9 - Noah

24 2 24
                                    

Luca, Victor e Emily se entreolhavam, assustados, enquanto o corpo de Marco caído no chão já formava uma poça de sangue que escorria de sua cabeça

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Luca, Victor e Emily se entreolhavam, assustados, enquanto o corpo de Marco caído no chão já formava uma poça de sangue que escorria de sua cabeça.

- Nós nunca vamos sair daqui! - exclamou Emily. - Que tipo de criatura pode nos perseguir no corredor?

Antes que pudessem refletir, uma criatura deformada surgiu das sombras do quarto, correndo na direção dos novos nômades. Instintivamente, o trio correu para a saída sem nem pensar duas vezes, encontrando-se agora em um dos imensos corredores do Hotel Infinito.

O ambiente era surpreendentemente bem iluminado, graças às inúmeras velas de cera vermelha dispostas em castiçais finamente trabalhados, criando uma luz trêmula e dançante. As paredes estavam cobertas por um papel de parede com padrões elaborados, onde a tonalidade escura do vermelho e do preto se entrelaçavam, evocando imagens de sangue coagulado e sombras sussurrantes.

O piso estava revestido por um carpete vermelho escuro, macio sob os pés, mas manchado de forma irregular, como se tivesse testemunhado acontecimentos obscuros. No centro, um grande lustre de cristal pendia do teto, suas lâmpadas emitiam uma luz avermelhada que se espalhava pelos cantos escuros, lançando sombras grotescas. A mobília era igualmente luxuosa e suntuosa. Poltronas de veludo carmesim estavam dispostas em pequenos grupos, algumas com almofadas em padrões de caveira. Uma enorme lareira de mármore negro ocupava uma parede, suas chamas vermelhas e douradas crepitavam como se fossem presas vivas. Em cima da lareira, uma pintura retratava uma figura sombria, olhos vazios e sorriso malévolo.

No entanto, o que mais perturbava os ocupantes era a sensação de que algo os observava, algo que espreitava nas sombras escuras dos cantos. O som de passos suaves ecoava de vez em quando, mas nenhuma figura visível estava presente. Portas misteriosas e quadros com olhos que pareciam seguir os visitantes adornavam as paredes, criando uma sensação constante de desconforto. Aquele corredor era diferente de todos os outros.

- Novos por aqui? - uma voz surgiu, quebrando o silêncio.

Ao se virarem, o trio se deparou com uma mulher sorridente que os seguia. Ela era tão baixa que Luca precisava curvar o pescoço para que pudesse olhar em seus olhos.

- A Beatrice não avisou nada, são nômades? - a mulher continuou a perguntar.

Luca, Victor e Emily não responderam de imediato, continuando a encarar o corredor. Apesar do assombroso cenário, toda aquela iluminação excessiva dissipava qualquer sinal de perigo.

- Não tem perigo em dizer que são nômades! - a mulher não parou de falar. - Este piso é totalmente seguro, vocês devem ter dado sorte!

- Que piso é este? - finalmente perguntou Luca.

- 18! - respondeu a mulher com um sorriso. - A ameaça daqui são umas criaturas deformadas que só aparecem no escuro, então tivemos a liberdade de colocar essas velas que nunca acabam em cada canto!

Hotel InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora