O mar estava calmo, o sol aos poucos foi indo embora, a tarde já estava chegando ao fim e o céu foi ficando cada vez mais escuro. Quando todos chegaram a ilha, a noite já tinha reinado.
O velho parou de remar quando o barco encostou na areia branca. Todos saíram sem muito entusiasmo, cabisbaixos, capengas e mortos de cansados. Nada estava acontecendo como eles previram. De longe já tinham visto que a ilha não era o lugar que pensavam que fosse. O matagal alto cobria todo o casarão. Árvores preenchiam metade do lugar. O casarão grande e de madeira, parecia que cairia a qualquer instante.
Anne pensou que seria um lugar alegre, uma casa bonita e algo mais interessante, mas suas expectativas foi de 100 a 0 e ela só queria ir embora. Ainda mais depois do que sentiu quando estava no barco. Ela realmente pensou que iriam morrer naquele momento. De algum jeito teve um pressentimento de que o barco afundaria.
Uma placa de madeira estava fincada ao chão indicando que eles já estavam muito longe de casa. Quando Laura viu aquela placa quase caindo, sentiu que agora não teria como voltar atrás.
— Chegamos. Sejam bem-vindos a ilha Nomar. — o velho entregou uma chave enferrujada para Gustavo, sem esboçar nenhuma reação. — Essa é a chave da casa.
Gustavo olhou confuso para ele.
— A gente vai ficar sozinho nesse lugar? Cadê o dono?
Gabriel começou a rir, atraindo os olhares de todos.
— Relaxa, cara. A gente consegue se virar sozinho.
— Se virar sozinho? Por acaso você bebeu? Olha pra esse lugar. Mais parece um cenário de filme de terror. — Melissa se revoltou enquanto tentava tirar seus pés da poça de areia.
Definitivamente ela não estava nada feliz de estar ali. Estava arrependida de ter se autoconvidado. Agora ela só queria sua banheira cheia de espumas e sais de banho de lavanda, mas estava ali, morrendo de frio, com fome e sem saber se aquela ilha era realmente um lugar seguro.
— Eu não achei tão ruim assim. Parece ser uma casa com muita história pra contar. Para de ser fresca e vamos entrar logo. — Giovanna resolveu comentar, já caminhando rumo a mansão rústica.
Patrick foi logo atrás, sem dizer nada. Ainda não tinha uma opinião formada sobre tudo, mas pensava que no outro dia, de manhã, poderiam aproveitar mais a ilha. À noite tudo fica com um ar mais sombrio. Deve ser por isso que a ilha estava com aquele clima, pensou.
Quem também pensava assim era Fernando, que observava Anne preocupado. Desde o momento que ela se assustou no barco, ele tentou ao máximo ficar por perto. A tentou acalmar e a abraçou até que ela ficasse melhor. Ele não podia negar que ter ficado tão perto assim dela aumentou mais sua curiosidade sobre ela.
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Tecle 2 para matar | Concluído
HorrorQuem seria doido de aceitar ir em uma viagem para uma ilha deserta com tudo pago depois de receber uma ligação suspeita? Parece loucura, mas dez jovens aceitam e embarcam nessa jornada pensando que seria a viagem dos sonhos. Mas não era. Um assass...