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PABLO GAVI 💌

Xavi descobriu sobre a possível briga entre Pedro e eu. Foi um saco ouvir aquele calvo brigar com a gente por 10 minutos.

— Isso aqui deve resolver. - Ele para enfrente a uma porta e bate.

Olhei Pedri que estava olhando em volta reconhecendo o lugar. Eu sabia muito bem onde estávamos.

— Doutura Ana. - Xavi entrou na sala e a psicóloga nos olhou.

— Xavi, que bom te receber aqui! - Ela se levantou e olhou para mim. — Oi Pablo, como está?

— Ah, eu tô bem... - Dou ombros.

Ela sorriu e cumprimentou Pedro.

— Ana, preciso de uma ajuda sua. Os meninos estão se desentenderam novamente e... - O treinador foi interrompido.

— De novo?! - Ela arregalou os olhos assustada. — Vocês dois de novo!

Sorri amarelo para ela junto com Pedri e Xavi olhou sem entender.

Tadinha.

Da primeira e última vez que viemos juntos aqui, a sessão durou 5 minutos e foi um caos.

— É, eles de novo. Boa sorte. - Xavi saiu e eu me sentei no sofá. Pedro fez o mesmo.

— Podem se sentar do jeito que se sentirem confortáveis. - A mulher diz indo pegar uma prancheta.

Olhei o rapaz ao meu lado e ele também me olhou. Provavelmente esperando ver a posição que eu fazia minhas terapias.

Eu já conhecia a doutora Ana e me tratava meses com ela. Era uma ótima profissional. Todos do CT sabiam que eu tinha consultas semanais.

— Perfeito, não gosto desse jeito formal. - Logo fiz uma posição favorita.

Me deitei de cabeça para baixo no sofá e olhei em volta procurando algo.

— A almofada azul está lavando. - Ela me olhou e eu fiz um biquinho. — Não sabia que iria vir hoje.

Minha almofada favorita.

Concordei com a cabeça e Pedro relaxou no sofá. A doutora já sabia sobre eu achar que a Kiana não confiava em mim, então metade do problema ela já tinha noção.

— Vamos lá, batutinhas. O que os traz aqui? - Ela se sentou a nossa frente. — Por favor, que não seja outro assunto sobre gravidez. - A doutora sussurrou.

— Não, é pós gravidez porque a Isabel nasceu e é linda. - Sorri animado.

— Você me mostrou, Pablo. Me mostra as fotos dela em todas as consultas. - Ela sorriu.

— Esquisito. - Pedri sussurrou.

— Cala boca, Neymar. - Respondi olhando a doutora.

— Então, vamos começar. Da última vez, Pedro começou então, Pablo começa. - A profissional diz anotando algo em sua prancheta.

— Tudo bem. - Dou ombros. — Olha, ontem eu fiquei um pouco um pouco irritado porque eu menti para a Kiana para cuidar da Isabel sozinho. Mas a bocuda da Laura ligou pro projetinho de Piqué ex da Shakira e estragou tudo!

— Ei! - Pedri me olhou ofendido.

— Continuando, aí cuidamos tudo direitinho dela...Até dei banho! - Sorri. — Mas aí, como eu já havia falado com você, eu sentia que a Kiana não confiava em mim e realmente, ela não confia. Só confia nele. - Apontei para Pedro.

— Isso não é ver... - Pedro tentou se defender mas eu interrompi.

— Cala a boca, Antony. - Me ajeitei no sofá.

— Cala boca você, projetinho de Militão. - O garoto me olhou.

— Militão assumiu a filha. - O encarei.

— Depois de rejeitar. - Ele sorriu.

— Eu nunca rejeitei. Você que entrou na frente. - Me sentei no sofá.

— Meninos... - A doutora tentou falar.

— Eu fui homem.

— Ser é pegar a mulher do amigo e tentar pegar a criança dele e ainda brincar com o sentimento de uma mulher?! - Cruzei os braços. — Se isso é ser homem, eu não sou um homem.

— Tu é um moleque.

Me levantei irritado e a doutora me encarou. Respirei fundo e comecei a contar até 100 tentando me acalmar.

— Olha doutora, acho que isso aqui não vai funcionar. Pablo vamos ao um bar. - Pedri se levantou.

— Não quero beber, eu tenho que ir na casa da Kiana cuidar da Isabel. - O encarei e olhei a doutora. — Podemos ter uma consulta amanhã?

— Claro. - Ela sorriu gentil e eu concordei.

Saí da sala logo indo em direção ao vestiário.

Podia estar irritado com Kiana, mas não iria vacilar novamente.

[...]

Terminei de trocar a fralda de Isabel e sorri animado a pegando no colo.

— O Natal está chegando! Você ficará uma gracinha de roupinha de rena, Bebel. - Digo animado e deixo um beijinho em sua testa.

Kiana estava na porta nos observando.

Agora ela estava mais liberal, mas ainda estava chateado.

— Fiquei sabendo que foi na terapia... - Ela iniciou e eu fiz um barulho com boca. — Foi bom? - Fiz novamente o barulho.

Andei para fora do quarto da pequena e fui em direção à sala e Kiana veio atrás.  Fui até janela fechada e fiquei observando a vista.

— Olha que bonita a vista, Bel. - A levantei um pouco e ela olhava em volta.

— Ela gosta de olhar tudo. - Kiana riu. — Isabel tem seus olhos.

Uhum. - Falei observando Isabel.

— Não pode ficar assim pra sempre, Pablo. - Kiana diz em tom meio irritado.

— Quem disse?

— Eu!

— E você é...?

Kiana se calou e escutei seu passos sumindo pelo apartamento e olhei a vista novamente. Bebel fez um barulho com a boca e eu sorri.

— Vamos fazer cartão de Natal também...e você vai ter que conhecer o Gael.




💌 curtinho pra vocês não sentirem 😭 saudades




children - pablo gavi e pedri gonzález Onde histórias criam vida. Descubra agora