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O falso Luca havia acabado de compartilhar sua história com Victor

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O falso Luca havia acabado de compartilhar sua história com Victor. Aurora, que estava prestes a pegar a carta coringa do guardião e sair dali, interrompeu seus passos, sobrecarregada pela quantidade de informações.

- Você... – Aurora cerrou os punhos e se aproximou do jovem.

Os passos vagos de Aurora denunciavam seus sentimentos. A imagem da morte de seus colegas invadiu sua mente. O homem à sua frente, aquele responsável por todo o sofrimento, estava ali.

- Você começou com toda essa confusão! – Aurora gritou. – Devo te chamar de Luca? Hilbert? Maldito?

- Me desculpe, não sabia que era tão penoso para uma criminosa! – Luca estava inexpressivo.

- Você não sabe nada sobre mim! – Aurora forçou suas mãos contra o pescoço de Luca, apertando com toda a força.

- Uma... traficante... – Luca tentava falar. – Matou diversas pessoas... que... descobriram o seu... segredinho... especialmente homens...

- Os homens queriam me tirar do ramo porque sou uma mulher! – Aurora continuou a apertar. – Eu apenas reagi!

- Não queriam te tirar do ramo... por ser mulher... – Luca tentava rir. – Traficantes vivem brigando uns com os outros... Assim como... outros nichos... você mesma se humilhava... e problematizava isso como se alguém... se importasse... você era uma traficante... traficantes matam traficantes... você era só mais uma... e queria ser superior... queria provar o seu valor... mesmo ninguém se importando com isso... queria ser aceita... buscava aprovação dos outros... mas não aprovava a si mesma...

- Eu me aprovava! – Aurora jogou Luca contra o chão. – Eu sou uma mulher forte!

- E o que eu tenho a ver com isso? – Luca massageava seu pescoço. – Você é só mais uma buscando atenção. Pessoas fortes não precisam anunciar, pessoas inteligentes não se vangloriam... quem quer ser aceito não sai gritando por aprovação! Te faltou força, te faltou inteligência, e te faltou auto aceitação.

- Eu... – Aurora começou, mas Luca a interrompeu.

- Você menosprezou as pessoas que matou, achava que elas não eram ninguém. Do mesmo jeito que eu menosprezei os criminosos que entraram neste hotel. Vocês não fazem falta lá fora! Não somos diferentes, Aurora!

- Eu não sou um velho mal amado! – Aurora cerrou os punhos.

- E eu não deixo as pessoas que me ajudaram para trás! – Luca sorriu. – Se você tivesse ficado na cozinha, o Jasper estaria aqui. Você foi responsável pela morte dele!

- Você é o dono do hotel! – Aurora gritou. – Você controla as coisas aqui. Você podia salvá-lo sozinho!

- E você sabia? Por que eu não... Você é apenas uma covarde... Isso te faz tão insignificante quanto um inseto! Quer me culpar pelas mortes? Pode culpar, mas não se faça de vítima.

Hotel InfinitoOnde histórias criam vida. Descubra agora