Quem seria doido de aceitar ir em uma viagem para uma ilha deserta com tudo pago depois de receber uma ligação suspeita?
Parece loucura, mas dez jovens aceitam e embarcam nessa jornada pensando que seria a viagem dos sonhos.
Mas não era.
Um assass...
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Um barulho fez com que Anne despertasse do sono mais perturbador que já teve. Nele sonhou que estavam a salvo. Haviam saído da Ilha com vida e logo iriam retornar para Rivendell. Porém, quando estavam no avião, várias turbulências aconteceram. As pessoas gritavam por ajuda, pedindo aos céus para que nada de ruim acontecesse. Laura estava ao lado dela, gritava implorando por socorro, segurando a mão de Anne sem parar. No sonho, não conseguia ver Fernando, Gustavo e nem Melissa, mas Patrick estava bem a frente segurando uma arma e apontando na direção dela.
— Acabou pra você, Anne… — ele disse.
E o barulho veio com tudo a acordando.
Sua respiração estava ofegante. Estava repleta de suor. O seu corpo estava quente feito fogo. Parecia que estava doente, mas não estava, disso ela tinha certeza. Só estava em pânico por ainda estar presa junto com dois psicopatas maníacos.
Não demorou muito para que Patrick aparecesse em seu campo de visão. Estava de costas e ainda não reparou que ela havia acordado. Segurava uma faca afiada em uma das mãos e gargalhava sobre algo que Ramon havia dito.
Parecia que ele estava a vontade com tudo. E isso que deixava Anne ainda mais chocada. Patrick nunca demonstrou ser alguém ruim. Sempre foi um cara engraçado, simpático, a tratava bem e jamais se mostrou ser alguém capaz de matar uma pessoa.
Mas ele havia matado. E matou justamente a sua amiga de infância. A pessoa que cresceu junto e esteve com ela em todos os momentos. Giovanna errou com ela, claro. A separou de Melissa, alguém que Anne considerava demais. Mesmo assim, ainda amava Giovanna. Igual amava Laura e Melissa.
Assim que sua mente a lembrou de Laura, ela olhou para a direção dela. Laura ainda estava lá, dormindo na maca. Suas mãos continuavam presas e o dedo havia parado de sangrar. Tinha um pano branco em volta de sua mão machucada. A poça de sangue ainda estava no chão. O coração de Anne murchou quando viu Laura tão pálida e roxa. Parecia que ela estava morta, mas Anne conseguiu ver seu peito se movimentar por conta da respiração. As duas tinham que sair daquele lugar, antes que o pior acontecesse.
