Quem seria doido de aceitar ir em uma viagem para uma ilha deserta com tudo pago depois de receber uma ligação suspeita?
Parece loucura, mas dez jovens aceitam e embarcam nessa jornada pensando que seria a viagem dos sonhos.
Mas não era.
Um assass...
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A vida de Ramon mudou totalmente depois que perdeu os seus pais. Sem ninguém mais para ficar, ele não teve escolha a não ser morar com o irmão distante de seu pai: tio Frank.
Frank não gostava nem um pouco de Ramon. Maltratava o menino todos os dias e fazia todo tipo de barbaridade com ele. Ramon nunca esqueceria o dia que ficou dois dias dormindo no quintal da casa deles, debaixo de uma tempestade, passando fome e frio. Teve que se enfiar na casinha do cachorro.
Mas eles não tinham mais cachorro.
Seu nome era Polo, um labrador marrom bem amável, desapareceu misteriosamente em uma noite. Frank nem se importou em procurar.
Ele vivia sentado em sua poltrona assistindo jogos na TV, rodeado de garrafas de cerveja e salgadinhos. Não cozinhava, não lavava, e muito menos trabalhava. Como havia recebido uma parte da herança do irmão, nem se preocupava mais com dinheiro. Nem queria ficar com a guarda de Ramon, mas não tinha outro jeito. Por isso ele achava que poderia fazer tudo que queria com o menino.
Batia, arranhava, chutava, queimava. Todo tipo de tortura o Ramon passou. O que ele mais odiava era a cicatriz que tinha em seu rosto. Frank queimou metade de sua cara com um ferro quente. Nesse dia pôde sentir o cheiro de sua pele queimada. Foi nesse dia também que prometeu para si mesmo que iria se vingar. Já não estava aguentando mais. Tinha 3 anos que vivia naquela vida, e estava em mente colocar um fim no seu sofrimento.
— Tio Frank — o menino chamou, quando entrou na casa.
Estava todo vermelho por estar no sol quente por tantas horas.
— O que foi seu imbecil? Não te coloquei de castigo lá fora? — Frank estava deitado na sua poltrona com uma garrafa de cerveja nas mãos.
O menino se encolheu e olhou para baixo. Estava com um plano em mente e queria muito colocar em prática. Suas mãos estavam suando, mas ele as colocou no bolso.
— Estou com fome. Não tem nada pra comer — reclamou, torcendo para que seu tio se levantasse.
— Como assim não tem nada pra comer? Tem um monte de comida na geladeira.
