16 - Adormecidos

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Os quatro nômades descansavam o máximo que podiam; a escuridão de um dos quartos do infinito era assustadora, mas, ao mesmo tempo, confortante

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Os quatro nômades descansavam o máximo que podiam; a escuridão de um dos quartos do infinito era assustadora, mas, ao mesmo tempo, confortante. Nenhuma criatura os atacara nas poucas horas em que estiveram ali. Só faltava alguém tomar a frente e sair para explorar o andar.

- Vamos? – Luca se aproximou da porta – Na melhor das hipóteses, voltamos para o segundo piso!

- E qual seria a pior? – Victor o acompanhou.

- Seremos mortos assim que abrirmos a porta!

- De repente, me pareceu uma boa ideia ficar aqui para sempre!

Luca soltou apenas um sorriso, estendendo a mão até a maçaneta da porta. Com um pequeno movimento, a abriu. Jasper pegou sua arma, preparado para encontrar mais monstros, mas o que esperava do outro lado era algo ainda mais confuso.

O corredor do hotel parecia um cenário saído de um circo maluco e surreal. O papel de parede misturava padrões xadrez com listras vibrantes, causando tontura até nos mais destemidos. As luzes intermitentes piscavam em tons coloridos, iluminando malabaristas de pelúcia nas paredes. Luca, Victor, Emily e Jasper hesitaram enquanto entravam, observando o espetáculo peculiar diante deles. O carpete, um mosaico de padrões psicodélicos, parecia mais a pista de um palhaço do que o chão de um hotel. Ao longo do corredor, pessoas estavam caídas no chão, em posições contorcidas e exageradas, como se estivessem em um sono profundo, mas com sorrisos congelados em seus rostos.

- Isso é um corredor de hotel ou o ensaio geral de um espetáculo de circo do inferno? – Luca perguntou com um sorriso nervoso.

- Podemos voltar para o quarto do infinito ou está muito cedo? – Victor retrucou.

Emily aproximou-se de uma pessoa adormecida, curvando-se para verificar o pulso, que estava fluindo normalmente. Aquelas pessoas estavam simplesmente dormindo?

- Ei!! – Jasper gritou para outra delas.

Não importava o que Jasper fizesse, as pessoas adormecidas não acordavam de jeito nenhum.

- É a doença do sono! – Emily afastou-se rapidamente do adormecido.

- E o que seria isso? – Victor também recuou por precaução.

- A doença do sono, cientificamente conhecida como encefalite letárgica, é uma condição neurológica misteriosa e complexa que afeta o sistema nervoso central. – Luca estalou os dedos - Ela foi identificada pela primeira vez por volta de 1917, durante a pandemia de gripe espanhola. É caracterizada por um conjunto de sintomas que incluem sonolência excessiva. A causa exata ainda é um enigma, mas está relacionada a uma inflamação do cérebro, especialmente nas regiões do hipotálamo e do tálamo. Essas áreas desempenham papéis cruciais no controle do sono, na regulação da temperatura corporal e em diversas funções metabólicas.

- Tálamo? – Falaram os outros três em uníssono.

- Aquela bruxa não estava tentando retirar o tálamo das pessoas? – Perguntou Victor.

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