Laura e Alex terminaram de enterrar Guilherme às pressas, ansiosos para mostrarem a todos o caderno estranho que encontraram. Ela folheou, tentando achar mais alguma coisa interessante, mas não foi capaz de enxergar bem o que estava escrito. O caderno estava em pedaços, tão destruído que metade do que foi escrito estava apagado. Parecia mais um diário, onde alguém estava escrevendo tudo sobre a ilha nos mínimos detalhes.Era uma pena que algo tão valioso e que poderia ajudá-los tinha estragado assim. Mas ainda tinha algumas páginas que poderiam ser lidas se eles prestassem bem atenção.
— Gente, olha só o que encontramos! — Laura entrou na sala correndo com o caderno nas mãos.
Todos, menos Giovanna que ainda estava descansando, estavam sentados no sofá, cada um no seu canto. Assim que Laura viu Anne e Melissa de mãos dadas conversando tranquilamente, ela fechou a cara. Não esperava nunca encontrar as duas assim. Talvez Alex estivesse certo. Anne não sabe o que faz, uma hora está falando mal de alguém e outra está abraçada. Não faz sentido nenhum ter ela como amiga.
— O quê? — Gustavo se colocou na frente para pegar o caderno das mãos de Laura, mas ela desviou a tempo.
— Parece que não fomos os únicos a virem para essa ilha. O dono desse caderno escreveu várias coisas aqui, como se fosse um diário, mas a maioria das folhas estão estragadas. — ela explicou, abrindo o caderno e deixando todos com olhares curiosos.
Gabriel se levantou do sofá e se aproximou dela para conseguir ver melhor. Ele sempre teve um certo tipo de dom para entender letras e coisas apagadas. Sabia que iria conseguir ler caso tivesse a chance de pôr as mãos no caderno.
— Posso dar uma olhada? — perguntou com a voz baixa. Laura lhe entregou o caderno sem questionar. Ela também queria saber o que estava escrito ali.
Quem sabe aquelas pessoas tinham conseguido sair de lá?
Ele passou as páginas amareladas, uma por uma. Ficou um tempo parado, lendo tudo com atenção. Algumas palavras Gabriel compreendia, outras estavam tão apagadas que ele mal conseguia enxergar.
Patrick se levantou também e se aproximou, a curiosidade já tinha o consumido. Queria saber mais detalhes urgente.
— Então, o que está escrito aí? — perguntou enfiando a cara no caderno e atrapalhando a visão de Gabriel, que sem pensar duas vezes meteu um tapa na nuca dele.
— Tá me atrapalhando, pô.
Depois de passar a mão onde levou o tapa, Patrick saiu de fininho e voltou para o lugar onde estava. Gabriel continuou de onde tinha parado, atento a qualquer palavra em que conseguia decifrar. As letras eram miúdas, o que dificultava um pouco. Mesmo assim ele estava conseguindo. Então, ele colocou em uma página lotada de letras minúsculas e tentou ler para todos ali presentes ouvirem.
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Tecle 2 para matar | Concluído
HorrorQuem seria doido de aceitar ir em uma viagem para uma ilha deserta com tudo pago depois de receber uma ligação suspeita? Parece loucura, mas dez jovens aceitam e embarcam nessa jornada pensando que seria a viagem dos sonhos. Mas não era. Um assass...