Quem seria doido de aceitar ir em uma viagem para uma ilha deserta com tudo pago depois de receber uma ligação suspeita?
Parece loucura, mas dez jovens aceitam e embarcam nessa jornada pensando que seria a viagem dos sonhos.
Mas não era.
Um assass...
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O som da TV era a única coisa que se podia escutar na sala. Não se falava em mais nada nos telejornais, a não ser na fatalidade que aconteceu há 20 anos atrás: O massacre na ilha Nomar.
— Exatamente hoje, 23 de dezembro de 2019, faz vinte anos que os sobreviventes do massacre na ilha Nomar conseguiram escapar. Ao todo foram encontrados mais de 50 cadáveres no local. O assassino, chamado Ramon Lancarter foi encontra… — o repórter dizia na televisão, falando como se fosse a notícia do ano.
— Ei, mãe! Eu tava assistindo! — O jovem, de cabelo preto e olhos azuis-claros, reclamou quando a TV foi desligada. Estava em pé em frente ao aparelho segurando uma tigela e batendo com força a massa de biscoitos com uma colher de madeira.
Ele adorava cozinhar. Era sua paixão. Sua mãe lhe dizia que seu pai também era apaixonado por culinária. Ele nunca pôde conhecer seu pai biológico, mas pelas coisas que sua mãe contava, sabia que ele tinha sido um bom homem.
— Ah, todo mundo só fala nessa coisa. “Ah, os sobreviventes, ah, massacre na ilha Nomar” Ninguém se importa! — a mulher de cabelos cacheados disse, enquanto gesticulava suas mãos como se elas estivessem falando.
Uma careta foi lançada em direção a ela, a fazendo encarar a mulher já de idade, que estava sentada no sofá.
— Mas eu me importo, Anne. Você age como se isso tudo não tivesse acontecido. Sabe o quanto eu fiquei feliz quando soube que você estava viva? — as lágrimas começaram a cair sobre o rosto dela, e Anne logo a abraçou.
