranças que carrego fincadas dentro do peito e entalhadas em minha memória. 

Fecho as pálpebras por alguns instantes, sendo tomada pela angústia que me domina e me afasto da janela. Instintivamente levo as mão aos meus quadris. Já fazem algumas horas que a dor é constante na região, junto a uma cólica incômoda que vai e volta em um intervalo considerável de tempo. 

Deslizo as mãos pela protuberância em minha barriga e a sinto dura, contraída. Volto a abrir os olhos, o medo me invadindo como uma névoa gelada e sombria pelo que está prestes a acontecer. 

Com as pernas trêmulas, eu me inclino pra frente e firmo-me na parede gelada, ficando levemente curvada. 

A posição ameniza as dores na lombar, permitindo que eu solte a respiração que estava presa nos pulmões.  Mas o alívio é tão passageiro e rápido quanto fumaça se dissolvendo no ar. 

MEU FEDERAL ( Spin-off do Best-seller PECADOR)Onde histórias criam vida. Descubra agora