Se passou um dia desde que todos chegaram na ilha. Patrick estava se recuperando bem e Giovanna estava cuidando dele (e outras coisas a mais.) Os dois não se desgrudaram mais depois do
que aconteceu, e Giovanna não poderia estar mais feliz. Parece até que se esqueceu de que estava presa em uma ilha.
Sair de lá estava sendo o principal pensamento da maioria, mas parecia algo impossível. Gustavo já olhou em todos os lugares procurando um barco ou algo parecido para que eles pudessem ir embora, mas não encontrou nada. Também não tinha nenhum sinal de que o suposto dono da ilha chegaria lá. Foram enganados, puxados para uma armadilha que nem eles sabiam qual era.
Não restava nada a não ser esperarem o inesperado acontecer. E naquele momento, Gustavo e Gabriel estavam tentando aproveitar a ilha da melhor maneira possível. Evitando lembrar do que aconteceu e do que estaria por vir. Os dois entraram no mar, ambos com uma sunga e com a prancha de surfe que eles tinham encontrado.
Laura, Giovanna e Anne observavam, sem saber se julgavam ou se admiravam a barriga tanquinho perfeita dos rapazes.
— Como eles conseguem agir desse jeito sabendo que a qualquer momento alguma coisa pode acontecer? — Laura indagou depois de revirar os olhos na direção dos meninos.
Como o sol estava forte, a areia branca estava quente o bastante para queimarem os pés. Então elas estavam sentadas nas espreguiçadeiras de madeira que ficavam em frente ao mar, bebendo uma limonada preparada pela Anne. Ela, naquele instante tentou se esquecer dos acontecimentos passados e se concentrar no calor queimando sua pele e em como o dia parecia tão perfeito. Era mais fácil assim, não é? Esquecer os problemas e fingir que nada está acontecendo.
— Às vezes, é melhor tentar escapar da realidade. — Giovanna comentou e tomou mais um pouco do seu suco. Estava com um óculos de sol e um maiô azul-marinho. Parecia relaxada, mas não estava nem um pouco. Ela se sentia observada. Na verdade, estava com essa sensação desde o momento que saiu da casa.
Anne olhou para as duas e um semblante triste a consumiu. Ela estava se sentindo culpada por ter convidado seus amigos para aquele lugar estranho. Se tivesse vindo sozinha, talvez a culpa não a tivesse queimando por dentro.
— Me desculpem de verdade por ter trago vocês para esse lugar.
Laura segurou a mão da melhor amiga e balançou a cabeça em negação.
— Não precisa se preocupar. Se o pior não acontecer, pelo menos vivemos as maiores aventuras aqui. Olha, esse lugar não é tão ruim assim. Talvez tudo não passou de uma coincidência.
Laura falou tentando convencer a si mesma de que não tinha nada mesmo de errado, mas sabia que estava mentindo. Não poderia ser coincidência o dono da ilha não ter aparecido, Patrick quase morrido e ainda terem achado um crânio humano no armário. Eram coisas sérias demais para não serem levadas a sério. Não poderiam fingir que nada daquilo aconteceu.
— Queria mesmo acreditar nisso, mas Patrick ter quase morrido é a prova de que esse lugar é esquisito demais. — Giovanna argumentou e depois fechou os olhos.
Alex também pensava o mesmo que Giovanna, por isso estava olhando por todo o casarão a procura de alguma coisa suspeita. Depois de olhar tudo, e mesmo assim não encontrar nada, ele se jogou no sofá, frustrado. Só podia ser um pesadelo. Já tinha desistido de tentar achar algo, quando viu um telefone preto em cima de uma mesinha. Será que estava funcionando? Poderia ligar para alguém e pedir socorro. Ele então se levantou e foi até o telefone. Quando colocou próximo ao ouvido ouviu um chiado. Estava funcionando!
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Tecle 2 para matar | Concluído
HorrorQuem seria doido de aceitar ir em uma viagem para uma ilha deserta com tudo pago depois de receber uma ligação suspeita? Parece loucura, mas dez jovens aceitam e embarcam nessa jornada pensando que seria a viagem dos sonhos. Mas não era. Um assass...